A salvação que Jesus Cristo conquistou para nós não pode ser comprada com 10% mensais de seu salário...

sábado, 28 de agosto de 2010

Servo: A mais profunda entrega, o mais honroso lugar.


Moisés Olímpio Ferreira.


Certa vez, a mãe de Tiago e João pediu a Jesus um lugar especial para os seus dois filhos (Mateus 20.21). Fico imaginando aquela circunstância. Sem dúvida, os ouvintes se apertaram tanto quanto as pessoas do metrô da zona leste de São Paulo às 7h00 da manhã, curiosos, para ouvir o que Ele tinha a dizer a respeito.

Talvez um outro já tinha pensado em fazer o mesmo pedido para si mesmo e por isso se irritou por causa daquela mãe “estraga-prazeres”; outros que nunca tinham pensado nisso, possivelmente ficaram tentados a gritar “- eu também quero”, “ – eu também quero!” ; quem sabe Judas até pensou em negociar os melhores lugares ao lado do Mestre em troca de algumas moedas (afinal, é dando que se recebe, não é?).

Estava armada a confusão. Empurra-empurra, aperta-aperta, passa-passa. Naquela hora, valeria tudo: “- Além de discípulo, eu também sou sócio na mesma indústria de pescado deles!”, diria Pedro.

Quem sabe o melhor seria organizar tudo: “- Vou propor uma fila indiana. Assim, seria respeitada a ordem de chegada de cada um para reservar o lugar no Reino”, diria alguém preocupado com a aparência e o bem-estar do momento.

“- Duvido que isso dará certo”, afirmaria Tomé. “ – Acho que a ordem deve ser a alfabética”, proporia André. Tiago, certamente, protestaria veementemente contra essa sugestão ridícula.

Naquele momento, o “relógio” parou! Posso estar enganado, mas acho que ele parou mais do que com Josué. Silêncio total. Como diríamos hoje, dava para ouvir um lenço caindo.

Não sabemos se Tiago e João esperavam tal pedido de sua mãe; se não, fico imaginando a cara deles: vergonhosos, inquietos, sorrisos amarelos, cabeça baixa... Que gafe!

Não sei. Talvez se considerassem realmente dignos de um lugar especial e, por isso, estavam de acordo com a mamãe e, assim, os olhos estariam brilhantes e os lábios pendurariam sorrisos largos, pensando que, por pedirem primeiro, os melhores lugares estariam garantidos. Afinal de contas, eram filhos de Zebedeu,


homem abastado, que tinha empregados e que era um exportador de peixes da Galiléia para Roma! Como o pai tinha dinheiro, mereciam um lugar especial no Reino!!

Sua mãe chamava-se Salomé (cf. Marcos 15:40). Ela era uma das que contemplaram a crucificação de Jesus. Se “a irmã dela” em João 19:25 for a Salomé de Marcos 15:40, João era primo de Jesus por parte de Maria. Talvez, então, Salomé quisesse usar seu parentesco de tia de Jesus para obter algum benefício. Afinal de contas, João e Tiago seriam seus primos!

Não sei exatamente o que pensaram, mas sei que arrumaram uma confusão danada. O texto diz que “...quando os dez ouviram isso, indignaram-se contra os dois irmãos” (Mateus 20.24).

Seja como for, nenhuma pergunta chamou tanto a atenção dos discípulos como aquela. Quando se trata do “meu” quinhão, não há nada mais importante no mundo a ser tratado (diferente de hoje???). Todos estavam ao lado de Cristo desde o começo e não aceitariam essasituação sem discussão. Instalou-se o mal-estar.

Foi então que Jesus, aproveitando a situação, ensina:

Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mateus 20.25-28).

Devo admitir que a resposta de Cristo causa estranhamento no mundo hodierno. É intrigante porque “servir” é algo ultrapassado nos discursos que hoje podemos ouvir na TV, no rádio ou ler em grande parte da atual literatura evangélica. Lemos e ouvimos muito sobre “determinação”, “recuperação dos bens perdidos”, “tomar posse”, “dar dinheiro para ter mais dinheiro”.

O cristão do século XXI está destinado à descaracterização de sua posição de servo passando a ser um novo senhor: senhor da criação, senhor de si mesmo e até senhor do Senhor. Mesmo com pouca pesquisa bíblica, é muito fácil detectar que “servir” a Deus não é exatamente o que hoje somos ensinados a viver.

O que me preocupa no cristão moderno é a sua cobiça de poder, é a sua fome de títulos, é a sua ambição pelo triunfo financeiro. Contaminado pela corrida mercadológica mundana, o cristão vive para realizações e sucessos que exigem dele tanto sacrifício como qualquer outro tipo de devoção, tornando-o escravo de seus desejos e dos ídolos da sua sociedade religiosa.

Há vários líderes esdrúxulos, fora do padrão bíblico. E são esses que se tornaram modelos para a igreja moderna; a multidão cegamente os adora!! Por terem contas bancárias bem recheadas, os seus seguidores acreditam que são espirituais. Em razão dessa falsa associação, muitos são levados a tê-los como padrão de verdade.

É preciso nos lembrar do conselho de Paulo a Timóteo. O apóstolo ensina-o que a busca do sucesso, da prosperidade, das riquezas não são sinais de vida íntima com Deus:

Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele.Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína (I Timóteo 6.7-8).

A orientação que a liderança da igreja tem tomado para o negócio lucrativo religioso (e para a ostentação de posições) tem transformado homens - que no passado foram servos da Cruz - em seres injustos, insensíveis e desumanos. Muitos são ludibriados pela grandiloqüência de suas próprias palavras, pelos aplausos da platéia, por suas obras faraônicas e até por sua cultura! Como resultado, acabam tendo suas consciências mortalmente afetadas, de modo que a Palavra de Deus não mais surte efeito. Acreditam em suas próprias ilusões e por isso as ensinam como verdades absolutas.

As Escrituras nos orientam em direção oposta a quase tudo que assistimos pela televisão (e a muito do que ouvimos em muitos púlpitos!). As Escrituras sempre serão o farol dos navegantes do imundo rio Mundo.
Paulo alerta Timóteo quanto ao fato de que há homens que possuem mentes cauterizadas (insensíveis à verdade), que falam mentiras e procuram enganar os que estão no verdadeiro caminho da fé.

Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência (1Timoteo 4:1 e 2).

Nessas circunstâncias, o melhor conselho é: afasta-te dos tais! (Romanos 16.17). Não sejamos influenciados pelas manobras que eles utilizam torcendo as Escrituras a seu bel-prazer! Fujamos de sua manipulação!

Jesus chamou-nos de servos e os apóstolos não se envergonharam dessa posição. Todos eles reconheciam e ensinavam que servo é a condição de todo salvo em Cristo Jesus. Eles conheciam esse papel e o assumiam com singeleza de coração. Interessante é notar que o mesmo termo empregado para “servos do pecado” também é usado para “servos de justiça” (Rm. 6.16-18), de modo que ser doulos (escravo) de Deus implica submissão. Antes, éramos escravos do pecado vivendo na servidão da iniqüidade e fazendo suas vontades; agora, somos servos de Deus vivendo a liberdade da justiça em oposição à glória humana.

Aqueles que estão em Cristo vivem na liberdade de Deus, mas gozam-na por meio de Cristo, isto é, desfrutam refletidamente da liberdade que Cristo dá de Si, por Si e em Si mesmo. Assim, ao servo de Deus cabe a total dependência dEle.

Nesse conceito, a mensagem da Cruz é a de total entrega: E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim (Mateus 10.38). Que abandonada mensagem! Por não poderem rasgá-las de suas Bíblias, enterraram-na em seus discursos. Ao servo de Cristo está dado o papel da humildade, da pureza, da morte do velho homem, da Cruz: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me (Mateus 16. 2).

Na cruz, está a morte, a vergonha, a humilhação, o escândalo que firmam o nosso posicionamento contra o mundo e ratifica a novidade de vida que há no verdadeiro servo de Cristo. Cristo tomou a cruz histórica para capacitar-nos a tomar a nossa! Não a cruz de salvação, não a cruz para sermos dignos de salvação (jamais poderíamos sê-lo), mas a cruz do andar de modo digno do Cristo que nos salvou.

A profunda entrega nos protege das lisonjas humanas, dos interesseiros “tapinhas nas costas”, dos elogios perniciosos, das posições e dos projetos que engordam o “eu”, dos objetivos puramente materialistas, dos propósitos de conquistas para si mesmo ou para seu império pessoal, das esquizofrenias, das megalomanias que podem infiltrar-se em nosso interior e nos desviar da função cristã.
O autêntico servo deve saber que será perseguido quando toma a sua cruz. Não deve esquecer que será envergonhado por carregá-la; deve ter em mente que sofrerá danos por causa do autêntico evangelho.
Entretanto, sabe que não foi chamado para ser um sucesso, mas para ser servo do Deus vivo com todas as implicações que disso advêm.

Sob os critérios religiosos atuais seria muito difícil nomear como ministros de sucesso aqueles que experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões... que foram apedrejados, serrados, tentados, mortos a fio de espada; que andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra (Hebreus 11.36-40), exceto quando erroneamente associam a devida prisão por crimes cometidos (como lavagem de dinheiro ou escondê-lo dentro da Bíblia, que em nada é mais santo do aquele que foi escondido na cueca) com perseguição injusta.

As regras do Reino de Deus são inversas às do nosso mundo. Nele, o maior serve o menor, o senhor lava os pés dos servos, o ofendido busca e oferece reconciliação, o amigo morre pelo inimigo, o bom perdoa o mau, o sacrifício é inferior ao amor, a ofensa é retribuída com perdão, o ódio é pago com amor, vale o que há no coração e não o que há na aparência. Assim, o Reino de Deus será composto por servos e não por senhores, todos operando para o bem comum. O mais honroso lugar no Reino é o de servo. Nós, do Filho Eterno; o Filho Eterno, de Seu Pai.

Jesus nos lembra: Não é o discípulo mais do que o mestre, nem o servo mais do que o seu senhor (Mateus 10.24). A resposta ao estúpido pedido daquela mãe foi: quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem...(Mateus 20.26).
Se quisermos nos parecer com Jesus, sigamos o exemplo de Cristo: ...existindo continuamente sob a forma de Deus, não de forma violenta conduziu-se para o continuar sendo de modo igual a Deus, mas esvaziou a si mesmo, tendo tomado a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e tendo sido achado em aspecto como homem, humilhou-se, tornando-se submisso até a morte, morte de cruz (Filipenses 2.5-8).

Cristo abriu mão de sua glória, esvaziou-se dela, não defendeu Seus direitos reais com unhas e dentes, mas, fazendo-se homem, mostrou-se servo do Pai morrendo a morte humilhante de cruz: Eis aqui o meu servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem se apraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele; ele trará justiça aos gentios (Isaías 42:1-2).

Ser servo de Deus não é acumular conquistas e riquezas, não é manejar uma política fisiológica, não é ser um dono de grandes empresas, não é pertencer às altas posições eclesiásticas, não é fazer pactos, laços, alianças não transparentes com pretensões cristãs.

O servo de Deus entrega-se a Deus e permanece próximo do humano, do pecador, do pequeno, do simples, do necessitado para transmitir-lhe a Graça do Pai. Sua preocupação não é lançar luz sobre si mesmo, mas é apontar para seu Senhor. Ele não está interessado em ter sua foto divulgada em jornais, revistas ou TV porque reconhece que convém que ele diminua e seu Senhor cresça.

Cristo “...se entregou a si mesmo...” (Gal. 2.20; Efésios 5.2 e 5.25) e foi pela sua total entrega que Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai ( Filipenses 2. 7-9).

A canção do servo deve ser: Servi ao SENHOR com alegria... (Salmo 100.2), servi ao SENHOR com temor, e alegrai-vos com tremor (Salmo 2.11), ...servi ao SENHOR com todo o vosso coração (1Samuel 12.10) porque ...quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer ( Lucas 17.10).

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Porque deixei de ser "Cristão"



Jesus não era "cristão", e que nem tampouco quis Ele fundar o Cristianismo, nem mesmo teve interesse em algo que se assemelhasse à civilização cristã, conforme nós a conhecemos de 332 de nossa era até hoje. Jesus criou o caminho da fé na graça e no amor de Deus, o que deveria ser algo livre como o vento, e vivo e móvel como a água, algo muito, mais muito longe de uma proposta religiosa.

Tudo o que Jesus queria era que os discípulos continuassem discípulos, e que os apóstolos fossem os servos de todos; sem haver nem alguém maior, e muito menos, um lugar mais santo ou um centro de poder.

Jesus esperava que o poder do Espírito os fizesse sair em desassombro pelo mundo, pregando a Palavra da Boa Nova, ensinando singelamente os discípulos a serem de Jesus em suas próprias casas e culturas. Desse modo, se teria sempre um
movimento hebreu, crescente, progressivo, livre, guiado pelo Espírito, e complemente semelhante ao que eles haviam vivido com Jesus durante o Caminho, naqueles três anos de estrada que construíram o Evangelho ao ar livre, nas praias da Galiléia, nos desertos da Judéia, nas passagens por Samaria, nas terras de Decápolis, e nos confins da Terra.

Alguém, com razão, diria que tal projeto não seria possível, visto que ninguém consegue viver sem um centro de poder.
Entretanto, parece que ainda não se discerniu que o convite de Jesus é contrário a toda lógica de poder, e não propõe nada que não seja Hoje, e que não obriga a ninguém a pavimentar o futuro de Deus na Terra mediante a construção de alguma coisa
duradoura.

Para Jesus, o duradouro era justamente aquilo que não se poderia pegar, nem fixar, nem pontuar, nem ser objeto de visitas turísticas, dada a sua impermanência num chão marcado pelas urinas dos mandões. Ele esperava que os discípulos fossem como o Mestre, e que aqueles anos de Caminho não ficassem cristalizados nas páginas dos registros dos evangelhos, mas que se tornassem um modo de ser de seus discípulos.

O poder dos discípulos, paradoxalmente, está em não ter poder. E o convite para que se morra a fim que se tenha vida, é
também válido para a igreja, que - ao contrário do discípulo - quer mandar na vida, e controlar os homens e o mundo. Assim,
pretendendo salvar a sua vida neste mundo, a igreja não só perde a sua própria vida, mas deixa de ganhar o mundo.

O que Jesus queria era uma multidão de seres-sal-e-luz se espalhando pela terra, e, se diluindo em sabores e luzes que só seriam sentidas, mas jamais se tornando uma Salina ou uma Usina de luz cristã, a serem visitadas pelos curiosos.
O reino é como o fermento escondido... até que pervade toda a massa da humanidade... sem ninguém saber como... e sem
que ninguém possa dar glória a mais ninguém, se não ao Pai que está nos céus.


Aliás, a proposta de Jesus é tão extraordinária, que a vontade de aparecer não pode resisti-la. O sal, por exemplo, foi usado por Jesus como metáfora desse 'desaparecimento' da igreja na terra. Tudo ao que Ele associa a metáfora do sal é ao sabor, e nada mais. O sal tem que ter sabor, se não já não presta para nada. E para que o sal salgue e dê sabor, de fato, ele tem que se dissolver nos elementos que recebem o seu benefício. O sal só salga quando morre como sal visível e se torna apenas gosto, presença, tempero, realidade e benefício, embora ninguém possa dizer onde ele está, podendo apenas dizer: ele está na panela.
Mas onde?.

Já a Luz do mundo - vós sois! -, deveria ser a ação contínua da bondade e da misericórdia, de modo discreto, porém pleno de efetividade; de tal modo que os "de fora", que ao receberem os benefícios da luz, podem discerni-la como boas obras, e assim, eles mesmos, agradeçam a Deus pelos filhos da misericórdia que Ele espalhou pela terra.
O que Jesus propõe como simplicidade total, entretanto, logo deu lugar às complexidades regimentais e aos centros de poder. Mesmo dizendo "tal não é entre vós"- referindo ao poder de governar dos reis e autoridades -, o que se criou desde bem logo foi aquilo que era comum, não o que era completamente incomum.

Na realidade, quem entendeu o Evangelho e seu significado, sabe que o Cristianismo se tornou uma perversão da proposta
de Cristo, transformando o Evangelho puro e simples numa religião, com Dogmas,doutrinas, usos, costumes, tradições com poder de imutabilidade e muita barganha com os homens, em franca e pagã manipulação do nome de Deus.

No Cristianismo, Deus tem Seus representantes fixos e certos na terra-o clero, seja ele Católico ou Protestante-, tem Suas doutrinas e Dogmas escritos por concílios de homens patrocinados por reis, e tem na sabedoria deste mundo seu instrumento de elaboração de Deus: a teologia.


Desse modo, no Cristianismo, "Deus" não passa de uma 'potestade religiosa' e de um poder mantido pelos homens, posto que se crê que sem o Cristianismo, Deus está perdido no mundo.
O mundo conheceu o Cristianismo, mas não teve muita chance de conhecer o Evangelho, conforme Jesus e segundo as dinâmicas livres e libertadoras do caminho, de acordo com as narrativas dos evangelhos, nas quais o único convite que existe é
para se "seguir" a Jesus.


Fonte : http://pensando-caminho.blogspot.com/2007/12/porque-deixei-de-ser-cristo.html





Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie;

Efesios 2:8-9

Não fique surpreso se no meio no qual você congrega a maioria das pessoas vive uma vida de derrota. A verdade é que não querem ou ainda não enchergaram o que este versículo diz.

Somos salvos por nossa fé no sacrifício de Jesus Cristo na cruz. Esta fé é facilmente observada na vida que vivemos, pois essa vida é o resultado de nossa fé em ação.

Não se engane, não há nada que pode ser acrescentado ao que Jesus fez por nós. Ele nos ama o mesmo tanto que amava antes de nós O conhecermos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

AVIVAMENTO EM HABACUQUE


Moisés Olímpio Ferreira



Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas
declarações e me sinto alarmado; aviva
a tua obra, ó SENHOR, no decorrer dos
anos, e, no decurso dos ano s, faze-a
conhecida; na tua ira, lembra- te da
misericórdia Habacuque 3.2.



Sobre Habacuque há poucas informações disponíveis. A própria introdução do livro
não nos fornece pistas de sua cidade natal, de sua tribo ou de sua família. Entretanto, não
podemos nos iludir: essa condição de apagamento histórico não indica distanciamento ou
indiferença do profeta em relação ao seu povo. Pelo contrário, o homem Habacuque
encontra-se inserido nas dificuldades e problemas inerentes à sua nação, em seu tempo.

Logo na abertura do livro, ele pede o final das injustiças1. Ele se mostra impaciente
diante da violência, dos crimes, das injustiças, das leis que haviam sido deturpadas, dos
direitos que haviam sido violados nas disputas e litígios em Judá. Ele viveu durante um dos
períodos mais críticos de sua nação . Após a deterioração das reformas de Josias, Judá
passou a conviver com medidas de tratamento violento de seus cidadãos, com critérios
opressores contra o necessitado, e com a ruína do sistema legal.

Por que me mostras a iniqüidade e me fazes ver a opressão? Pois a
destruição e a violência estão diante de mim; há contendas, e o
litígio se suscita. Por esta causa, a lei se afrouxa, e a justiça nunca
se manifesta, porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida
(1.3,4).
Ele clama a Deus ao vivenciar essa situação trágica. Ele vive e reage. Ele vê“
v.3: por que me mostras... - (certamente não era simplesmente ver, mas sentir na pele) as
opressões e, de certa forma, em oração tensa, requer de Deus uma ação urgente. Diante a
dura realidade, ele não entendia como é que Deus pódia permanecer impassível. Para ele,
Deus parecia mostra-se desinteressado: clamo e não me escutas“:

—Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei:
Violência! E não salvarás?“ (1.2).

Esse grito de revolta interior encontramos também em outras situações. Pertence
àqueles que estão boquiabertos frente às desgraças humanas:

Jó 19.7: Eis que clamo: violência! Mas não sou ouvido; grito:
socorro! Porém não há justiça.

Jeremias 20.8: Porque, sempre que falo, tenho de gritar e clamar:
Violência e destruição! Porque a palavra do SENHOR se me tornou
um opróbrio e ludíbrio todo o dia.

Como resposta, Deus convida Habacuque a olhar“, a ver“ o que está acontecendo
nas terras exteriores, nas outras nações, no panorama internacional: Vede entre as nações,
olhai... (1.5). Vendo , ele deveria compreender o que Deus já estava fazendo. Por meio do
Império Babilônico a justiça requerida seria realizada:

6 Pois eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que
marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não
são suas. 7 Eles são pavorosos e terríveis, e criam eles mesmos o
seu direito e a sua dignidade. 8 Os seus cavalos são mais ligeiros do
que os leopardos, mais ferozes do que o s lobos ao anoitecer são os
seus cavaleiros que se espalham por toda parte; sim, os seus
cavaleiros chegam de longe, voam como águia que se precipita a
devorar. 9 Eles todos vêm para fazer violência; o seu rosto suspira
por seguir avante; eles reúnem os cativos como areia. 10 Eles
escarnecem dos reis; os príncipes são objeto do seu riso; riem-se de
todas as fortalezas, porque, amontoando terra, as tomam. 11 Então,
passam como passa o vento e seguem; fazem-se culpados estes cujo
poder é o seu deus
. (1.6-11).

Mas tal resposta não o satisfaz, pois implica a destruição de Jerusalém o que
efetivamente ocorreu em 587 a.C. pelo caldeus. Estes se apoderavam dos povos com
violência e destruição2 -. Ele protesta, queixa-se novamente a Deus, pois tal solução “
divina apresentada criou nele um problema de ordem ainda maior, de natureza moral.
Então, interroga Deus, afirma que embora Ele conheça os acontecimentos desastrosos
futuros, parece fingir não vê-los. Se vê, por que se cala, então? Para o profeta, o silêncio
divino depunha contra Ele:

13 Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não
podes contemplar ; por que, pois, toleras os que procedem
perfidamente e te calas quando o perverso devora aquele que é mais
justo do que ele? 14 Por que fazes os homens como os peixes do
mar , como os répteis, que não têm quem os governe? (1.13-14)

Que tipo de povo era esse par a que exercesse juízo ? Poderia executá-lo? Como
Deus pode usar como instrumento de juízo um povo mais cruel e desumano do que aquele
que está sendo punido? . Para o profeta, isso não poderia acontecer.
Eram violentos, cruéis, cultuadores de seu próprio poder:

15 A todos levanta o inimigo com o anzol, pesca-os de arrastão e os
ajunta na sua rede varredoura; por isso, ele se alegra e se regozija.
16 Por isso, oferece sacrifício à sua rede e queima incenso à sua
varredoura; porque por elas enriqueceu a sua porção, e tem gordura
a sua comida. 17 Acaso, continuará, por isso, esvaziando a sua rede
e matando sem piedade os povos? (1.15-17).

O profeta se perguntava: é possível que o menos justo possa aplicar justiça ao mais
justo? Nessa pescaria“ babilônica, Habacuque questionava-se: é possível que semelhante
expedição de pescaria tenha sido organizada pelo Deus santo?3. A invasão babilônica lhe
era intolerável: a cura“ de uma invasão babilônica é pior do que a enfermidade“ do
pecado de Judá. Por isso , ele se põe atento para ouvir o que Deus tem a
dizer a respeito de suas queixas:

Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e
vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha
queixa (2.1).

Deus, então, lhe responde. Manda registrar o que dirá, pois deveria ser lida por
outras pessoas - sobre os quais se cumpriria o mesmo princípio - daquele e de outro tempo
(2.2-3). O juízo haveria de chegar, o momento da vingança contra a Babilônia estava por
vir 4:
O SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão, grava-a sobre
tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo. Porque a visão
ainda está para cumprir- se no tempo determinado, mas se apressa
para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente,
virá, não tardará.
Em seu cântico de agradecimento a Deus que está no capítulo 3, o profeta - tendo
em vista as obras que Deus já havia feito (da fama de juiz sobre o violento, das declarações
de destruição que fez por causa da arrogância, da injustiça, da luxúria, etc.) -
primeiramente —se sente alarmado “ (na LXX: evfobh,qhn, temi) - 3.2 -, isto é, ele reage
com sentimento de espanto diante do poder julgador de Deus ao qual também deve
submeter-se. Babilônia seria julgada, mas Judá não ficaria ileso . O julgamento próximo de
seu país, e que o atingiria, já tinha sido prenunciado em 1.5:

Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei, porque realizo, em
vossos dias, obra tal, que vós não crereis, quando vos for contada.

Em 1. 2 o profeta pergunta: até quando? Em 1.5, Deus responde: realizo em vossos
dias... A ação julgadora de Deus se daria no momento histórico em que o profeta vivia. A
visão da injustiça seria trocada pela contemplação do ato divino ajuizador.
O juízo sobre a Babilônia ocorreu muitos anos depois em batalha contra as forças medo-persas que estavam
sob o comando de Ciro (539 a.C.).

O que Deu s realizaria? O texto diz-nos: obra tal. E a que obra se refere? do juízo
por meio do povo babilônico (1.6-11). E o caráter dessa punição está baseado na
excepcionalidade, na inacreditabilidade, no inarrável: vós não crereis, quando vos for
contada. Isso justifica que em 3.2 o profeta se mostre apavorado porque ele ouve“ as
declarações de Deus e elas, na concretização histórica no âmbito do ver“ e do sentir“ -,
são aterrorizantes.
Daí resulta a sua segunda reação: Habacuque pede a atualização, a
presentificação“ da ação poderosa de Deus. Assim como Ele agiu no passado, Habacuque
roga que assim se repita: aviva, dê vida, realiza, manifesta as Suas ações! Os atos passados
devem ser —avivados“... de modo que a obra de Deus, junto com ele próprio, possa uma
vez mais tornar-se conhecida (cf. 2.14). Essa obra de Iavé na historia está descrita nos
versículos de 3 a 15, sob aspecto de poder e julgamento ).

Mas o que é que ele está pedindo com isso? De forma direta temos: Castigue os
judeus pecadores, puna-os! Aplique a justiça sobre o seu povo para que a injustiça cesse
entre nós. Em um sentido mais específico, o verbo
aviva pode ser entendido como: ponha em operação as Suas obras, isto é, o Seu programa
exposto, para que se torne uma ação viva. É isso que para Habacuque significa: aviva,
Senhor, a tua obra.

Tais ações devem ser vistas, observadas, vivenciadas pelas gerações no decorrer dos
anos. Ele roga para que a obra tal não seja jamais esquecida: no decurso dos anos, faze-a
conhecida. Embora as implicações dessa o ração não estejam revestidas de bênção imediata
(mas de sofrimento pela correção: ele contempla uma visão terrível e teme), o profeta

reconhece que a deterioração da verdade, a deturpação dos valores, a violação dos direitos
que geram violência, crime, roubo e a permanente impunidade face às injustiças devem ser
punidos
.

AVIVA, SENHOR, A TUA OBRA! E a tua obra no texto é a manifestação do Deus-
Juiz que, tanto quanto o profeta, requer Justiça. Avivá-la é aplicá-la, é executá-la, é trazê-la
à realização histórica. O profeta que gritava, que não suportava a iniqüidade, que não era
mais capaz de ver a opressão, o afrouxamento da lei, a perversão entre seu povo era a
representação humana da voz de Deus em seu estado de ira. Os anseios do profeta eram os
de Deus.

Mas Deus destruirá seu povo? Habacuque roga: na tua ira, lembra-te da
misericórdia (3.2). O Senhor é misericordioso para com aquele que tem fé (e observemos
que ter fé nesse contexto significa viver separado das perversidades apontadas por
Habacuque; a fé está concentrada em resultados factuais da vida prática) : o justo viverá
pela fé (2.4). Não se trata de fé no campo da abstração , de um pensamento metafísico, mas
no da crença manifestada por meio de atitudes concretas.


A Babilônia chegará aos portões de Jerusalém como forma de juízo divino, mas os
medo -persas também chegarão aos portões da Babilônia para julgá- la. Quem sobreviverá?
O justo em sua fé. O profeta ouviu a resposta de Deus e satisfez-se.

O salmo de Habacuque (capítulo 3) exalta Deus por sua grandeza e mostra-O como
o grande Deus-Guerreiro que saiu de seu lugar para salvar a parte de Seu povo que
injustamente estava agredida, humilhada, indefesa. Apesar do iminente juízo, o profeta
exclama atitude de fé quanto ao futuro:

Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto
da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento ; as
ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado,
todavia, eu me alegro no SENHOR, exulto no Deus da minha
salvação. O SENHOR Deus é a minha fortaleza, e faz os meus pés
como os da corça, e me faz andar altaneiramente (3.17-19).


A partir desse contexto , podemos pensar um pouco sobre —avivamento“ no mundo
moderno . O profeta, insatisfeito com as condições morais em que vivia - reflexos das
condições espirituais do povo -, roga por justiça que se dá por meio do —avivamento“. Na
verdade, só se clama por um aquele que não se conformou com o sistema vigente. Paulo já
alertara sobre isso :

Romanos 12.2: E não vos conformeis com este século , mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

O verbo usado por Paulo, traduzido como conformeis, é suschmati,zesqe
(syskhematídzesthe), composto por su/n (syn, com) mais o verbo schmati,zw
(skhematídzo , eu assumo uma maneira de ser). Assim, o sentido da oração inteira é: não
entreis no ato de, com a presente era, assumir uma maneira de ser. Somente os que assim
decidem fazer é que se tornam insatisfeitos e rogam avivamento.


Mas não se trata de uma emoção, de um —movimento “ ou de um —mover“ no sentido
atualmente empregado no meio evangélico; nada tem a ver com alguma manifestação de
experiência mística particular; nada tem a ver com movimentação religiosa de rua, de
agitação, de carros alegóricos ou trios elétricos, com o fim de encobrir e justificar
criminosos de púlpito ou obter votos para político corrupto; não está relacionado à compra
de prédios para culto religioso, a grandes construções de torres para promoção
denominacional; à compra de grandes terreno s para benefício do senhor -Eu; não se refere à
mercantilização do evangelho, ou à prática ilícita de negociatas com o divino para
enriquecimento;
não tem a ver com a quantidade de programas —evangélicos“ ( por sinal,
horríveis) na TV, especialistas em venda de produtos e em milagres falsificados que só
enganam os incautos.

Somos constantemente convidados a fazer parte de alguma recolha de dinheiro, e os
títulos dados são bem variados: mantenedor, associado, patrocinador, contribuinte,
parceiro, devoto, sócio- contribuinte, gideão (tenho que admitir: são criativos quando o
assunto é dinheiro). Um deles oferece, em troca da oferta, a colocação do nome do
contribuinte em um —Livro de Ouro “ que, como a tocha olímpica, passará por diversas
igrejas deles para receber oração. Atingindo a ganância humana, somos convidados a fazer
parte de campanhas de prosperidade como a de Abraão“, a de Isaque“, a de Jacó “, a de
—Elias“ que me parecem mais campanhas em homenagem a —Judas, o Iscariotes“.

—Avivamento“ nada tem a ver com os vales de sal, com as campanhas de
descarrego. Nada tem a ver com a atual e ridícula movimentação chamada —apostólica“ em
que o líder é adorado e sua autoridade é papal. Em uma conferência, vi um deles com
brochas encharcadas, jogando água no povo para —abençoá-lo “; no ápice da loucura,
despejava água na cabeça do povo com baldes. Ridículo! Os discursos são todos
construídos em —chavões“ mortos, em forma de rezarias sem rosário, judaizantes e
farisaicos. Em 2006, na 4a. Conferência Apostólica vi e ouvi pela TV o cântico: Espírito,
Espírito, Espírito Santo de Deus... e o apóstolo lusitano completava: derrama sua unção
financeira! Para eles, é isso que é avivamento.

Essas formas chamadas por alguns de avivamento“ passam e, no decurso do
tempo, caem no esquecimento ou na religiosidade morta. Elas apenas são expressões de
promoção das paixões humanas.

Habacuque fala de algo duradouro, permanentemente atualizado: aviva a tua obra, ó
SENHOR, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida.

O que disso se pode afirmar é que alcançar e implantar em estado completo
(verdadeiro avivamento) a boa, agradável e perfeita vontade de Deus deve ser o alvo
primeiro do cris
tão. Se isso , entretanto, na esfera da responsabilidade humana, é cair no
projeto de natureza irrealizável, cabe-nos, então, buscar (rogar, clamar, insistir com Deus)
a manutenção permanentemente viva da ação poderosa ajuizadora de Deus no mundo. A
insatisfação causada pelos pecados da própria Igreja e da sociedade leva o verdadeiro
cristão a desejar ardentemente a manifestação constante da jus
tiça de Deus.

Desse modo, se pudermos falar em avivalista, interessa-nos não o quanto ele
domina a linguagem, ou o quanto o seu discurso tem poder persuasivo ou psicologicamente
afetador, fazendo seu auditório pular, cair, chorar, rir, sapatear, voar, desmaiar, dar
—chiliques“ (que são manifestações passageiras e fugazes e que, portanto, não satisfazem o
coração daquele que busca o avivamento que Habacuque pediu) ou vendendo Bíblias de
vitória espiritual e de bênção financeira“, que não passa de marketing capitalista de
pregadores comprometidos com seus próprios umbigos!

Na verdade, interessa- nos no avivalista o quanto ele instrumentaliza a concretização
do programa de Deus no mundo
, do reino de Deus baseado na Justiça, Paz e Alegria no
Espírito Santo (Romanos 14.17). O cristão, juntando sua voz à do profeta, deve rogar a
realização da obra divina que impõe juízo irrestrito contra o pecado (inclusive ao da Igreja)
e, ao mesmo tempo, salvação gloriosa aos que têm fé .

Deus tenha piedade de nós

domingo, 22 de agosto de 2010

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Adeus, pregadores intocáveis!


Por: J.L. Grady
Tradução de João A. de Souza filho

Deus está sacudindo a igreja removendo os corruptos, mas somos culpados de trazer os charlatães para nossos púlpitos!

Al Capone controlava a cidade de Chicago. O prefeito da cidade comia na mão dele e Capone trazia a polícia sob cabresto, enquanto dominava um império de cassinos, prostituição e contrabando de toda espécie. Durante anos fez uso das armas e vivia acima da lei, a ponto de ganhar o apelido de “intocável”, porque ninguém conseguia levá-lo às barras dos tribunais.

Mas, finalmente preso em 1932 justificou seus crimes, dizendo: “Tudo que fiz foi satisfazer a vontade do povo”. Ele não se preocupava com as consequências de seus crimes porque conhecia os prefeitos, a polícia, os líderes comunitários e os cafetões que o protegiam.

“Não existe como saber quantas pessoas rejeitaram o evangelho porque viram a igreja apoiando esses pregadores que gritam, mentem, enganam, corrompem, roubam e são aplaudidos pela congregação quando pedem dinheiro”.

Detesto ter de comparar qualquer ministro a um gangster, mas a triste verdade é que existem muitos obreiros inescrupulosos que seguem os passos de Al Capone. São enganadores e mestres na arte da manipulação. Encontraram seu espaço nos subterrâneos do movimento carismático e usam sua capacidade hipnótica para controlar um bom número de emissoras de TV. E, como Al Capone seus dias estão contados. A justiça os alcançará!

Esses falsos profetas, possivelmente começaram seus ministérios com um chamamento genuíno de Deus, mas a fama e o sucesso os desviaram e os destruíram. Abandonaram a fé levados pela fama e pelo dinheiro, e quando se deram conta tiveram que criar mecanismos para manter seus ministérios em funcionamento. Agora, Deus os está apertando.

Mas, antes que nos regozijemos crendo que esses impostores estão sendo removidos de nossos púlpitos, apertemos o botão de pausa e pensemos um pouco. O que aconteceu para que tais pregadores adquirissem tal fama? Eles jamais seriam famosos sem nossa ajuda.

Nós somos os culpados. Quando eles dizem: “Deus lhes está prometendo riquezas infindas, desde que hoje você oferte mil reais”, corremos para o telefone e doamos o dinheiro ou parcelamos em nosso cartão de crédito. Deus nos perdoe!

Não soubemos discernir esses lobos. Quando afirmam: “Preciso de sua oferta sacrificial para que eu conserte meu avião particular”, não indagamos por que o servo de Deus não pode viajar numa linha comercial, na classe turística para visitar um país do terceiro mundo. (Eles vêm ao Brasil em jatinhos; e os teleevangelistas percorrem nossa nação em seus jatos particulares enquanto nós os sustentamos - NT).

Somos os bobos da corte. Ao ficarmos sabendo que viviam na imoralidade, tratando mal suas esposas ou enchendo as cidades com filhos ilegítimos, nunca exigimos que seus líderes se posicionassem e os disciplinassem com seriedade. Perdoa-nos, Deus!

Quando nos pedem dois milhões de reais porque o orçamento deles está apertado, não nos perguntamos por que precisam ficar em hotéis em que uma diária custa dez mil reais! De fato, se questionássemos, algum cristão responderia rapidamente: “Não critique. A Bíblia diz que não podemos tocar nos ungidos de Deus!”. Que Deus nos perdoe!

Tratamos esses charlatães como tratavam Al Capone – como se esses pregadores fossem intocáveis – e, como resultado a corrupção desses homens minaram as igrejas carismáticas como uma praga. Nossas igrejas foram consumidas pelo capitalismo, pelo orgulho, engano e pecados sexuais, tudo porque temos medo de chamar esses pregadores de Bozo, porque isso é que são. Inseguros, egoístas e desequilibrados emocionais.

Se tivéssemos nos apoiado com discernimento na Bíblia teríamos nos livrado dessa confusão. Não existe como saber quantas pessoas rejeitaram o evangelho porque viram a igreja apoiando esses falastrões, mentirosos, enganadores, que se divertem em nossos púlpitos, enquanto nós os aplaudimos e lhes demos muito dinheiro.

Quando os bem-intencionados crentes citam o texto de 1 Crônicas 16.22: “Não toqueis nos meus ungidos, nem maltrateis os meus profetas” para encobrir os corruptos e charlatões, cometem grave engano contra as Escrituras. Nada indica nesta passagem que devemos silenciar quando um líder está abusando do poder para enganar as pessoas.

Bem ao contrário, somos convocados a que confrontemos o pecado numa atitude de amor e de honestidade, e, certamente não demonstramos amor para com a igreja quando permitimos que os Al Capone carismáticos corrompam nossa geração!

Fonte:[ Charisma ]

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Jesus saiu e deixou a porta aberta!


Cuidado! Estão tentando recosturar o véu!

"E rasgou-se ao meio o véu do templo."
Lucas 23:45

Pois é, fica óbvio que quando Jesus morreu, e o véu se rasgou, Ele queria deixar bem óbvio que dali em diante o sistema Dele estar engaiolado num prédio, se é que tal coisa era possível, chegava ao fim. É interessante que hoje em dia o que muitos pregadores do engano fazem é tentar recosturar este véu para que Jesus caia sobre o domínio deles, para que assim possam manipular, explorar e dominar o povo.


"O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;" Atos 17:24

Se você fosse dono de belas casas em Honolulu, Paris, Londres, Los Angeles ou nos Alpes Suíços você ficaria morando num cortiço em Guarulhos? Pois então, é isto que o versículo acima quer deixar bem claro. Deus não esta sobre nossa administração, e sim nós é que, ou submetemos a Dele, ou ficamos sob a nossa numa deriva infinita, no mar da loucura.

"Pois eu vos digo que está aqui quem é maior do que o templo."
Mateus 12:6

Jesus é maior que estas denominações humanas que se dizem representantes oficiais Dele, porem na maioria dos casos, não passa de uma banca de nikke falsificado em Cidad Del Leste!

"Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles."
Mateus 18:20

Preste atenção, se você conhece outra pessoa que ama a Jesus Cristo, toda vez que estiver com esta pessoa, se divertindo, almoçando, assistindo um filme, viajando juntos ou até estudando a Bíblia, ai estará Jesus em meio a vocês. Jesus não é o cara que fica só cantando e pregando o dia inteiro. Ele é uma pessoa que quer estar connosco a cada milésimo de nossa vida!

Resumindo, nos unirmos com outros cristãos é importante para a nossa edificação e
doação em alegria e simplicidade de coração, sem pantominas e
estardalhaços ou assaltos gospel.

A isto denominamos de congregação.

"Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns
aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia."
(Hebreus 10 : 25)

Sendo assim, nenhum cristão genuíno vai para a igreja. Ou ele é Igreja, faz
parte do corpo de Cristo, ou não é Igreja, não faz parte do Corpo de Cristo,
não faz parte do conjunto dos chamados por Deus.


"Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres. Por isso, continuem firmes como pessoas livres e não se tornem escravos novamente."
Gálatas 5:1

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil diz que Igreja Universal e Igreja Mundial do Poder de Deus são seitas



Por Daniel Clós César

Essa semana li que o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, considerou a IURD e a IMPD, seitas, e necessário é, que pessoas oriundas dessas denominações sejam rebatizadas e façam profissão de fé. Louvável o posicionamento da IPB. Há muito tempo se espera, pelo menos das grandes denominações evangélicas do Brasil, a definição do que é, e do que não é, CRISTIANISMO. A Bíblia já define bem, mas é preciso ensinar nos púlpitos. O povo cristão tem sede de ensino e exposição bíblica, algo raro até nos mais "sinceros" púlpitos deste país.

Como podemos considerar pastor cristão, alguém que não prega o Evangelho da Cruz? Como podemos considerar cristianismo algo tão contrastante com os ensinos bíblicos? Podemos considerar cristianismo algo, pelo simples fato de "crer" na Bíblia ou fazer uso dela no rito?

As grandes corporações que pregam a teologia da prosperidade, que incluem promessas de riqueza, saúde, bons relacionamentos, cura interior, libertação de demônios etc... não pregam uma coisa: a Cruz. Não o principal, mas o ÚNICO meio para a Salvação do homem. Para nós que cremos no Evangelho, trilhar os caminhos da prosperidade humana a qualquer custo tem um único fim, o inferno, lugar que caiu em desprestígio nessas denominações, que publicamente não o negam, mas o expurgam das pregações para serem continuamente agradáveis a seus clientes.

Constantemente escuto a frase: lá é um pronto-socorro! Em outras épocas eu diria... ok! Pode ser... mas meu posicionamento hoje no entanto é outro. Primeiro eu pergunto: Por quê? Quem vai lá vai atrás de quê? Falta de dinheiro, saúde, casamento arruinado? É bastante provável que a resposta se encaixe nesses quesitos ou em outros bastantes semelhantes. Creio também, que a maioria dos verdadeiramente salvos também respondem algo bem parecido. Ai faço a segunda pergunta: Não são estes desesperados, os mesmos que já foram aos centros de umbana, "tiraram" cartas e consultaram os búzios e agora estão atrás de mais uma opinião? O impressionante é que muitos se encaixam aqui também. Chego então a uma última pergunta: Cristo: Salvador ou Solução? E a resposta é sempre a mesma: SOLUÇÃO. É aqui que diferenciamos os salvos dos não salvos.

Não buscam um salvador, buscam uma solução para satisfação de suas almas. Buscam desde um emprego a um carro novo... buscam da cura da filha soropositivo à aprovação em um concurso público... buscam de tudo... menos a Cristo... Como alguém assim pode ser considerado cristão? Como uma igreja que doutrina seus membros dessa forma pode ser cristã? Como pode alguém que odeia a cruz e não entende o seu significado ser declarado salvo? Basta "sinceridade" para alguém ser salvo?

Já é hora de pastores que pregam o verdadeiro Evangelho de Cristo condenarem esse ensino de demônios que prega de tudo, de psicologia barata à atitude positiva, mas nega o principal: a Palavra de Deus. Que distorcem a Palavra e deleitam-se em fábulas. Igrejas pastoreadas por lobos vorazes que cerram a porta dos céus impedindo que outros entrem, prometendo um céu na terra que nunca existirá.

Que este concílio da IPB possa ser um primeiro brado entre muitos outros contra as corporações da "salvação por obras", que rejeitam o sacrifício da cruz em troca de sacrifício financeiro. Que viram as costas à Cruz e voltam-se para o deus riqueza.

Clique no LINK para ver o documento!

http://www.ipgileade.org.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=281&Itemid=2

Fontes: Blog do Daniel Clós César

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A Grande Prostituta.


Trata-se da Babilônia Religiosa,e abrange todas as religiões falsas,inclusive o cristianismo apostata.Na Bíblia,os termos prostituição e adultério,quando empregados figuradamente,normalmente denotam apostasia religiosa e infidelidade a Deus(Is 1:21;Jr 3:9;Tg 4:4),e significam um povo que professa servir a Deus enquanto,na realidade.adora e serve a outros deuses(Ex:mamon).
Note o nítido contraste entre a grande prostituta e a esposa do Cordeiro(Ap 19;7-8).
A prostituta ‘e súdita de satanás;a esposa é súdita de Cristo.
Satanás veste a prostituta;Deus veste a esposa do Cordeiro.A morte eterna é a porção da prostituta;a glória eterna é o destino da esposa.
Concernente a esta falsa religião,a prostituta rejeitará o evangelho de Cristo e dos apóstolos,o poder da piedade(II Tm 3:5;4:3;Mt 24:24).
Ela se alinhará com os poderes e a filosofia da “Babilônia”,o estilo de vida do mundo com sua imoralidade.Os poderes políticos e religiosos se unirão para apoderar-se do controle espiritual das nações(Ap 17:18),seus lideres perseguirão os verdadeiros seguidores de Cristo.
Ela será miscelânea de religiões e credos,sem preocupação com a Sã doutrina bíblica .Seu principal interesse estará na conquista das massas e na adoração dos seus sistemas,valores e objetivos religiosos.
Ela se tornará morada de demônios, e abrigo de todo espírito imundo(Is 47:12-13).
A todos os verdadeiros crentes se lhes ordena que saiam de “Babilônia”, para que não sejam condenados com ela.
Deus fará com que o anticristo a destrua.
O verdadeiro parentesco da grande prostituta não é com Cristo,mas com o mundo.
Os hipócritas e os falsos profetas obtêm sucesso como resultado de sua doutrina,porque ela induz a sociedade mundana a unir-se a ela.
Os falsos sistemas religiosos permitem que seus membros professem que são de Deus(cristãos)e ao mesmo tempo pratiquem adultério(espiritual).
Transigência com o poder político e tolerância com a injustiça são suas características.
Como prostituta,essa igreja apôstata negocia suas influencias com o mundo sem vacilar(Ap 18:3).

Incrível reportagem! A nova reforma Protestante!!!



A revista Época lançou na ediçaõ desta semana uma reportagem que fez muitos do ramo "Gospel" tremerem na base! Segue o link abaixo,
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI161499-15228,00-A+NOVA+REFORMA+PROTESTANTE+TRECHO.html

quarta-feira, 4 de agosto de 2010