A salvação que Jesus Cristo conquistou para nós não pode ser comprada com 10% mensais de seu salário...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A simplicidade do Evangelho


“Temos posto tantos apetrechos no Evangelho que a prática de nossa fé se torna pesada e confusa”
Um único trecho da Bíblia, o capítulo 12 do evangelho segundo Mateus, traz pequenos relatos em que é exposta a simplicidade de Jesus expondo a arrogância dos mestres da lei e dos fariseus de seu tempo. As autoridades religiosas do contexto histórico em que o Filho de Deus viveu neste mundo censuravam-no constantemente. Incomodados porque seus seguidores colhiam e comiam espigas no dia considerado sagrado, os fariseus reclamaram: “Eis que os teus discípulos estão fazendo o que não é lícito no sábado” (Mateus 12.2). A estes, Jesus responde dizendo que a misericórdia era mais importante do que o sacrifício.
Mais adiante, os doutores continuaram procurando ocasião para acusá-lo como infrator da lei. Diante da cura de um enfermo em plena sinagoga, saíram-se com esta: “É lícito curar no sábado?” (vs. 10). Quando Jesus libertou um opresso das amarras dos demônios que o atormentavam, os escribas e fariseus blasfemaram: “Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios” (vs. 24). Por último, pediram ao Mestre que fizesse algum sinal (vs. 38). De forma indireta, Cristo responde que o principal sinal seria a sua própria ressurreição – mas advertiu que, mesmo assim, eles continuariam incrédulos.
Jesus foi muito perseguido pelos clérigos porque a sua mensagem os expunha. Os líderes judeus sobrecarregam o povo com obrigações inócuas, criando um sistema religioso que mantivesse seu poder e seus privilégios. O detalhe é que o Salvador não tinha dificuldades com a lei mosaica, pois foi o próprio Deus que a deu. O incômodo de Jesus era com os apetrechos e pesos que as autoridades religiosas vinham colocando sobre essa lei. Sua proposta era resgatar o real sentido das ordenanças divinas – e ele a expressou com uma proclamação antológica: “Vinde a mim vós que estás cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”. A religiosidade sobrecarrega, enquanto que a mensagem de Jesus alivia.
Dois mil anos se passaram, e quando analisamos o cristianismo que temos vivido, percebemos que também nós, à semelhança daqueles fariseus e doutores da lei, temos posto tantos apetrechos no Evangelho que a prática de nossa fé se torna pesada e confusa. A Igreja Evangélica vive de hoje vive às voltas com práticas doutrinárias e litúrgicas heterodoxas, colocando sobre os crentes um fardo de regras e obrigações difíceis de suportar. As organizações eclesiásticas do século 21 parecem envolvidas numa série de práticas que não a aproximam da verdadeira essência do Evangelho proposto pelo Salvador.
É necessário pensar no que de fato é a experiência do Reino de Deus e no que é simples ornamento. Podem ser ornamentos belos, úteis, justificáveis, funcionais e bem intencionados; práticas inteligentes, sofisticadas e com alto poder de alcance – no entanto, não é isso a essência da vida cristã. As estruturas eclesiásticas não são a Igreja. As coisas que construímos para facilitar a divulgação da fé não podem ser confundidas com o próprio Evangelho. Pastores vivem tentados a impressionar os ouvintes com o poder das suas palavras. Quando nos damos conta de que o teor estético das mensagens sobrepuja a espiritualidade, já estamos viciados em técnicas de oratória. É um efeito perverso, que se volta contra o próprio pregador. E o pior é que nem sempre a palavra profética cabe nos invólucros eclesiásticos.
Há a construção de uma dicotomia artificial nas nossas igrejas. Pensam alguns que espiritual é tudo que é apresentado numa roupagem exótica e excêntrica. Sob esta perspectiva, o que genuinamente vem de Deus é aquilo que é desconhecido e diferente. Em decorrência desse pensamento, práticas espirituais rotineiras como estudo da Bíblia, oração sistemática, serviço cristão e comunhão são vistos como traços da tradição que não provocam calor nem rubor. O templo, as organizações eclesiásticas, a liturgia, os programas e as atividades não são em si o Evangelho. É possível viver o Evangelho sem se envolver com essas estruturas eclesiásticas, assim como é possível estar totalmente envolvido com elas e não conhecer a Cristo.
Sofremos da epidemia que reduz Deus a coisas temporais da igreja ou na igreja. Acontece que quem vive para fazer um mecanismo funcionar com a força do próprio braço tende inexoravelmente à exaustão. Esgota-se quem carrega os apetrechos da fé. Talvez a confissão de pecado que tenhamos que fazer como Igreja cristã acentuadamente dogmática e institucionalizada seja por ter tirado Deus do centro e posto em seu lugar as coisas referentes a ele. O Espírito Santo pode agir dentro das estruturas que criamos, mas age também a despeito delas. Por isso, não é aconselhável que se baseie a vida em nome de um brasão eclesiástico ou denominacional, mas é coerente que aqueles que têm crido entreguem-se por completo ao Senhor, a fim de que o Evangelho floresça.
Valdemar Figueredo Filho

Fonte: Revista cristianismo hoje 26/05/2010

A venda ilegal de bugigangas e Cristo na TV


A concessão pública de serviços televisivos e radiofônicos brasileira mostra um abismo de profundeza abissal entre o que a Lei 4.117 /62 insculpe e o que se pratica ou praticam os concessionários. Regra geral, não há convergência à legislação e detentores dessas concessões fazem o que querem e tomam as mais variadas direções, menos a do permitido.

Em tese, a ilegalidade no que tange as obrigações dos concessionários, que são políticos ou grupos de políticos de todas as matizes, é senhora, e está incólume numa terra sem lei.

A lei a que me refiro barra o arrendamento ou a sub-locação da TV aberta. Recheada de incisos, parágrafos e apêndices, a legislação oferece brechas e mais brechas para tramóias jurídicas, estabelece a Anatel (a conhecida agência reguladora) para exercer forte fiscalização no setor, mas, paradoxalmente, a atuação (?) da entidade restringe-se a dispositivos técnico-eletrônicos, tratando apenas de propagação de ondas, estrutura dorsal de torres, potências, fios e cabos, gêmulas e plugues.

No que toca o seu conteúdo de programação, que é exigência pétrea prevista nos dispositivos constitucionais que se referem à comunicação social, a TV aberta brasileira é um caos. A média do que passa na telinha já é ruim, mas o pior é que, a rigor, após as 22 horas, as emissoras, com poucas exceções, transmitem pelo resto da noite, madrugada adentro, um teatro religioso mais focado em prometer prosperidade e realizações financeiras que conduzir rebanhos às abençoadas doutrinas. Religiosos pedem dinheiro na cara-dura, vendem orações, CDs, literatura ‘googlada' e inventam todo tipo de indulgência.

A repetição de mensagens como que preparadas em forma, e a impostação de tons e vozes decorados a ponto de confundir e muito semelhantes da parte de papais, bispos, pastores, apóstolos e toda leva de obreiros, nas noites, todos os dias, não são apenas afronta à lei. São também a tradução mais íntegra do eficiente mercado eletrônico, curioso, azucrinante, ilegal, mas lucrativo.

Caracteres de contas-correntes bancárias vão sendo trocadas na telinha à medida em que se entoam milagres, histórias de sucesso e mazelas, miséria e desavenças familiares. Como conforto, no cômputo geral, todos que assistem ficam certos de que têm direito aos universais milagres de Cristo. Contanto que primeiro paguem.

Em 1998, o governo prometeu entrar fundo na questão do ‘aluguel' dos horários para redes de ‘shoppings mix' e contra a melopéia diárias nas TVs e rádios, mas as bancadas de parlamentares evangélicas ou a elas subservientes contiveram o ímpeto palático.

A idéia era regulamentar a comercialização do tempo de programação, uma vez que canais abertos são concessões públicas. O projeto tencionava reforçar a fiscalização do limite a partir de 25% de publicidade e deixar claro o que entra na cota, definindo como conteúdo, por exemplo, apenas peças de campanhas comerciais, enfoques político-partidárias, e, invariavelmente, uma pregação aqui, ou ali, sem a rotina e cantilena de gurus ditos célicos, que mais vislumbram o vil metal do que acreditam naquilo que proclamam.

Ao arrepio da lei, o proselitismo religioso avança, invadindo as telas das TVs, e, na retaguarda, com as ondas do rádio, arrebanham penitentes, a maioria, mesmo alfabetizada, é incauta e de baixa instrução.

Os programas de discursos maçantes diários convertem-se em apelos típicos de canais comerciais, aqueles mesmos onde se vende máquinas fotográficas, aspiradores, celulares, óculos escuros (...).

Igrejas expandem redes, negociam franquias e reforçam estruturas de telemarketing, com auxílio da TV, para que, em conforto doméstico, algum apatetado, esperançoso, feliz, fervoroso ou desesperado possa, via TV, comprar uma oração pela bagatela de até R$ 15,00, mais impostos e custo da ligação. Ah... Além dos R$ 15,00, as operadoras devolvem, gratas, às igrejas, um percentual rechonchudo como comissão.

Se Ele e seus mais leais seguidores, há 2000 anos, cobrassem pelas orações ou milagres que operavam, certamente Jesus Cristo teria deixado a José e Maria - e seus apóstolos também deixariam aos seus - uma boa quantidade de moedas, como herança ou fatia no testamento. No menor pensar, deixara mil e uma sinagogas que cobrariam, por exemplo, pelas orações ou para ensinar o caminho para chegar ao poder, a ter terras, solares, ou cavalos árabes imponentes.

Por falar em testamento, testemunhos seguramente ensaiados põem a planos inferiores ou à descrença mesmo a habilidade, experiência e sapiência de especialistas e os mais respeitados centros e casas de saúde do planeta.

Pela TV, num simples berreiro, num átimo, curam-se as enfermidades pertinentes à falta de ações preventivas de saúde, má higiene, ações viróticas ou subnutrição, mas que são explicadas como oriundas e sob o mando do apavorante Satanás.

Um relatório da própria Anatel, do final de 2008, mostrou que havia no país, 8,4 milhões de pessoas com sinais de TVs fechadas em casa, onde o telespectador desembolsa para ter acesso a esportes, variedades, canais de entretenimento, filmes, os mesmos itens que a lei das concessões obriga as TVs abertas a oferecerem. E de graça!

Para um universo de mais de 125 milhões de televisores no País, depreende-se que apenas cerca de 10% da população estão libertos da aporrinhação célica eletrônica nas noites em que deveriam as emissoras, obrigatoriamente, manter nas suas grades diárias programas informativos, culturais, de variedades, filmes, esportes e de outros gêneros, como exigem os termos sagrados da legislação da concessão de TVs aberta e de rádios.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece que a TV aberta deve servir como instrumento essencial na formação de crianças e jovens. Não é razoável crer que crianças e juvenis tenham que passar horas a fio assistindo a programas de vendas de produtos ou missivas doutrinárias. Elas não carecem e não querem. Perguntem a elas...

Os juristas que já se debruçaram sobre esse tema são unânimes em afirmar que uma TV aberta que arrenda horários para igrejas ou para venda de tapetes, eletrônicos e jóias 24 horas por dia contraria a lei.

Aluguel de horário em TV aberta é sublocação de concessão pública, o que é também é ilegal. No entanto, há emissoras em todo o País que, sob a alegação de que dependem do dinheiro das igrejas e das grandes redes de comércio eletrônico, entregaram seus estúdios e horários integralmente, 24 horas por dia, para arrendatários.

A OAB, instituição que, historicamente, investe com ações em favor do povo, assim como movimentos e organismos de combate à ilegalidade e/ou o Ministério Público deveriam usar de suas prerrogativas e instrumentos para questionar tais práticas.

Que as TVs abertas e as emissoras de rádios sejam devolvidas ao telespectador, consoante o que prediz a lei. E que as igrejas tenham seus espaços diários, sim, mas que estejam dentro dos limites constitucionais de tempo, assim como os canais de classificados eletrônicos.

JORGE MACIEL é jornalista em Cuiabá.

Fonte: Mídia News

Porque as campanhas nas Igrejas Evangélicas são intermináveis?


Por Gilaelson Santos

Sinceramente não consigo olhar para as chamadas campanhas na igreja evangélica hoje sem questionar dois pilares que são fundamentais na realização de qualquer tarefa, alvo ou projeto que alguém possa estabelecer. Os quais são: objetivo e resultado; perguntas estas que com certeza podem dar sentido a esta breve reflexão. Mas por favor, não pensem que sou algum tipo de Mister M querendo revelar os segredos dessa magia que superlotam os templos semanalmente. É que chega à hora onde expor algumas vísceras para serem desinfetadas, costuma fazer bem ao corpo. Por isso, tenho o prazer de convidar você para pensarmos juntos.

Você já se perguntou qual o objetivo de determinada liderança quando lança uma campanha nos moldes do tipo: sete passos para…, semana da vitória, semana do impossível, etc.? Pois eu já! Certa feita eu perguntava a um pastor, qual a necessidade em propor um serviço dessa natureza na igreja. Imediatamente ele me disse que era preciso trabalhar a fé do povo e que as campanhas são um excelente meio para isto, pensamento este que não parece ser diferente da maioria. O que de fato contraria o ensino de Rom.10:17 onde diz: “que fé vem pelo o ouvir a palavra de Deus”, e não pelo o mérito de qualquer campanha.


Observem que as tais campanhas nunca terminam, pois quando uma chega ao fim do seu ciclo, outra já é anunciada no mesmo dia. Não tenho dificuldades em dizer que as infinitas campanhas na verdade são instauradas para gerar um processo de fidelização de fiéis; ou seja, você estabelece sete semanas disso ou daquilo e terá como recompensa neste período, aquelas mesmas pessoas fidelizadas em seus cultos, garantido assim bom número de expectadores e contribuições. Para instituições que visam fama e fins lucrativos a idéia é fenomenal, pois se trata de uma jogada de marketing violenta! Porém, não atende a nenhuma das expectativas do Reino, que por sua vez propõe relacionamento e governo de Deus em nós, propostas estas que as campanhas evitam mostrar.


Outro ponto a ser observado e que é lamentável, são os prêmios do ego oferecidos nas ditas campanhas semanais, os quais são: cura física, conquistas de casa própria, carros, promoção no emprego, pagamento de dívidas, entre outros. O que faz milhões de evangélicos marcharem incansavelmente semana após semana aos templos em busca dessas coisinhas; bem diferente do que Paulo ensina em colossenses 3:1-3 quando orienta a igreja a pensar e buscar o quem vem de cima onde Cristo está assentado. Será que não é hora de analisar por que não existe campanha para se buscar o dom do amor, campanha pela paz que é um fruto do Reino ou porque não se faz a campanha pela justiça? Penso que os irmãos deveriam questionar e pensar um pouco mais a respeito destas coisas.


E quanto ao resultado das campanhas; desculpe-me quem discorda, mas não vejo saldo expressivo para o Reino. Primeiro porque as pessoas vivem em busca das “bênçãos” supracitadas; atividades estas que não habilitam ninguém ao Reino de Deus. Segundo que as tais campanhas criam pessoas peritas no que Deus faz, mas indoutas em quem Deus é; devido às distorções e pobreza da teologia apresentada. E o terceiro mal é que se tem uma geração de viciados em campanhas, de maneira que, não é difícil vê a migração de fiéis para outras denominações por faltar campanha em sua igreja, ou por considerar a mesma desinteressante. O que tem feito muitos líderes repetir a mesma campanha do colega, gerando assim uma proposta única e lamentável de Igreja. Enfim, penso que as campanhas são intermináveis porque intermináveis são os desejos deles por platéias e contribuições.



Fonte: Dokimos

Receba Santa Ceia e óleo de unção por correio por 300 reais


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Por Márcia Gizella

Seus problemas acabaram!

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Síndrome de Pinóquio


A “SÍNDROME DE PINÓQUIO” ou “MITOMANIA” é a mentira frente a um assunto específico que é contada como se fosse uma verdade absoluta. No caso do Pinóquio é uma contradição enorme, uma mentira sobre a outra, um nariz crescendo por alguém faltar com a verdade, uma enorme mentira. A mentira não é o objetivo e sim a justificativa para seus fins, porém, quem conta acredita em sua mentira, onde a utiliza como defesa. Indubitavelmente, com raras exceções, o evangelho que vem sendo anunciado nestes últimos dias nada tem a ver com o Cristianismo Verdadeiro.
A falcatrua no meio do CRISTIANISMO VERDADEIRO é indubitável. Falsifica aquilo que é verdadeiro com intenções de cristianizar as pessoas com meros objetivos. Imitar ardilosa e fraudulentamente, ou apresentar como autentico ou original aquilo que não é. No mínimo é sim cretinismo e sacrilégio. Lamentavelmente tudo isso é feito em nome de Jesus e de sua palavra, porem, sem nenhuma aprovação Dele. Esquecem do que está escrito: “Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade” – II Coríntios 4.2. Paulo descreveu também, aos pregadores de então que reduziam as exigências do Evangelho a fim de obterem lucro, aceitação e sucesso.
Eram talentosos e persuasivos, mas, secretamente, insinceros. Cobiçavam dinheiro e visavam à proeminência, mercenários de mãos cheias – João 10:12 e13; Filipenses 1:15 e16; I Pedro 5:2. Paulo diferenciou deles ao dizer: “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus; antes, falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus” – II Coríntios 2:17. Pregam o cristianismo fácil e falso de que fala – II Pedro 2:19. O que define a autenticidade do ministério de um pastor? Suas intenções. Se por trás de sua pregação existe um projeto empresarial, ainda que pregue as mais belas mensagens do mundo, pode ser descartado como mercenário da palavra.
Mesmo uma mentira branda pode impedir a pessoa de conviver com a sua verdade. Inventar algo para justificar um esquecimento, por exemplo, pode não ser grave, mas vai distanciando a pessoa de sua própria história. Por que não pedir desculpa, assumir que é distraída? Tanto a mentira como a omissão são maneiras de sair de cena; “o que elas têm em comum é a covardia.
Muitos acham que há situações em que mentir ou deixar de falar é atitude benéfica. Afirmam: “Não temos que sair abrindo o peito, nos desnudando. Não é uma questão de mentir, é uma questão de se proteger, que tem a função de preservar a própria intimidade. Tenho o direito de guardar minha história, de não falar sobre ela. A omissão é benéfica quando está se preservando o seu eu”. Mas, o que diz a Bíblia sobre tal prática?
Se há as mentiras ditas inofensivas, o que não é verdade, e até necessárias para manter a harmonia social, há também as grandes fraudes, estas, sim, perigosas à sociedade, que brotam das mentes de mentirosos patológicos. Segundo os especialistas, a ficção mitomaníaca envolve concepções de grandeza ou de fraqueza, de capacidades e feitos extraordinários, fabulações que podem levar a cometer crimes e fraudes, como o exercício ilegal de certas profissões.
Aqui quero me deter nas mentiras que andam pregando em nome de Deus, e como tem mentirosos infiltrados no meio cristão! É o MST da fé, que quer impor uma “REFORMA RELIGIOSA” abrindo espaços para que os militantes de uma religião moderna e promiscua invadam as igrejas e façam o que bem entenderem. A indústria da prosperidade, o evangelho liberal e a conivência com as práticas dominantes do inimigo tornaram-se comuns e fazem sucesso no meio cristão hoje. O Diabo então tem sido tratado com “caviar, filé, fritas, salmão, champagne francês” com os banquetes sendo servidos dentro de igrejas, ou pelo menos entidades que estampam nas suas fachadas o título de “IGREJA”. Ninguém, por conveniência ou por incapacidade espiritual, está disposto a se levantar contra estes ataques do inimigo contra a NOIVA DE CRISTO e assim, vão permitindo que ela tenha uma vida de adultério se prostituindo com as coisas deste mundo, numa convivência pacífica e harmoniosa.
Muitos crentes estão fazendo um cristianismo atrelado a um monte de bobeiras teológicas como cristiabudismo, cristiaumbanda, cristiaespirita, cristiagospeiros, e por ai vai, alguma coisa que para estes está próximo de um cristianismo real que foi comprado com sangue e sangue santo, sangue de Jesus o único e suficiente salvador. Levados por mentiras e enganos, acham que é tudo cristianismo o que na verdade é tão somente uma farsa religiosa armada de forma sutil pelo Diabo para invadir o meio cristão provocando uma acomodação perigosa entre os crentes. Nesta direção o tal “COPO COM ÁGUA” tornou-se uma febre e até a igreja católica, para não ficar fora do mercado das benções via H2O copiou na integra as práticas de nossos “ANIMADORES DE AUDITÓRIO” que permeiam as programações de nossas televisões diuturnamente. Veja o que diz a Bíblia: “E também haverá entre vós falsos profetas e doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas conversas, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade” – II Pedro 2:1 e 2.
A única verdade que temos é que a mentira existe, cabe a você encontrar mentiras nas verdades, e verdades nas mentiras.
por Carlos Roberto Martins de Souza articulista do Gospel Prime

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O que fazer quando ficar deprimido?



AUTOR: © Jay E. Adams


Talvez você nem queira ler este artigo. Quando se está deprimido, com certeza, não se tem disposição para isso.— De que adianta tentar mais alguma coisa?, pode-se perguntar. — No fim das contas, nada adiantou.
Mas, antes de botá-lo de lado, deixe que eu diga claramente uma coisa que espero se grude em você, mesmo que você o ponha de lado por um tempo; acho que isso vai lhe fazer querer continuar a ler o que tenho a dizer. É o seguinte: o seu caso tem esperança; a sua depressão pode ser derrotada, não somente agora, mas para sempre. Quero lhe ensinar neste panfleto como sair da depressão e não cair mais nela. Se conseguir ler até o fim desse parágrafo vai ficar sabendo que centenas de outras pessoas, deprimidas do mesmo jeito que você, descobriram que isso é possível. Se conseguir ler este artigo até o fim vai ver que não vai ler nada complicado, que não leva muito tempo para chegar lá e que nunca deixa de funcionar. A razão por que afirmo essas coisas com tanta ênfase é que o jeito de derrotar a depressão que lhe descreverei não é meu, nem de nenhum outro homem, mas é o jeito Deus. É por isso que há esperança. Há esperança porque você pelo menos já chegou à conclusão de que nenhum outro jeito funciona. Com o que concordo. Até este momento você não fez a coisa do jeito de Deus; você não acha que já está na hora de levar em conta o que Ele tem a dizer?

— Qual é a isca? Pergunta você.
Se para você isca significa as condições para achar um jeito de sair de depressão, eu lhe direi que são três:
1. Você tem que conhecer Deus pessoalmente antes de esperar que Ele lhe ajude.
2. O seu objetivo principal não pode ser jamais o alívio da depressão, mas o desejo de agradar
a Deus fazendo aquilo que Ele diz.
3. Você tem que fazer exatamente o que Ele diz, sem importar como você se sinta.
São essas as condições. Se você achava que isca significava que há outros fatores, só revelados mais tarde, que amenizarão as minhas afirmativas iniciais eu lhe asseguro, então, que não existem. A depressão pode ser derrotada pelas orientações de Deus e pelo poder que Ele concede pelo Seu Espírito para capacitar àqueles que O conhecem a seguirem à Sua Palavra. Aí você responde, com reserva e cautela:
— Tudo bem. Fale-me sobre isso. Eu estou interessado, mas não vou atiçar a minha esperança tão cedo. Vou ouvir tudo o que você tem para dizer, mas não quero que as minhas esperanças comecem a se elevar somente para depois despencarem estilhaçadas ao meu redor em uma ou duas semanas. Isso dói demais. Elas já se levantaram antes somente para se destroçarem sempre e sempre.

Então vamos começar com uma dessas iscas ou, como prefere chamá-las, condições:
- que é que você pretende ao ficar aí dizendo que eu tenho que conhecer Deus? Não entendo isso muito bem.
Acho bom que tenha feito essa pergunta logo no começo porque ela é básica. Todo o resto depende dela. Você nunca pode usar Deus como se Ele fosse uma máquina para produzir aquilo que você quer, nem pode fazer o que a Bíblia manda como se fosse uma técnica ou um truque para atingir seus objetivos. Embora Deus, nas Escrituras, invoque princípios e métodos que, de fato, transformam vidas, esses princípios, quando acionados por você, não entram mecanicamente em funcionamento sem a bênção de Deus. Para que isso ocorra você tem que não estar brigado com Deus.

— Acho que ainda não entendo.

Certo, então deixe que eu explico. Eu e você, como todo ser humano nascido no mundo, à exceção única de Jesus Cristo, nascemos pecadores. Nossos pais eram pecadores e só podiam gerar pecadores. Os seus filhos, à sua semelhança, também nascem pecadores. A Bíblia ensina que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Quando Deus diz “todos”, isso é exatamente o que Ele quer dizer. A demonstração disso você vê em tudo aquilo que lhe cerca; você nunca encontrou ninguém perfeito. Mas é exatamente aí que está o problema, Deus é Deus Santo. Ele habita na perfeita justiça, mas, por sermos pecadores, não estamos qualificados para habitar com Ele e tornamo-nos Seus inimigos por não obedecermos aos Seus mandamentos. Ele disse: “Não dirás falso testemunho”, mas nós mentimos; “Não furtarás”, mas não há entre nós quem não tenha roubado, a começar pelos biscoitinhos da lata de biscoitos quando éramos somente crianças. Desobedecer significa também que nos colocamos em perigo, porque Deus não apenas é Deus Santo, mas é também o Justo Juiz das Suas criaturas. Ele decretou que devemos pagar pelos nossos pecados; mas é também misericordioso e providenciou o perdão dos pecados em Cristo. Quem não teve os pecados perdoados por Deus, não participará da glória eterna que Deus partilhará com os que chegaram a conhecê-lO. É disso que eu falo.

— Mas, como se chega a conhecê-lO.

Pela fé em Seu Filho Jesus Cristo. É isso o que eu quero dizer. Por não podemos, por nós mesmos, nos livrar dos nossos pecados Deus, em Sua misericórdia, providenciou o perdão enviando o Seu Filho para morrer em lugar de pecadores culpados, recebendo em lugar deles o castigo que mereciam por seus pecados. Quando reconhecem a situação do perigo que correm diante de Deus, se arrependem verdadeiramente da vida de rebelião quem vêm levando e dependem somente da morte de Jesus na cruz, Deus os livra (salva-os) do castigo eterno. Deus não os considera mais culpados por seus pecados e os aceita como amigos. De agora em diante Ele não será apenas o Juiz deles, mas também o seu amoroso Pai Celestial. Àqueles que vêm a conhecer a Deus assim, Deus cumpre e guarda as promessas que revelou na Bíblia. Promessas que só pertencem a eles e a mais ninguém. Você pode descobrir mais sobre isso através da leitura das seguintes passagens da Bíblia: Efésios 2.8, 9; João 3.16; Romanos 4.4, 5. Se você ainda não consegue compreender isso, consulte alguém que compreenda ou entre em contato com a instituição responsável pela veiculação deste artigo.

Mas vamos considerar que você tenha posto a sua fé em Cristo e já conhece a Deus como o Seu Salvador e Senhor e, apesar disso, continua atormentado pela depressão. Lembre-se de que eu disse que conhecê-lO era uma das condições para derrotar a depressão; eu não disse que bastava
conhecê-lO para resolver o problema. Prossigamos, então, na análise da matéria. Embora a depressão seja um problema terrivelmente esgotante e muito difundido tanto entre os crentes quanto entre os que não conhecem a Deus, não é um problema difícil de resolver o tanto quanto aparenta à primeira vista. O que você precisa reconhecer é que a depressão resulta de um defeito no autocontrole e na autodisciplina. Uma das atividades do Espírito Santo de Deus é produzir essa disciplina naqueles que, pela obediência fiel à Sua Palavra, buscam agradar a Deus fazendo aquilo que Ele diz e não o que acham que deveriam fazer (cf. Gálatas 5.23). Esse é o cerne da questão.

— Bem, a coisa ainda está um tanto obscura para mim. Se você quer que eu entre nessa, vai ter que detalhá-la com muito mais clareza.

Claro, eu só estava falando de modo genérico; antes de descer a pontos específicos queria que você soubesse dos fatos básicos, na medida em que prosseguimos. Vamos, então, tocar no ponto
crucial da coisa, mostrando que donas de casa, sacerdotes e todos quantos devem definir e cumprir os seus próprios horários são especialmente vulneráveis à depressão. Raramente sofrem de depressão aqueles cujo trabalho diário seja rotineiro e cujos resultados foram planejados para que até ao meio-dia devam ter produzido uma quantidade X de trabalho e até às 17h um outro tanto de X. Isso é porque o trabalho deles não depende de AUTOcontrole e de AUTOdisciplina. Os outros é que os disciplinam e controlam a sua produção. Por isso raramente deixam de conta do trabalho. Por outro lado, para quem precisa aprender a controlar e a disciplinar a si mesmo, numa época em que quase não se enfatiza a disciplina, muitas vezes tudo o que falta para se começar a cair em desespero e depressão é passar por um revés que o seduza a desviar o foco para o próprio revés levando-o a se esquecer das suas obrigações. Isso quebra a programação, faz com que deixe de cumprir as sua tarefas — que vão se amontoando — e aí, nesse ponto, já terá descido direto pela ladeira que leva à depressão. Misture numa mesma panela o revés (doença, decepção, a culpa de um pecado inconfesso, etc.), a incapacidade de lidar com o revés do jeito de Deus, a tendência de ir atrás dos sentimentos em vez de correr atrás do prejuízo, e a disposição para se lamuriar em grupo (ou choramingar funks tristes) e terá todos os ingredientes essenciais para preparar o pirão grosso de sabor podre da depressão.

Deus nos construiu de um jeito que quando deixamos de cumprir corretamente as nossas responsabilidades as nossas consciências disparam maus sentimentos. Se essas coisas não forem bloqueadas logo no seu começo ela nos levarão, ao fim e ao cabo, à depressão. Davi via a depressão como um sinal gracioso de Deus cuja intenção era conduzi-lo ao arrependimento e à mudança de atitude ou comportamento (depois de haver pecado ele disse: “a tua mão pesava dia e noite sobre mim” – Salmos 32.4). A culpa subjacente à depressão decorre da incapacidade de lidar com o problema ou o revés do jeito de Deus; portanto, deixar de atender a esse aviso ou qualquer tentativa de silenciá-lo por tratamentos de choque, uso de antidepressivos, bebidas alcoólicas, etc., é só mais um fracasso que vem somar-se à culpa e aumentar a intensidade dos maus sentimentos que brotam dela. O resultado é que a depressão cresce ciclicamente cada vez mais. Um bom lugar para começarmos a considerar a solução de Deus para o fracasso fundamental que está por trás da depressão é levar a sério as palavras do apóstolo Paulo em II Coríntios 4.8: “Em tudo somos atribulados, porém não angustiados; perplexos, porém não desanimados”. Houve muitas vezes em que Paulo achou difícil enfrentar oposição e dificuldades; também houve circunstâncias em que não sabia que atitude tomar. Ele foi afligido e ficou perplexo, mas não deprimido. Nessas horas de provação, Deus o capacitou totalmente para lidar com cada uma dessas dificuldades sem cair em desespero. Paulo passou por revezes, mas não deixou que o impedissem de continuar no curso objetivo de uma ação que iria acontecer; não se desesperou nem desistiu dos trabalhos que sabia que Deus queria que fizesse; sentia-se para baixo, mas não esgotado. A pessoa deprimida é aquela que ao sentirse para baixo, também estanca.

Agora, é vital que se compreenda a importante diferença que há entre ficar perplexo, desapontado, triste, fisicamente fraco, ou até mesmo sentir-se para baixo por causa da culpa, e ficar deprimido. Todos nós, à semelhança de Paulo, nos sentimos para baixo e todos nos entristecemos, às vezes; todos ficamos desencorajados, mas isso não é depressão. A depressão nos pega quando não conseguimos lidar com as tristezas, os desapontamentos, a perplexidade, a culpa ou a aflição física do jeito de Deus. Ela ocorre sempre que deixamos que os maus sentimentos ligados a esses problemas nos impeçam de cumprir os nossos deveres. Quando vamos atrás dos nossos sentimentos e deixamos de cumprir as nossas obrigações para com e Deus e para com os nossos semelhantes tornamo-nos culpados e isso faz a gente se sentir muito pior. Quando os sentimentos de culpa se somam aos maus sentimentos que já nos assolam isso faz a gente se sentir muito pior e por isso menos prováveis de realizarmos nosso trabalho. Se seguirmos os sentimentos crescentes de descontentamento — o que sempre é mais fácil de fazer — vamos desencadear mais desses sentimentos, ad infinitum. Vê agora o que eu pretendia quando disse que a depressão é cíclica?

— Sim, é realmente assim; ela só vai piorando cada vez mais.

Certo. Enquanto você continua a ir atrás dos seus sentimentos que lhe dizem que você “não consegue” fazer aquilo que você sabe que devia estar fazendo e não faz, ocorre que você se enfia cada vez mais no buraco da depressão, fazendo cada vez menos até que finalmente não faz mais nada senão ficar jogado no sofá, empanturrando-se de doces e assistindo TV. Isso lhe parece familiar?

— Demais. Mas o que se pode fazer? Descrever o problema é uma coisa, resolvê-lo é outra.

Concordo, mas é importante ver com clareza como funciona essa dinâmica para que se adote a solução acertada. Tenho observado que a depressão surge do fato de se tratar erradamente uma situação em que você se sente mal. Os maus sentimentos podem se originar do seu próprio pecado ou pelo fato de, depois de ficar prostrado com uma gripe por quatro dias, ter que voltar para o trabalho acumulado na sua ausência e que você acha que não vai dar conta por ser bem maior do que o normal e por você estar mais fraco do que sempre. Pode ser que tenha deixado de passar a roupa (— Olha só que monte de roupas!) ou de corrigir as provas empilhadas na mesa (— Nunca vou conseguir corrigir aquelas provas se não estiver mais disposto!). Sejam quais forem os aspectos específicos do problema, uma coisa predomina: em vez de fazer aquilo que sabe que tem de fazer, quando passa o controle aossentimentos na esperança de que mais tarde tenha mais vontade de cumprir a obrigação temida, você já deu alguns passos largos no caminho infeliz da depressão; então, a chave para se proteger da depressão é a seguinte: não vá atrás dos seus sentimentos quando sabe que tem uma responsabilidade a cumprir. Em vez disso faça o que deve mesmo contra os sentimentos e quando o fizer, mesmo que no início seja mecanicamente, faça-o simplesmente porque quer agradar a Deus e porque sabe que Ele quer que você o faça, o seu sentimento muda com o tempo. Deus lhe dará a sensação de satisfação e realização e grande entusiasmo por aquilo que antes temia. Você não deve esperar pela vontade de fazer a coisa, pode ser que nunca venha a tê-la; nem deve tentar mudar os seus sentimentos diretamente, você não pode fazer isso. Faça aquilo que você sabe que Deus quer que você faça, TENDO OU NÃO VONTADE PARA ISSO, e com o tempo vai ocorrer, como efeito colateral, uma mudança de sentimentos. Esse é o segredo para fazer descer pelo ralo a maré da depressão quando ela começar a lhe afogar. Não há outro jeito.

— Você está dizendo que se eu fizer o que sei que Deus quer que eu faça, simplesmente para
O agradar, quer eu tenha ou não vontade, então Ele vai abençoar isso e fortalecer-me e finalmente até mesmo modificar também os meus sentimentos?

É isso aí! Falando em termos simples, faça o seguinte: 1. Faça uma lista completa de todas aquelas coisas que você sabe que está negligenciando só porque não tem vontade de fazê-las; 2. Comece a fazê-las para agradar a Deus e àqueles que dependem de você (seu cônjuge, sua família, seu chefe, seu parceiro de pensão, etc.). 3. Continue a fazê-las a despeito de como se sentir e quando começar a ver a tarefa realizada vai passar a sentir uma mudança nos seus sentimentos. A maré foi virada. Dona de casa: vá em frente, limpe a casa, comece a preparar de novo as refeições, levante-se cedo para ver seu marido sair para trabalhar. Vendedor: saia do escritório, tire a lista de clientes da gaveta, pegue o telefone e comece a agendar suas reuniões de contato. Daí, caia na estrada e vá atrás deles até que estejam todos na sua carteira de clientes. O que tiver de ser feito, seja lá o que for e você sabe o que é, parta para ação — não espere até ter mais vontade para o fazer. Não o largue até à hora mais conveniente, o que tiver para fazer agora, faça. Não deixe mais uma hora passar. Assim, depois de ter empurrado para lá a depressão, pense no futuro. Você pode continuar livre da depressão no futuro exatamente do mesmo jeito que você saiu dela depois de ter resvalado no seu poço: faça aquilo que Deus quer que seja feito mesmo nos períodos desanimados da sua vida, QUER VOCÊ ESTEJA A FIM OU NÃO; e assegure-se de organizar a sua vida no futuro e de cumprir o planejado a despeito de como se sentir. Busque a ajuda de algum pastor ou profissional, se não souber como fazer um planejamento. Esse conselheiro também deve ter condições de monitorar por um tempo o modo como você está cumprindo o planejado até que se acostume a viver de acordo com ele. É um modo dessa pessoa lhe estimular “ao amor e às boas obras” (Hebreus 10.24). O próprio Deus planeja e organiza-se; você, que foi criado à Sua imagem e semelhança, não pode abrir mão da organização que o planejamento dá. Se você organizar bem a sua vida não terá tempo para lamúrias em grupo, nem tempo para se pendurar a manhã toda no telefone com um velho amigo queixando-se durante o cafezinho do quanto as coisas estão ruins, quando deveria estar fazendo o serviço de casa. O cafezinho deve vir depois das tarefas domésticas, não em lugar delas.

Bem, é isso. Agora você sabe o que fazer para sair de depressão e o que fazer para se manter fora dela. Deixe-me resumi-lo de novo com palavras um pouco diferentes:
1. Confesse o pecado de deixar de assumir as suas responsabilidades e outros pecados quaisquer que tenha deixado de confessar;
2. Comece a fazer aquilo que Deus quer que você faça para O agradar, a despeito de estar ou não a fim de fazê-lo;
3. Trate biblicamente de qualquer pecado específico que tenha originalmente desencadeado o mau sentimento (que pode, contudo, não ter se originado no pecado);
4. Fuja dos festivais de lamúrias, de funks deprimentes e grupos de murmuração. Organize seu
trabalho e siga a sua agenda, não os seus sentimentos.


Copyright 1975 by Jay F. Adams - Fonte: http://www.peacemakers.net/unity/adepressed.htm
Tradução: Marcos Vasconcelos — junho/2005 — marcos.tradutor@gmail.com

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Paul Washer - Os Falsos Mestres

O "outro evangelho" tem nome




Por Samuel Torralbo

É impressionante o nível de consciência moderada encontrada em Paulo (o apóstolo) com relação ao evangelho de Cristo. Paulo é um exemplo típico de quem entendeu a importância do equilíbrio entre a mensagem apologética que visa a defesa do evangelho, como também a querigmática que prioriza o anúncio simples da mensagem de Cristo.

De modo que, assim como os judeus que trabalharam na reconstrução dos muros em Jerusalém, tinham uma espada para combater o inimigo, e uma pá para a edificação, do mesmo modo, precisamos da pregação apologética, quanto da querigmática, para que, não corramos o risco de apenas defender o evangelho, enquanto menosprezemos o anúncio das escrituras sagradas de maneira simples e contundente.

Porém, no mínimo é empolgante descobrir a veemência com que o apostolo Paulo se utiliza da mensagem apologética, demonstrando-se inflexível diante das diversas correntes heréticas de sua época.

Estou persuadido de que, uma das máximas da mensagem apologética do apostolo Paulo pode ser encontrada nos desafios enfrentados pelos gálatas, que estavam sendo influenciados por heresias e conceitos doutrinários deturpados. Diante da dubiedade doutrinaria o apóstolo Paulo, declarou: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho;” Gl 1.6

Paulo sintetiza todas as heresias e contradições como o “outro evangelho”, porém no primeiro século as deturpações doutrinarias eram bem conhecidas e definidas, como por exemplo o docetismo (que afirmava que Jesus não havia nascido de Maria), Ebionismo (afirmava que Jesus era um homem comum, e se tornou messias por cumprir a torá), Adocianismo (pregava que o Filho não era co-eterno com o Pai), de modo que, essas e outras doutrinas enquadravam-se dentro daquilo que Paulo chamou de “outro evangelho”.

Do mesmo modo, “o outro evangelho” continua atuante no mundo pós-moderno, porém com outra roupagem. Uma vez, que a generalização do termo “outro evangelho”, venha ser fragmentado minuciosamente em seus modus operandi, certamente encontraremos as terminologias que define as diversas formas de heresias e enganos que operam atualmente. Observe abaixo, algumas das possíveis terminologias que definem em nosso tempo o “outro evangelho”.

1 – O evangelho hedonista: É aquele evangelho que cultua o prazer. Vale tudo pela felicidade egoísta do homem.

2 – O evangelho Burocrático: È aquela forma de evangelho que sacrifica a simplicidade da graça em Cristo, e condiciona o individuo a campanhas, correntes, performances viciantes, que objetivam no final (que nunca chega) alcançar as bênçãos dos céus.

3 – O evangelho faz de conta: È aquele evangelho que tanto o povo, quanto a líderança se auto enganam, “eu finjo que prego e vocês fingem que acreditam”. Nunca são expostos a verdade.

4 – O evangelho Monopólio: È aquele evangelho que não é mais de Cristo, mas de algum dono surtado de alguma “igreja”.

5 – O evangelho Pague e Leve: É uma antiga forma de indulgencia, onde a benção está sempre condicionada a qualidade da oferta que o fiel entrega.

6 – O evangelho Show: È aquele evangelho que tanto a adoração, pregação e liturgia fazem parte de um show, que celebram a personalidade humana e criam ídolos evangélicos.

7 – O evangelho pragmático: È aquele evangelho que prioriza as leis do mercado, “se está dando certo, então é verdadeiro”, sendo que, nem tudo que parece estar dando certo, é verdadeiro segundo os princípios divinos.

Estou convencido de que, o aumento do “outro evangelho” é iminente no mundo pós moderno que prioriza o imediatismo e consumismo, porém, o chamado de Deus continua o mesmo - que a sua Igreja viva o verdadeiro evangelho de Cristo Jesus com simplicidade e relevância, em meio a um mundo corrompido pelo pecado.


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Samuel Torralbo é pastor, escritor e colunista do Púlpito Cristão

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Quatro episódios e muitas inquietações.


Primeiro episódio.

A pastora Miriam Silva prometera algumas surpresas para o próximo culto. Na data marcada uma pequena multidão superlotou o seu auditório em São Paulo. Disputavam lugares até nos corredores. O ar pastoso do calor não inibia a euforia que passava de pessoa para pessoa. Ondas de uma eletricidade emocional causavam arrepios em todos. Cantaram-se alguns hinos; todos convocando os crentes para uma batalha. De repente, as portas que ladeiam a plataforma do templo se abriram e a pastora Miriam entrou. Vinha acompanhada por alguns dos seus oficiais. Apareceu trajando um uniforme militar com camuflagem e carregando uma baioneta pendurada no cinto. Marchou até o centro, sempre rodeada de seus oficiais. Todos igualmente fantasiados. A voltagem subia a cada hino que se cantava. De repente abriu-se mais uma porta e seis homens surgiram carregando um caixão de defuntos nos ombros. Os gazofilácios serviram de apoio para repousarem a urna funerária diante do povo. Agora o frenesi emocional misturava-se à perplexidade. Tudo se mostrava inusitado demais. A pastora Miriam sacou a baioneta e com ela em punho começou a pregar o seu sermão. Culpava a cultura romana pelos percalços da nação brasileira. Afirmou que somos pobres, vivemos no meio da violência e estacionamos em nosso desenvolvimento devido ao “espírito de Roma”. “Esse espírito”, continuou com a voz afetada, “nos ensinou a guardar o domingo e batizar crianças. Temos que matar e esfaquear esse espírito, ele não provém de Deus”. Depois de mais de meia hora condenando o “espírito de Roma”, convocou a todos no auditório a verificarem se suas próprias vidas também não estariam contaminadas com o tal espírito. Abriram o caixão e as pessoas trouxeram um papel escrito, indicando de que maneira estavam maculados por Roma. Quando se aproximavam do caixão, enxergavam-se num espelho estrategicamente colocado no lugar onde repousaria a cabeça do morto. Depois que todos depositaram seus pedaços de papel naquele móvel sinistro, repuseram a sua tampa e esperaram o próximo movimento da pastora. Ela desceu com a baioneta em posição de ataque e logo começou a esfaquear o caixão com força. Lancetava com tanto furor que lascas de madeira voavam pelo espaço. Ao terminar com a sua coreografia, deixou claro para o seu auditório que aquilo não fora apenas uma encenação. Eles haviam presenciado um “ato profético”. Prometeu que depois daquele evento, Deus reverteria a sorte do Brasil.

Segundo Episódio.

Minha secretária anunciou que o Alexandre Souza já chegara. Pedi então que ele entrasse em meu escritório, pois queria um aconselhamento pastoral. Aproximou-se cabisbaixo e me encarou apenas de soslaio, embora apertasse minha mão com firmeza. Notei logo sua timidez. Calculei sua idade por volta dos 28 anos. Os cabelos bem aparados e penteados para a esquerda chamavam a atenção pela negritude. Pedi que Alexandre se sentasse. Iniciei nosso diálogo procurando deixá-lo mais à vontade. Ofereci um copo d’água, que aceitou sem esboçar nenhuma emoção. Achei-o muito quieto. Pensei na dificuldade daquele aconselhamento. Imaginei que gastaria a maior parte do tempo perguntando e ouvindo meras respostas monossilábicas. Ledo engano.

Logo que bebeu o primeiro gole, Alexandre me encarou e perdeu toda timidez. – Pastor, começou sem gaguejar, faço parte da igreja ‘X’ aqui em Fortaleza. Há dois anos estou endemoninhado. – Vim aqui porque preciso de libertação, emendou. Mostrei-me surpreso: - Endemoninhado? Você está em pleno controle de suas faculdades mentais, emocionalmente equilibrado e com um semblante tranqüilo. O que lhe leva a crer que está endemoninhado?

Sua resposta me deixou ainda mais perplexo. – Todas as sextas-feiras eu vou ao culto de quebra de maldições em minha igreja e faz dois anos que eu caio tomado por demônios em todos os cultos. Pela voz não parecia indignado, apenas cansado. – O bispo põe a mão sobre minha cabeça e eu fico agoniado, tenho vontade de tirar a mão dele de cima de mim. É nesse exato momento que acontece... – O quê? Interrompi. – Fico nervoso, com uma aflição muito grande. Quero tirar a mão do bispo de cima de mim. Acabo caindo no chão. Lá me dizem que essa aflição é demoníaca.

Questionei-lhe porque o bispo não conseguia libertá-lo totalmente, já que sua possessão se manifestava semanalmente há dois anos. Explicaram-lhe que esse tipo de demônio é muito esperto. Quando o expulsavam da mente, corria para o espírito. Do espírito se escondia na vontade e da vontade pulava para a alma. Desta forma, continuava cativo mesmo já batizado e mesmo havendo terminado o seu curso sobre plenitude do Espírito Santo. Mostrei-lhe que não era possesso, apenas um inocente útil. Um joguete nas mãos dos líderes que precisavam de pessoas sugestionáveis para valorizar os cultos de libertação da sexta-feira.

Terceiro Episódio.

Roberto Pires pastoreia uma igreja no Rio de Janeiro. Certo dia, resolveu agir, indignado com a violência da cidade. Precisava fazer alguma coisa para reverter a incompetência crônica da polícia. Não cogitou ações políticas, nem imaginou um programa na igreja que melhorasse a educação cívica de seus membros. Sequer lhe passou pela cabeça participar de manifestações ou passeatas exigindo melhor segurança pública. Os óculos teológicos e ideológicos com que enxerga a sua realidade não lhe permitem essas cogitações. Assim, orava em um culto quando lhe veio uma idéia que considerou a mais genial de sua vida - tão genial que ele a relatou por anos.

Correu para o seu escritório, abriu a Lista Telefônica e nervosamente procurou pelos “agás”; queria “helicópteros”. Desejava saber quanto custaria alugar um desses beija-flores mecânicos. Anotou os valores e levou sua idéia para o culto daquela noite. “Irmãos e irmãs, Deus me deu uma visão. Preciso que vocês me ajudem a cumpri-la. Deus mandou que eu alugasse um helicóptero, colocasse um tonel de óleo dentro e ungisse a cidade do Rio de Janeiro”. O auditório irrompeu em palmas, uma oferta foi levantada e o pastor Roberto Pires naquela semana embarcou no mais bizarro sobrevôo que o Rio de Janeiro já teve. Latas de óleo eram derramadas para ungirem a Cidade Maravilhosa. Respingos melados caíram sobre a avenida Rio Branco, na praia de Copacabana e sobre alguns dos morros mais violentos da cidade. Fora o inconveniente oleoso, nada aconteceu; meses depois a violência carioca recrudesceu.

Quarto Episódio

O pastor Carlos Feijó voltou para Curitiba depois de uma semana em um seminário de batalha espiritual. A equipe que ministrou o curso ensinou-lhe a “decretar sua cidade para Deus”. Ali aprendeu como identificar os limites do seu município e declarar que ele pertence a Jesus Cristo. Aprendeu mais: Se a igreja não souber reivindicar o que pertence ao Senhor, o diabo continuará com direitos legais sobre vidas, espalhando miséria. O pastor Carlos passou uma semana indignado consigo mesmo e com os outros pastores. Por anos não se aperceberam dessa imensa negligência. Foi para casa e orou. Com lágrimas rolando pelo rosto, se propôs a jejuar. No terceiro dia do jejum veio-lhe o que também considerou uma brilhante revelação divina. Há muitos anos aprendera que tanto os leões como os lobos urinam para demarcar o seu território e impedir a invasão de outros machos. Ele precisava fazer o mesmo, como legítimo representante de Jesus – o Leão da Tribo de Judá.

Naquela semana, convocou seus parceiros de ministério para saírem pela madrugada urinando em pontos estratégicos da cidade. Gastaram algumas horas na empreitada. O comboio de carros percorreu vários quilômetros com muitas paradas. Beberam litros e litros d’água; precisavam de muita urina para uma cidade tão grande.

Esses quatro episódios descritos são verdadeiros. Todos patéticos! Realmente aconteceram nas cidades mencionadas. Apenas os nomes e alguns detalhes são fictícios. Ilustram bem o que invade as igrejas evangélicas no Brasil. Entendo que as pessoas têm o direito constitucional de crerem, praticarem ou pregarem o que quiserem. Entretanto, não deveriam fazer em nome da fé protestante e evangélica. Muito sangue já foi derramado, muitas vidas sacrificadas e muitos missionários afadigados para que testemunhássemos tanta superficialidade.

Além disso, produzem um estrago imensurável em vidas. Muita gente já perdeu a fé. Qualquer pessoa com um mínimo de senso crítico, depois que passa a euforia e o fanatismo, se sentirá envergonhada de um dia haver participado de ambientes onde imperam tantas tolices. Acabam trilhando o caminho do cinismo ou da revolta. Ambos muito trágicos.

Torna-se necessário que aconteçam denúncias internas para que o evangelho não se desfigure em um “outro evangelho”. Se nos calarmos, mancharemos nosso legado de fé e nos tornaremos culpados por omissão. Quando a igreja deixa de salgar e passa a ser motivo de chacota, para nada mais serve senão para ser pisada pelos homens. Há muito joio dentro das igrejas evangélicas e ele não se parece em nada com o trigo. Pelo contrário, dá-nos vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo. Protestemos, antes que só dê vontade de chorar.

Soli Deo Gloria.

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