A salvação que Jesus Cristo conquistou para nós não pode ser comprada com 10% mensais de seu salário...

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A Parábola do Lápis

“... dai, pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”



Diogo Henrique de Sá




“... dai, pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.” (Mt. 22.20; Mc. 12.17; Lc. 20.25).

Esse famoso texto é usado por muitos pregadores para, sancionar a cobrança indiscriminada dos Dízimos, Ofertas e Ofertas Alçadas.

Sinceramente não sou de todo contra a coleta de dízimo e oferta já que a denominação é uma instituição sem fins lucrativos ela não tem como se manter. Como pagar aluguel, água, luz, e etc?

A contribuição na verdade é um modo legítimo de garantir a manutenção do prédio onde se reúne a Igreja, nada mais justo que os crentes contribuam para preservar o local onde eles se reúnem. O Problema não é a contribuição em si, mas a importância exacerbada dada a ela, e o uso ilegítimo dos recursos por parte daqueles que deveriam utilizá-lo de maneira reverente, pois se trata dos recursos da própria Igreja (da Noiva) e não do líder Eclesiástico.

Mas... Voltando ao texto... Muitos pregadores, ao discorrerem sobre a passagem a cima, concordam em afirmar o seguinte: “Nós devemos pagar os nossos impostos, sem esquecer nunca dos dízimos e ofertas. Pois dar a César é pagar os impostos, e dar a Deus é pagar o dízimo”.

No entanto, se analisarmos esta passagem exegeticamente, não poderemos nunca, permitir este tipo de interpretação. Ao observarmos atentamente a passagem não vemos, em nenhum momento, qualquer dos evangelistas relacionando esta afirmação de Jesus a prática de ofertar ou dizimar, para ser mais exato a única exceção é Marcos que na altura do versículo 41 vai falar sobre a oferta da viúva, mas mesmo João Marcos não associa este episódio a declaração de cristo nos versos anteriores.

A declaração de Jesus, tema da nossa apreciação, está inserida em um contexto de várias tentativas dos grupos religiosos em tentarem pegar Jesus em alguma contradição, para assim tirar-lhe a confiabilidade. Como sabemos foi inútil e mais serviu para aumentar a credibilidade que Ele tinha e para desmoralizar os religiosos de sua época. A discussão que culmina naquela afirmação de Jesus está inserida neste ínterim. Os fariseus unidos com os herodianos se achegam ao Senhor com bajulações e soltam a questão: “É lícito pagar os impostos cobrados por Roma?”. Como Jesus, que não era bobo nem nada, percebeu que as palavras lisonjeiras eram uma artimanha para tentar ludibriá-lo. Acabou com a questão: “Me mostrem a moeda, de quem é esta cara estampada na moeda?” Os inquisidores responderam de pronto: “De César.” Então Jesus conclui com uma das lições mais profundas que só poderíamos receber Dele mesmo: Daí, pois a César o que é dele, daí portanto a Deus o que lhe pertence (estou parafraseando).

Agora faço minha as palavras de Jesus. Olhem para as cédulas de dinheiro e as moedas que você tem. De quem é este brasão? Quem atribui valor a estas cédulas? (Você responde está bem?)

Agora usando o raciocínio de Jesus, o que existe neste universo que possui estampada a imagem do Deus onipotente? O que Deus criou que possui a sua marca e que pra ele possui valor?

A Resposta: O ser humano.

Deus não precisa de dinheiro, tudo é Dele. Ele não quer seu dinheiro, daí a Deus o que é dele. E o que ele quer é uma oferta da sua vida. Daí a Ele aquilo que possui Sua marca registrada. Pois é isso que ele quer.

Quer agradar à Deus? Dê-lhe uma oferta que Ele possa aceitar. Entregue sua vida incondicionalmente à Ele!


Publicado em Bereianos

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Confissões de Lúcifer.


*Depois
de 6.000 anos* vagueando pela Terra, aprendi muito da natureza humana,
suas fraquezas, virtudes e desejos mais secretos. Sei que minha causa
foi derrotada; mas trabalho freneticamente para levar comigo o maior
número possível de pessoas, pois sei que pouco tempo me resta [1].
*Não é fácil* a vida de um adversário do Todo Poderoso, principalmente
porque Ele conta com um exército fiel espalhado pelo mundo inteiro que
com suas orações produzem uma reviravolta em todo mal que intento.
Felizmente são poucos os que oram de verdade: a maioria está mais
preocupada consigo mesma; outros começam bem, me incomodam, mas logo
desistem, pois não têm perseverança.
*Fico admirado* com o fascínio que exerço sobre alguns que falam mais de
mim que de Deus. Rio muito quando eles tentam me amarrar, e dizem que
naquela cidade eu não entro mais. Pois acaba a oração e eu continuo
fazendo as mesmas estripulias. O que esses não entendem é que não devem
lutar contra mim, mas buscar Aquele que tem mais poder que eu. Quando eu
quase destruí a vida de Jó, ele não me dirigiu uma palavra sequer, mas
dizia o tempo todo que sua causa estava diante de Deus, e que o seu
Redentor vive. Quando humilhei Paulo colocando-lhe um espinho na carne,
ele não tentou me acorrentar, mas apresentou sua fraqueza a Deus, que
lhe deu vitória. Sinceramente, com gente assim não dá pra lutar!
*Tenho prazer especial* em atormentar os que ficam preocupados comigo o
dia todo. Eles dizem que me vêem em todos os lugares, até onde eu nem
estou…. é muito engraçado. Com tais eu nem me previno, pois sei que são
inseguros da fé que dizem possuir. Fazem parte daquele grupo que me faz
uma boa propaganda pois julgam que possuo mais poder do que tenho, e que
fiz coisas que nada tive a ver. Na verdade, sou um pobre diabo,
condenado e derrotado, mas da forma que falam, é como seu fosse
onisciente e onipotente. Será que eles não sabem que eu não posso fazer
absolutamente nada sem a permissão do Todo Poderoso? Ah, se não fosse
por Ele... mas tudo bem, a propaganda é a alma do negócio.
*Sou acusado* de tirar gente da igreja. É mentira! Eles saem por seus
próprios interesses. Não fui eu quem instigou o filho pródigo a sair de
casa [2] e Demas abandonou Paulo porque amou mais o mundo do que a Deus [3].
*Não quero tirar ninguém da igreja,* pelo contrário. Quero deixá-los lá,
pois farei de tudo para que sejam frios, apáticos, que briguem por
bobagem, que se dividam, e façam panelinhas. No que depender de mim
farei com que tenham uma vida tão miserável, que quando forem
evangelizar ninguém vai querer ser igual a eles. Outra estratégia que
uso muito é a de fazer com que os valores da igreja se pareçam cada vez
mais com o mundo, pois assim quando as pessoas passarem a freqüentá-la,
elas não precisarão mudar, e continuarão fazendo as mesmas coisas de
antes. Não é genial?
*Adoro soprar mentiras* nos ouvidos das pessoas, afinal quero fazer jus
ao meu nome de “pai da mentira”. É, eu digo-lhes que são como gafanhotos
e eles acreditam, digo-lhes que são uns derrotados e eles nem se
levantam da cama, digo-lhes que Deus não os perdoou por tal e tal pecado
e eles ficam cheios de culpa.
*Confesso* também que sinto um enorme prazer em oprimir os que se
recusam a perdoar, pois recebi carta branca do Todo Poderoso para
atormentá-los com toda sorte de espíritos malignos [4], dos quais eu sou
o principal. E não ponham a culpa em mim: só posso fazer isso se o
cristão recusar a perdoar, pois quando ele perdoa é horrível a sensação
de paz daquele coração, e eu saio correndo dali.
*Acho muito engraçado* quando usam sal grosso contra mim. Nem ligo.
Agora, o que eu temo mesmo é uma vida santificada. Contra um discípulo
santificado, fiel e que tem a Palavra guardada no coração, desse eu fujo
[5].
*Como minha hora se aproxima,* eu estou trabalhando num projeto
grandioso. É uma estratégia tão ardilosa que poucos a percebem. Todos
buscam uma divindade para adorar, por isso eu estou dando “deus” para
todos os gostos. Eu estou enchendo o mundo de “deus” para que eles
fiquem tão confundidos que não saibam quem é o verdadeiro. Cada um pode
ter o seu, do jeito que quiser. Vocês não imaginam como o povo gosta de
novidades! Tenho queimado as pestanas inventando sacrifícios, rituais,
levantando líderes que falam de Jesus, mas são meus. Adoro ventos de
doutrinas, porque os meninos na fé acreditam em tudo.
*O meu objetivo?* Confundi-los e fazê-los imaginar que estão servindo a
Deus. Agora, eu não aceito levar a culpa de tudo sozinho – eu só dou o
que eles querem. Eles gostam do brilho, buscam glória para si, crêem em
todas as formas de misticismo... eu nunca imaginei que esse povo
gostasse tanto de ídolos. Séculos atrás lhes dei um bezerro de ouro, mas
agora eles querem ídolos que cantam, que pregam, que profetizam….
*Muitos falam que eu sou feio,* e até pintam quadros horríveis dizendo
que eu tenho chifres, pêlos e cara de bode. Desde a minha criação sou
muito vaidoso e jamais aceitaria ser desta forma. Se vocês ouvissem
aquele tal Paulo saberiam como eu sou de verdade – sempre fui um anjo de
luz, fala mansa, voz agradável, boa aparência e muito convincente [6].
Felizmente poucos me reconhecem.
*Para terminar,* eu quero dizer a todos que não sou ateu. Eu creio e
tremo diante de Deus [7]. Mas não consigo me submeter. Submissão
significa obediência, e eu não quero ser servo. Aliás, tem muita gente
que também crê em Deus, freqüenta igreja, pratica atos religiosos, e é
dessa mesma opinião.

Pr. Daniel Rocha

Notas/referências bíblicas:
[1] Apocalipse 12.12
[2] Lucas 15.12
[3] 2 Timóteo 4.10
[4] Mateus 18.34-35
[5] Tiago 4.7
[6] 2 Corintios 11.14
[7] Tiago 2.19

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A Verdade sobre Aborto

Este video tem um conteúdo visual muito chocante e pesado. O pior é que este conteúdo é somente um reflexo do que ocorre diariamente a milhares de criança ao redor do mundo. O triste mesmo é de sabe que no meio supostamente Evangélico existem monstros que apoiam o aborto.

"Como podemos dizer a um homen que não mate outro se permitimos que uma mãe mate seu próprio filho?" Madre Theresa de Calcutta

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

SETE PALAVRAS

Feudalísmo Evangélico.



De pai para filho


*Há
muitos anos* assisti a um filme do diretor francês Regis Wargnier,
chamado “Eu Sou o Senhor do Castelo”. É um drama que conta as impressões
de um menino a partir da morte de sua mãe e sua solidão na grande
propriedade da família, onde ele vê o pai, a governanta, o filho dela e
outros personagens como invasores no que ele considera o seu espaço
particular, o “seu castelo”. Daí o título do filme. Um título bastante
intrigante.
*Corta para os dias atuais.* Local: qualquer jornal diário. O assunto: o
nepotismo.
Praga antiga, que desde a Roma Imperial vem empesteando a sociedade.
Recentemente vimos o senador Sarney enrolado para explicar o emprego de
funcionários fantasmas que por sinal eram parentes seus. Até namorado da
neta mamava no Senado sem nunca ter ido lá.
Já nos acostumamos a ver – e criticar duramente – principalmente no meio
político essa prática infeliz.
*Mas o que muitos ignoram,* ou se recusam a ver, é que esse costume
abominável chegou às nossas igrejas. Muitas igrejas têm-se desfiliado
das convenções nacionais exclusivamente com o propósito velado de adotar
essa prática nefanda.
*Muitos de vocês nem eram nascidos* nesse tempo. Há uns trinta anos ou
mais, a grande maioria das igrejas evangélicas deste país era organizada
em convenções. Havia a Convenção Batista Brasileira, chamada
“tradicional”, e sua dissidência, a Convenção Batista Nacional, chamada
“renovada”; mas ambas seguiam – e seguem – praticamente a mesma
organização e métodos (inclusive já há quem defenda a re-união, assunto
para outra postagem, em breve). Mas a Igreja Presbiteriana tem o seu
Concílio, as Assembléias de Deus têm a CGADB e a Conamad, e assim por
diante. Com algumas exceções, é claro, mas no geral as igrejas, que
então eram sérias e evangélicas, funcionavam com muita organização. Um
dos principais motivos era que dessa forma, a convenção geral ou
nacional era quem escalava e distribuía os pastores pelas igrejas,
fazendo um rodízio de tantos em tantos anos. Isso não deixava que eles
viessem a ser idolatrados pelo povo, e se tornassem donos de igrejas.
*Entretanto, há uns trinta anos,* aproximadamente, começaram a surgir
alguns movimentos estranhos. Algumas igrejas, principalmente as maiores
e mais influentes, começaram a alegar motivos esdrúxulos e começaram a
se desfiliar das convenções. Uma estranha coincidência é que nessa mesma
época aparece, a princípio timidamente, depois com mais ousadia, o
conceito de “cobertura”. Estranha por que não se pode entender que o
pastor titular exija que os membros fiquem sob sua “cobertura” – um
conceito por si só bastante discutível à luz das Escrituras – mas ao
mesmo tempo saia de debaixo da “cobertura” da denominação. Ou seja, a
“cobertura” só vale deles para baixo.
Mas tudo tem uma explicação, que nem sempre é clara, mas que com o tempo
acaba vindo à tona.
*O que aconteceu?* Aconteceu que aquele pastor se tornava “dono” da
igreja! Não tendo mais a quem prestar contas, não corria o risco de
“fazer um bom trabalho” e depois ser substituído, deixando o aprisco
para outro tomar conta. Agora ele era dono do redil; podia imprimir o
seu ritmo, o seu estilo, até mesmo a sua interpretação particular, ou,
como se tornou chavão, “a visão”.
Mas o efeito mais duradouro dessa mudança organizacional é de caráter
prático. Eu comecei há muitos anos a detectar esse movimento e o chamei,
na época, de feudalismo evangélico. Isso porque as igrejas não só
passaram a ter donos, mas também herdeiros! Os pastores, sabiamente, ao
perceberem que não durariam para sempre, trataram de cuidar da sucessão
do que agora era seu feudo particular – lembre-se, não estavam mais sob
a autoridade da convenção geral. Passou a ser o senhor do castelo, como
o garoto do filme, e todos os outros passam a ser vistos como invasores
em potencial daquele mundinho. E como todo senhor feudal que se preze, a
possessão passa para a próxima geração, mas sempre na mesma família! Uma
possessão vitalícia.
*
Senão
vejamos.* Faça uma breve pesquisa pelas maiores igrejas do país e verá
que os pastores titulares são, pela ordem, o pastor (ou bispo, apóstolo
etc.) Fulano de Tal; depois vem pastor Fulano de Tal Júnior, Fulano de
Tal Filho, Fulano de Tal Neto e por aí vai. Isso quando não tem a
pastora (ou bispa, ou apóstola etc.) Fulaninha de Tal, Beltranice de
Tal, ou Cicrânia de Tal. Mas é sempre o sobrenome “de Tal”, igual ao do
chefão.
*Talvez a única exceção* seja o “apóstolo” Doriel de Oliveira, cujo
filho é deputado em Brasília e se chama Rubens César Brunelli Júnior,
aquele mesmo da oração da propina. Opa, peraí? Se ele é filho do Doriel,
e se chama Júnior, por que seu primeiro nome não é Doriel?
(http://www.cl.df.gov.br/cldf/parlamentares/paginas/deputado-brunelli).
Eu hein... Se alguém souber o que houve, por favor, nos avise, para não
cometermos injustiças nem darmos informações incorretas.
Enfim, somente como exemplo, seguem algumas fotos para que vocês nos
ajudem com mais informações.
Outro aspecto que caracteriza o feudalismo evangélico é que, assim como
na
Europa
Medieval, muitas igrejas hoje tratam de produzir tudo aquilo de que
precisam para a própria subsistência.
*Começou com a venda de Bíblias* e livros evangélicos. Até aí, tudo bem,
nada contra. Mas logo surgiram lojinhas de bugigangas: chaveiros,
adesivos, camisetas, marcador, discos, cds, dvds, e agora até calcinha
tem. Virou um verdadeiro mercado persa. Se Jesus viesse visitar uma
igreja dessas, talvez usasse o bom e velho azorrague no recinto.
*Mas o feudo ia crescendo,* e logo se abandonou o velho hinário, pois
como ouvi um “pastor” justificar tal assassinato, “a linguagem é
arcaica, ultrapassada; o pessoal não entende”. Com isso, foram
suprimindo os hinos e aumentando o uso dos “corinhos” – que também
acabaram desaparecendo
com
a adoção das músicas de cds dos “levitas”. De preferência os oriundos do
próprio “ministério”. Os que têm mais recursos até se tornam conhecidos
fora das fronteiras, e são cantados nos feudos vizinhos; com o advento
da Internet, até em feudos distantes. De feudo para feudo. E nesse meio
tempo, um estudiozinho para produzir as próprias músicas. Em si, isso
não é ruim. O que não é bom é que o
custo
da produção cai, mas o preço final não... Um cd custa menos que R$5 para
ser produzido, mas vai ver o preço da venda. Se fosse para o Reino de
Deus, até daria pra engolir, mas é para o Feudo.
*Edição de livros,* a mesma coisa. O pastor escreve uma coisinha aqui,
outra ali, daqui a pouco a igreja tem sua própria editora. Mesma coisa
do estúdio, baixam-se os custos de produção, mas não o preço da venda.
Mentalidade empresarial, ora, dirão os modernos.
*
Depois,
surgiu outro malefício,* o seminário próprio. Primeiro, um cursinho
básico de especialização, de aprofundamento. Depois, com o crescimento
natural da freguesia, acaba virando um “seminário” ao gosto do patrão,
onde são enfatizadas as doutrinas que o senhor do castelo mais preza:
prosperidade, exorcismo, regressão mental, batalha espiritual...
raramente missões e evangelismo. Mais uma vez peço que você faça uma
pesquisa, como eu fiz, e dê uma olhada nas matérias oferecidas. Compare
com um seminário sério, um que seja reconhecido pelo MEC há mais de 30
anos, por exemplo.
*Outras comparações* podem ser feitas com o feudalismo, como por
exemplo, a fragmentação da unidade anterior e a auto-suficiência de cada
feudo;
a palavra do senhor do castelo é a lei suprema; a administração da
justiça própria àqueles considerados dissidentes; a formação de um
cordão de puxa-sacos e parasitas; uma tropa de choque para cegamente
defender o senhor a qualquer custo etc.
Mas, para não alongar demais a conversa, e por falar em livros, vamos
terminar tratando de mídia.
*É sem dúvida* muito importante o uso da mídia, em todas as suas
possibilidades, para a evangelização, missões, edificação pela pregação
da Palavra de Deus. Sou totalmente a favor do rádio, da TV, do cinema,
dos jornais, livros, folhetos, revistas. Internet, blogs, e-mail (sem
/spam/, por favor), twitter, torpedos, e o que mais ainda for inventado.
O que eu sou contra é o uso dessas ferramentas para promoção própria,
enriquecimento
pessoal e/ou divulgação de doutrinas particulares! Igrejas com canais de
TV? Isso era o sonho de toda uma geração de cristãos bíblicos! Resta ver
se o conteúdo presta. Programas de culinária (*ao lado*)? Programas de
moda? Transmissão ao vivo de /raves gospel/? E isso é o que vemos hoje
em canais ditos “cristãos”. Mais uma vez, felizmente, com honrosas, mas
poucas, exceções. E quando a mídia resulta mais em glorificação do feudo
e do senhor do castelo do que de Deus, aí podemos de fato desconfiar de
que quem manda é o senhor feudal, com vistas à perpetuação do seu poder.
E de sua dinastia, *PER OMNIA SAECVLA SAECVLORVM*.


Depois, quando o pessoal diz que há uma mentalidade medieval permeando
certos rincões do cristianismo atual, tem gente que reclama.


http://doa-a-quem-doer.blogspot.com/