A salvação que Jesus Cristo conquistou para nós não pode ser comprada com 10% mensais de seu salário...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Meu Templo é um esconderijo de ladrões?

Me recuso a dizer mais uma palavra contra a mentira que é propagada como verdade por malandros que praticam toda espécie de safadeza e depois se escondem debaixo de uma bandeira de alguma instituição religiosa. Estes ao comprarem seus líderes religiósos particulares ( com ofertas, casa, carros, viagens, etc...) se sentem imunes a verdade do Evangelho de Jesus Cristo inventando o que quizerem, e ao mesmo tempo dizendo que, "Está tudo na Bíblia...", livro que NUNCA leram com sinceridade. Portanto eis o que a Bíblia diz, não digo mais nada!


Jeremias 7:4-34 NTLH (para facilitar o óbvio)

4. Não confiem mais nestas palavras mentirosas: “Nós estamos seguros! Este é o Templo do SENHOR, este é o Templo do SENHOR, este é o Templo do SENHOR!


5 —Mudem de vida e parem de fazer o que estão fazendo. Sejam honestos uns com os outros.


6 Parem de explorar os estrangeiros, os órfãos e as viúvas. Não matem mais pessoas inocentes neste lugar. E parem de adorar outros deuses, pois isso vai acabar com vocês.


7 Se vocês mudarem de vida, eu deixarei que continuem morando aqui, na terra que dei para sempre aos seus antepassados.


8 —Vejam! Vocês estão confiando em palavras mentirosas e sem valor.


9 Vocês roubam, matam, cometem adultério, juram para encobrir mentiras, oferecem sacrifícios a Baal e adoram outros deuses que vocês não conheciam no passado.


10 Fazem coisas que eu detesto, depois vêm e ficam na minha presença, no meu próprio Templo, e dizem: “Nós estamos seguros! ”


11 Será que vocês estão pensando que o meu Templo é um esconderijo de ladrões? Eu tenho visto o que vocês estão fazendo. Sou eu, o SENHOR, quem está falando.


12 Vão a Siló, o primeiro lugar que escolhi para nele ser adorado, e vejam o que eu fiz ali por causa da maldade de Israel, o meu povo.


13 Vocês têm cometido todos esses pecados de que falei. Eu os avisei muitas e muitas vezes, mas vocês não quiseram me ouvir; e, quando eu chamei, não me responderam. Sou eu, o SENHOR, quem está falando.


14 Por isso, a mesma coisa que fiz com Siló vou fazer com este meu Templo em que vocês confiam. O que fiz em Siló vou fazer neste lugar que dei a vocês e aos seus antepassados.


15 Vou expulsar vocês da minha presença como fiz com os seus parentes, o povo do Reino do Norte.


16 Deus disse: —Jeremias, não ore por este povo. Não peça, nem implore em favor deles; não insista comigo, porque eu não atenderei.


17 Será que você não vê o que eles andam fazendo nas cidades de Judá e nas ruas de Jerusalém?


18 As crianças apanham lenha, os homens acendem o fogo, e as mulheres assam bolos para oferecer à deusa que é chamada de “Rainha do Céu”. Também derramam bebidas como oferta a outros deuses e fazem isso para me irritar e ferir.


19 Mas será que é a mim que eles estão ferindo? Eu afirmo que não! Eles estão ferindo a si mesmos e vão passar vergonha.


20 Assim eu, o SENHOR Deus, derramarei a minha ira e o meu furor sobre este lugar. Descarregarei o meu furor sobre as pessoas e os animais e até sobre as árvores e as plantações. E a minha ira será como um fogo que ninguém pode apagar.


21 —Alguns sacrifícios são completamente queimados sobre o altar, mas a carne de outros sacrifícios vocês têm o direito de comer. Porém eu, o SENHOR Todo-Poderoso, o Deus de Israel, digo que não me importo que vocês comam a carne toda.


22 Quando tirei do Egito os seus antepassados, não dei ordens a respeito do oferecimento de animais que são completamente queimados nem a respeito de outros tipos de sacrifícios.


23 Mas o que ordenei foi que me obedecessem, de modo que eu seria o Deus deles, e eles seriam o meu povo. Disse que vivessem sempre como eu tinha mandado, para que tudo corresse bem para eles.


24 Mas eles não me deram atenção, nem obedeceram. Pelo contrário, fizeram tudo o que o seu coração teimoso e mau queria. Assim, em vez de melhorarem, eles pioraram.


25 Desde o dia em que os seus antepassados saíram do Egito até hoje, tenho sempre mandado todos os meus servos, os profetas, a vocês.


26 Mas vocês não lhes deram atenção, nem obedeceram. Pelo contrário, continuaram teimosos e fizeram ainda pior do que os seus antepassados.


27 —Portanto, Jeremias, você dirá todas essas palavras, mas eles não vão dar atenção; você os chamará, mas eles não vão responder.


28 Você lhes dirá que eles são um povo que não obedece a mim, o SENHOR, o Deus deles. São um povo que não aceita ser corrigido. Não existe mais sinceridade; nem se fala mais nisso.


29 Deus disse ainda: “Chore, povo de Jerusalém. Corte os seus cabelos e jogue fora. Cante música triste no alto dos montes, pois eu, o SENHOR, estou irado e abandonei o meu povo. ”


30 —O povo de Judá fez uma coisa que eu acho errada. Eles colocaram os seus ídolos, que eu detesto, no meu Templo e o mancharam. Sou eu, o SENHOR, quem está falando.

31 Construíram um altar que foi chamado de Tofete, no vale de Ben-Hinom, e ali queimam os seus filhos e filhas como sacrifício. Eu não dei ordem para isso e nunca pensei nisso.

32 Portanto, certamente virá o tempo em que esse lugar não será mais chamado de Tofete nem de vale de Ben-Hinom, mas de “vale da Matança”. Vão enterrar gente em Tofete por não haver outro lugar.


33 Os mortos servirão de comida para as aves e para os animais selvagens, e não haverá ninguém para os espantar.


34 A terra ficará deserta. E eu acabarei com os gritos de alegria e de felicidade e com o barulho alegre das festas de casamento, tanto nas cidades de Judá como nas ruas de Jerusalém.

domingo, 20 de junho de 2010

Um Sorvete pra Matar a Fome



Era uma tarde quente de domingo. Eu caminhava sozinho pela Avenida Rio Branco, naquele momento, deserta. Gosto de caminhar por ali e contemplar a bela arquitetura do centro do Rio de Janeiro. Aprecio as construções antigas,
magníficas, sobranceiras. Muito da História do Rio de Janeiro e do Brasil passa por aquela e outras avenidas centrais da Cidade Maravilhosa. Como sou um apreciador das coisas da história, quando posso, dou-me o prazer de passar um bom
tempo caminhando por ali.
Como estava muito quente resolvi tomar um sorvete (uma das minhas paixões proibidas por causa de minhas constantes faringites) num quiosque de uma famosa rede de Fast-food. De repente vi que não estava só. Aproximou-se um rapaz e
foi logo me pedindo: "moço, me dá um sorvete... é que eu tô com fome". Como eu estava com o dinheiro "contado" para voltar a Teresópolis, não pude atender o pedido daquele jovem, quase adulto.
Instantaneamente me pus a pensar:peraí... a lanchonete está aberta...se ele realmente estivesse com fome teria me pedido algo para comer,e não uma "sobremesa"... sorvete não mata a fome... e meu pensamento foi parar onde sempre pára nessas horas em que as coisas inusitadas me acontecem: na realidade da
igreja. Na mesma hora senti que aquele era o quadro fiel de algumas igrejas que tenho conhecido. Estão querendo
matar a"fome" com "sorvetes".
Pensei em como a Palavra, verdadeiro alimento que realmente sacia a fome (nem só de pão viverá o homem, mas de
toda Palavra...), tem sido trocada por meros "sorvetes" espirituais. Engraçado é que sorvetes geralmente
são a sobremesa preferida das crianças. É difícil conhecer uma criança que não goste de se lambuzar de sorvete, e mais,
elas são capazes de trocar pratos saborosos e nutritivos por uma pequena taça dessa guloseima doce e gelada.
Lembrei-me de Paulo dizendo aos Coríntios que gostaria de lhes dar alimento sólido, mas não podia e tinha que lhes dar
leite, ainda eram meninos na fé, crianças espirituais. Lembrei-me do mesmo Paulo dizendo que o amor (que é superior a
todos os dons) era coisa pra gente grande, pois quando era menino fazia as coisas de menino, corria atrás dos dons
como se fossem fins em si mesmos, mas quando descobre que tudo aquilo não era nada sem amor, ele abandona as coisas de menino.
Alimentos sólidos... a Palavra... o Amor... coisas tão distantes da maioria de nossas igrejas e "bimbocas
eclesiásticas". O interesse pelas coisas que realmente dão "sustância" à nossa vida parece
desaparecer à medida em que as novidades aparecem e chamam nossa atenção, e desviam nosso olhar daquilo que realmente é essencial.
A coisa principal é fazer da coisa principal a coisa principal. Ouvi essa frase em um dos sermões do Russell Shedd em que ele citava um escritor inglês que agora não lembro o nome. Como isso é verdadeiro!!
A igreja tem dado lugar às coisas de menor importância em detrimento daquelas que são essenciais. A "coisa principal" há tempos deixou de ser a coisa principal.
Veja nossos congressos, nossos seminários, nossas cruzadas (detesto essa palavra pois me remete à Idade Média e as atrocidades feitas em nome de Deus). As "estrelas" não são os pregadores da Palavra, na verdade em muitos desses eventos as pessoas nem perceberiam se não houvesse pregação da Palavra, desde que saíssem de lá
sentindo o "mover", o "fluir" e a "unção". Se houver algo para me emocionar, me
fazer chorar, pular, gritar, melhor ainda afinal de contas, segundo um desses "maravilhosos" e medíocres cânticos a que somos entregues todo o dia, "o meu corpo é pra pular diante do Senhor", ou pior,faça o melhor... pule... grite... ... e tome sorvete pra criançada...
As palavras de Paulo são mais que atuais nesses nossos dias, são imprescindíveis. "Leite (sorvetes são feitos com leite) vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque
ainda sois carnais". Infelizmente essa ainda é a nossa realidade.
Que Deus nos ajude a amadurecermos, a prosseguirmos para o alvo, crescendo, até chegarmos à estatura de homem perfeito, deixando as coisas de criança e nos apegando àquelas que realmente nos edificam e nos alimentam, e que
nunca mais sejamos crianças pedindo um sorvete pra matar a fome.
Que Deus mesmo nos faça crescer Nele.

José Barbosa Junior

Igreja Subversiva.



Todos os dias, recebo noticias e testemunhos de cristãos que estão se reunindo, se encontrando fora dos chamados guetos
evangélicos, católicos ou, fora do sistema religioso institucionalizado. Há uma igreja clandestina crescendo. Nas estatísticas oficiais,
eles são designados de os sem igrejas.

Cristãos se encontrando informalmente para estudar e reler o evangelho de Jesus. Cristãos se reunindo para orar. Cristãos se
encontrando para desenvolverem projetos sociais. Cristãos que se cansaram de defender as cores de suas denominações ou
grupos religiosos, muitos, às vezes, sectários radicais, inflexíveis. Cristãos feridos pelo sistema religioso que estão encontrando
cura no serviço cristão. Cristãos sendo voluntários em hospitais, asilos, creches, cadeias, favelas e em ONGS sérias que visam o
bem da humanidade em todos os seus aspectos e necessidades. Cristãos encontrando comunhão saudável em lugares os mais
diversos.

Cristãos se envolvendo em causas justas, não importando quem as iniciou, isto é, de quem foi a idéia. Cristãos cobeligerando em
nome da paz, da justiça, do bem comum. Cristãos sendo apenas cristãos e não religiosos. Sabe-se que em paises ainda
repressivos, esta igreja clandestina, subversiva cresce. Cresce nos porões e misturada no meio do povo e em ações comunitárias
absolutamente relevantes. É impossível enumerar os cristãos que dizem estarem melhor fora dos seus
guetos religiosos. Confesso que noutros tempos isso me angustiava, mas, hoje hoje não. Por conta do que se tornou o chamado
mercado religioso, hoje, confesso, prefiro ver o engajamento de muitos cristãos em movimentos comuns, de rua, de curtiços, das
favelas, de sem terra e sem tetos. Movimentos em favor da ética.

Movimentos em favor da ecologia pensando no aquecimento global e no bem estar do mundo. Gosto de saber que há meninos e
meninas se encontrando em lugares públicos para ler o evangelho, orar e desenvolver amizades espirituais. Gosto desta
clandestinidade.

Gosto desta subversividade. Gosto do sal diluído no meio da multidão. Gosto da luz em lugares que antes eram só trevas. Hoje,
quando ouço os reclamos do interminável contingente de pessoas, queixando-se dos males que estão sofrendo em seus sistemas
religiosos, em seus guetos evangélicos, em seus modelos de espiritualidades, confesso, não consigo mais encorajá-los a ficar ali.
Encorajo-os a encontrarem outros irmãos e se reunirem em algum lugar e ali celebrarem a fé a amizade, o amor, a solidariedade,
ler o evangelho e buscar interpretá-lo e traduzi-lo pra vida.

Não consigo e nem quero mais participar de rodas em que o tema é os que estão explorando a boa fé de muitos. Cansei disto. Não
tenho animo para insistir em denunciá-los, até porque a imprensa já o faz diariamente tal o tamanho deste quadro que chega ser
trágico. O ministério público tem feito. Na verdade, a maioria das situações denunciadas são casos de policia e muitos estão sendo
investigados, processados e presos. Acho que este é o caminho melhor, isto é, denunciá-los à justiça e deixar que esta os enquadre
conforme as conclusões judiciais. Penso que aos cristãos cabe apenas serem cristãos. Quem disse que era pra ser assim? Qual a
instituição religiosa que Jesus organizou?.

Segundo o que entendo no evangelho, não há mais lugar santo, nem dia santo, nem púlpito santo, nem encontros santos.
Não há mais o clero que intermediava entre o homem e Deus. O véu do templo se rasgou e não apenas nós podemos chegar lá
mas a Glória do Eterno vazou para nós. Creio nesta igreja clandestina, subversiva, invisível, diluída no meio das pessoas,. Creio
nestes encontros simples. Creio nestas reuniões extra-oficiais. Hoje, não a porque ficar aprisionado a um sistema religioso que
sobrecarrega seus adeptos com cargas insuportáveis de dogmas, maldições chantagens, coação, pressões psicológicas, que
espalham o medo, o terror.

Minha palavra aos que reclamam disto é, porque você continua lá? O que te pende? Deus não é. E se Deus não é, quem é? Ou é o
poder de persuasão de homens e mulheres que exercem tal domínio sobre muitos ou é de outra origem
que nem quero aqui citar. Quero fazer parte desta igreja que cresce na clandestinidade, na subversividade, no anonimato, no meio
do povo. Quero fazer parte desta igreja que se espalha, se dilui, e, como água, penetra os lugares impenetráveis. Quero essa igreja,
que não tem sede e nem utensílios caros e muito menos um clero ditando o que deve ou não ser feito. A resposta aos exploradores
de almas e de bolsos será dada quando os cristãos deixarem de alimentá-los, sustentá-los, enriquecê-los, paparicá-los, louvá-los,
exaltá-los, ovacioná-los.

Parem de contribuir para seus projetos megalomaníacos de construir suas torres. Contribua com aqueles que, se você seus filhos,
seus pais e amigos estiverem num hospital, eles irão visitá-los. Contribua com os que visitam os presos em cadeias. Contribua com
os que estão militando entre os necessitados e você sabe seus nomes, conhece suas famílias. Sabe onde moram. Pare de
contribuir com os que estão construindo mansões. Pare de contribuir com os que vivem voando pelos ares
em seus jatos particulares. Parem de contribuir com aqueles que tem motoristas particulares e carros impostados pagos a preço de


ouro e com as ofertas de gente simples. Pare de contribuir com aqueles que só usam roupas de marca. Contribua com os que
estão aconselhando seus filhos pessoalmente.


Conhece-os pelos nomes. Contribua com aqueles que você pode ligar de madrugada e eles os atendem. Contribua com aqueles
que você sabe o numero do celular e quando você liga, eles atendem. Contribua com aqueles que lhes respondem os e-mails.
Contribua com aqueles que te atendem em horas de desespero. Contribua com aqueles que foram nos funerais de seus familiares e
choraram com você e sua família. Contribua com homens e mulheres que você já chegou perto e viu, testemunhou que são seres
humanos normais. Não contribua com semi-deuses. Contribua com aqueles que você pode tratar pelo primeiro nome.

Tenho pra mim que esta é a melhor forma de denunciar e destronar estes que vivem da miséria de tantos. Se você faz parte de um
pequeno grupo, uma pequena comunidade onde você é tratado com dignidade, pelo nome e o que ali é ensinado e feito, todos
sabem e nada esta debaixo dos tapetes, fique ai e contribua com seus recursos. Não contribua pra manter programas de radio e
televisão de ninguém a não ser que você tenha absoluta certeza que seus recursos de fato estão sendo investidos de maneira
correta. Contribua com aqueles a quem você tem acesso.

Contribua com os que te ouvem. Contribua com os que te atendem. Contribua com gente que tem ouvidos e sensibilidade para com
você e os seus próximos. É por isto que creio nesta igreja clandestina, subversiva, pois, ela pode não ser conhecida da mídia, mas,
é conhecida nas ruas, nas favelas, nos guetos, nos hospitais, nos asilos, nas creches, nas escolas, nas cadeias, nas unidades da
Febem, e em tantos outros lugares. Oro pra que esta igreja cresça. Oro pra que milhares de pequenos grupos sejam constituídos.
Oro para que os movimentos como Caminho da Graça e outros nunca se institucionalizem a ponto de se tornarem tão pesados que
não consigam mais atender as pessoas. Oro, oro mesmo, pra que Jesus seja visto e conhecido em lugares simples, em encontros
simples, no meio de gente simples e ali, Ele cure, restaure, reconcilie, reconstrua, salve, ressuscite, enfim, que Ele faça aquilo que
só Ele pode fazer. Creio nesta igreja.

Carlos Bregatim

sábado, 19 de junho de 2010

DEUS ESCOLHE OS FAVORITOS


O Apóstolo João escreveu, no prólogo de seu evangelho:

Ninguém jamais viu a Deus: o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou.

Outra sentença, em sua primeira epístola (4:12), começa da mesma forma, mas prossegue de forma surpreendente:

Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado.

É uma idéia desconcertante pensar que Deus escolheu pessoas comuns como seu canal preferido para revelar sua imagem – seu amor – ao mundo.
E assim o mundo que Deus ama pode nunca conseguir vê–Lo, porque nosso rosto impede. Há muito tempo sinto–me perturbado por um comentário de Dorothy Sayers sobre as três maiores humilhações sofridas por Deus. Para ela, a primeira humilhação foi a encarnação, quando confinou–se em um corpo físico. A segunda foi a Cruz, quando sofreu a ignomínia da morte por execução pública. A terceira é a Igreja.
Ao ler este comentário pela primeira vez, cenas da história vieram–me à memória: as cruzadas, os massacres dos judeus, as guerras da religião, a escravidão, a Ku–Klux–Klan. Todos estes movimentos alegavam ter a aprovação de Cristo (houve até um navio negreiro batizado de O Bom Navio Jesus). Mas a humilhação prossegue no século XX em lugares como a Iugoslávia, a África do Sul, o Líbano e a Irlanda do Norte, onde alguns dos piores conflitos do mundo envolvem cristãos. Ao olharmos para nós mesmos, só é preciso examinar a minha vida para ver até que ponto Deus se humilha para habitar em pessoas comuns.
É triste, mas o mundo julga o próprio Deus pelas ações dos que carregam seu nome. No poema Before a Crucifix (Antes de um Crucifixo), Charles Swinburne descreve as "bestas que se alimentam de homens" e que vagueiam em torno da árvore da fé, impedindo que outros creiam:

Embora o coração deseje e a memória anele. Não podemos louvá–lo por causa delas.

Nietzsche disse rispidamente:

Os discípulos dEle terão que parecer mais que estão salvos para que eu possa crer no Salvador.
A Igreja é, na verdade, humilhação para Deus, fazendo, por causa de sua hipocrisia, com que o mundo se afaste dEle.
* * *

Embora sejamos motivo de humilhação para Deus, também somos fonte de orgulho. Ultimamente tenho notado algumas frases fascinantes que transmitem o orgulho de Deus, até mesmo seu prazer, pelos que permanecem fiéis. Revi os textos bíblicos, procurando as características comuns a estes "favoritos" de Deus. Por exemplo: o Anjo Gabriel disse ao profeta Daniel que ele era "muito amado" no céu. Ao falar com Ezequiel (capítulo 14), o próprio Deus confirmou isto, relacionando Noé, Daniel e Jó como três de seus favoritos. Eles formam um trio interessante: um sobreviveu a uma inundação, outro à cova dos leões e o último a um holocausto pessoal de sofrimento.
Na verdade, reparei que a maioria dos favoritos de Deus atravessou um teste duro de sua fé. Abraão, chamado de "amigo de Deus", passou a maior parte de sua vida esperando, impacientemente, que Deus cumprisse Suas promessas. A Virgem Maria "achou favor diante de Deus", mas Kierkegaard, lembra–nos:

Será que alguma mulher já foi atingida pelo sofrimento como Maria, e não é verdade também que aquele a quem Deus abençoa, no mesmo instante, Ele amaldiçoa?

Em sua obra fear anel Trembling (Temor e Tremor) ele medita sobre a ansiedade, desespero e paradoxo que marcaram a vida de Maria.
É claro que a Bíblia aponta para Jesus como Aquele que dá mais orgulho a Deus. Uma voz trovejou do céu:
"Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo."
Ele, o Servo Sofredor, certamente se encaixa no padrão descrito. Foi Jesus, afinal, quem incorporou as duas outras grandes humilhações de Deus.
O mesmo padrão de fé sob fogo aparece em Hebreus 11, um capítulo que alguns chamam de "A Galeria dos Heróis da Fé". Nele o autor registra, em detalhes terríveis, as lutas que podem sobrevir às pessoas fiéis, concluindo: "Homens dos quais o mundo não era digno." Hebreus acrescenta ainda, sobre este grupo impressionante: "Por isso, Deus não se envergonha deles, de ser chamado o seu Deus." Para mim, esta frase inverte o sentido da afirmativa de Dorothy Sayers sobre as humilhações de Deus: sim, a Igreja já foi causa de vergonha para Ele, mas também Lhe trouxe momentos de orgulho, e os santos sofredores de Hebreus 11 mostram isso.
Os santos atingem esta condição porque se apegam, teimosamente, à convicção de que Deus merece nossa confiança, mesmo quando parece que o mundo está desabando. Os santos de Hebreus 11 colocaram suas esperanças em um país melhor, celestial, e por este motivo Deus não se envergonha de ser chamado de Deus deles. Paradoxalmente, a fé se desenvolve mais quando há incerteza e confusão: se duvida disso, leia a história da vida das pessoas que aparecem em Hebreus 11. Os favoritos de Deus, eles em especial, não estão imunes a períodos de testes. Como disse Paul Tournier: "Onde não há mais oportunidade para duvidar também não há mais oportunidade para crer."
Ao terminar meu estudo sobre os favoritos de Deus, um fato sobressaiu–se a todos os outros. Aquelas pessoas dificilmente se parecem com os santos saudáveis, prósperos e mimados que vejo apresentados nos programas religiosos na televisão. O contraste é chocante e me deixou confuso por algum tempo. Talvez seja esta a diferença: os programas na televisão precisam preocupar–se em agradar a uma audiência de milhares de pessoas, às vezes milhões. Os favoritos de Deus se dedicam a agradar a uma audiência composta por Uma só Pessoa.

Receber o mandamento de amar a Deus acima de tudo, ainda mais estando no deserto, é como receber a ordem de sentir–se bem quando se está doente, cantar de alegria quando se morre de sede, correr quando as pernas estão quebradas. Esta, porém é o primeiro e o maior dos mandamentos. Mesmo no deserto — especialmente no deserto – devemos amá–LO.
– Frederick Buechner



Philip Yancey

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quem somos?

"Não há justo, nem um sequer,
não há quem entenda, não há quem busque a Deus;
todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.
A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios,
a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura;
são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria;
desconheceram o caminho da paz.
Não há temor de Deus diante de seus olhos." Romanos 3:10-18

quarta-feira, 16 de junho de 2010

CONFISSÕES DE UM EX-VANGÉLICO


Sempre me perguntei se o sentido da religião é o sentido da vida. Este questionamento um tanto genérico nasceu de modo ingênuo em minha alma ainda adolescente que atendeu nestes breves anos a volúpia de minha consciência pouco vivida, mas sem deixar de ser perceptiva. Quando me converti tinha apenas 19 anos e foi em uma festa cheia de vícios e transgressões. Foi justamente em um ambiente constituído pelo profano que o SENHOR revelou a mim seu amor e a cegueira da turba que por alguns anos me rodeou. Depois desta experiência procurei uma igreja evangélica em cuja convivência, experimentei dissonâncias, absintos, projeções e divagações que não representavam de modo algum o perfume, a beleza e a majestade da visão com que o SENHOR me visitou. Tornei-me então um menino perdido entre o que eu senti e o que a igreja manifestava em seus discursos explícitos ou subliminares. Mas o que ela exprimia era para mim uma miragem de palavras apregoadas, mas não verdadeiras, que pretendiam ser humanas e que na mesma pretensão eram inumanas, misturadas em um caldeirão de reprimendas, medos e dissonâncias. Projeções de um deus tribal e castrador que nada parecia com o DEUS que experimentei. O DEUS que senti, falou comigo e ecoou em todas as minhas células, foi um DEUS seguro, reto, majestoso, bondoso e acima de tudo BELO, cuja BELEZA me cativou e alforriou-me de todos os meus erros, inseguranças e inconstâncias. NELE senti-me seguro, norteado, feliz, abundante e pronto para morrer! No mesmo instante confessei para ELE na minha fragilidade, futilidade e frivolidade que morreria por ELE, como Pedro falou em sua devoção ingênua, humana e imperfeita e logo em seguida constatou que ainda não poderia ir tão longe. Mesmo assim falei. Mas só tinha 19 anos. Do Sagrado de sua experiência, voltei para a rotina de uma igreja protestante ou evangélica, que historicamente aprendeu a protestar, mas que logo se tornou surda contra os protestos que ecoam de dentro e de fora dela. Aos meus olhos, esta mesma igreja que tanto me esforcei por me criar foi continuamente notada; decantada e debulhada em lágrimas confusas e incompreensões difusas. DEUS nasceu em mim, mas minha vivência na igreja fez tudo para matá-lo. Mas ELE não morreu, permaneceu, por que o que DEUS dá o homem não pode tirar, e o que Deus uniu o homem não é capaz de separar.

Mas e daí? Que moral, que enredo ou arremedo eu aprendi desta história?

Muitas coisas.

Em primeiro lugar, que no ajuntamento dos homens, por mais que se eles se ajuntem em nome de DEUS, nem sempre ou muitas vezes ELE lá não está.

Segundo, que toda a experiência de DEUS é intransferível e de certo modo secreta ao olhar humano que a macula.

Terceiro, que os homens falam de DEUS não porque o conhecem, mas porque o imaginam ou o representam de acordo com suas categorias e taras!

Quarto, porque transferiram para DEUS seus desejos e desassossegos e com isso desvirtuaram a poesia de sua PALAVRA em versos deformados e marcados pelas suas subjetivas e caricatas idiossincrasias. E com isso, a Bíblia tornou-se para muitos destes como uma imensa lâmina de Rorcharch.

Quinto, porque seus desejos não são para DEUS, mas para si mesmos e por isso tornaram-se como os estultos ao ministrarem os oráculos de sua SABEDORIA.

Sexto, porque os “pecadores” se tornaram para mim mais “consagrados” que os “crentes”; estes para mim progressivamente tornaram-se detestáveis em suas visões mesquinhas e herméticas de mundo, sem compreensão, sem criatividade ou inspiração, mas carregadas de formulações genéricas e tediosas, crivadas por distorções mitomaníacas, muito distantes da verdadeira misericórdia, graça e fé sincera.

Sétimo, porque muitos evangélicos tornaram-se “profetas” que não discernem o caminho que querem ou pretendem andar, e apenas vomitam o desejo que circula na garganta dos seus egos ainda dilatados e obscuros.

Oitavo, porque a multiforme sabedoria de DEUS revelada segundo Paulo na IGREJA, corpo santo de consciência ampla, de coração dilatado e emancipado de superstições, não pode caber nesta igrejinha prenhe de superlativas incompreensões.

Nono, porque o EVANGELHO DA VIDA E DA PAZ tornou-se mercadoria em almas mesquinhas que não amam DEUS, mas apenas a volúpia de suas mesmas pulsões.

Diante de tantos sinais e dissonâncias tomei o caminho da solidão. Vi, não quis ficar e preferi andar nas minhas “errâncias” ou “acertâncias”. Andei só por muitos anos. Encontrei interlocução com amigos e pessoas nada evangélicas, mas com quem podia compartilhar os oráculos do meu DEUS, pelo menos o DEUS da minha experiência que reconheci em minhas constantes meditações da Bíblia. Na tentativa de encontrar pessoas com alma no interior da igreja somente encontrei falas prontas, ensaiadas, hermetizadas, sedimentas e fossilizadas. Grande foi esse deserto.

A Alma quando verticaliza e já não é insípida gosta da partilha. Mas a partilha para determinadas almas só é possível em terrenos amplos, em horizontes dilatados ou casas destelhadas; enfim, em ambientes e comunhões suficientemente abrangentes e imunes à claustrofobia dos insensatos e livres da agorofobia dos inseguros.

Após anos de solidão, a ponto de tomar gosto pela mesma, encontrei novamente peregrinos como eu no mesmo Caminho. Mas apesar do feliz reencontro com irmãos que andam como eu por este Caminho, tornei-me um ex-vangélico. Sou cristão, mas um cristão sem denominações, porque denominar o que deve permanecer inominável tem sido o pecado constante desta Igreja Evangélica eivada de denominações e por isso, de contradições. Prefiro ser do Caminho, como os primeiros cristãos que viviam o Evangelho extra murus, aberto a todos, trans-institucional, trans-denominacional, trans-ideológico, e por isso transcendente.

Mas desta Igreja que já não me sinto pertencer em razão das ranhuras e brechas que foram se multiplicando em sua cultura, espero que nela mesma brote um profundo entendimento do Evangelho anunciado pela Verdade que diz: “O doutor bem instruído no tocante ao reino de Deus é semelhante ao pai de família que de seu depósito vai tirando coisas novas e velhas”. Espero em Deus que esta cultura evangélica pluralizada em solos americanos aprenda também a tirar do seu depósito não somente coisas velhas, fórmulas que se repetem e compreensões de mundo que envelhecem e cheiram a mofo devido ao seu desgaste e excesso de umidade (antes fosse humildade!), mas que também aprenda a andar em novidade de vida, tirando o novo do velho, aprendendo a avançar, a andar para frente, rompendo as constantes ciclotimias e visões de mundo claudicantes e viciosas. Uma Igreja que enfim, abra mão das receitas e superstições e siga o exemplo plenamente humano de seu Fundador e Senhor, que sempre esteve e sempre estará além de toda a ideologia, além de toda a política, além de toda a teologia, mas plenamente inserido no coração humano quando sincero e simples. Uma Igreja que enfim não insista em remendar pano novo em tecido velho e nem a despejar vinho novo em odres antigos. O que é antigo deve ficar para traz e o novo deve sucedê-lo. E tanto um como o outro foram dados pelo mesmo SENHOR. Que esta Igreja que aqui confessei não siga o exemplo dos religiosos fariseus, cegos aos sinais dos tempos e que acabaram não somente rejeitando como crucificando o Senhor da Glória, por ficarem demasiadamente apegados e estreitados em suas velhas fórmulas. Eles não entenderam o novo porque amaram e se apegaram ao velho. Coaram o mosquito e engoliram o camelo! Que o mesmo não ocorra com tantos cristãos espalhados por tantos guetos evangélicos, que ainda não sabem discernir a mão direita da esquerda, semelhante ao povo de Nínive para quem o profeta Jonas pregou. E que um dia eles mesmos saibam que o fato de estarem na Igreja não os imuniza dos escândalos, capazes de nascer em todas as consciências, não somente no mundo, mas também na Igreja, cujo escândalo é tanto maior quanto maior é sua distorção ou ignorância em relação à Verdade que nela se anunciou e que para ela preveniu: “E, assim como se ajunta o joio e o queima no fogo, assim sucederá no fim do mundo: o Filho do homem enviará seus anjos e arrancarão de seu reino todos os escândalos e quantos praticam a maldade. E os lançará ao lago de fogo, onde haverá choro e ranger de dentes... Quem tem ouvidos para ouvir que ouça”.



Enfim, como disse o nosso SENHOR é inevitável que venha escândalos, mas ai daquele por meio de quem ele vem. A consciência evangélica capaz de tantos escândalos e tão inábil em lidar com as diferenças e alteridades tem tanto mais escandalizado quanto mais tem se estreitado. A impressão que tenho quando olho e contemplo o que vejo é que esta mesma igreja tem constantemente se escandalizado com as diferenças e por isso mesmo escandaliza porque não é capaz de lidar com as diferenças. Julga antes de entender e entende julgando. Que contradição! Será necessário que uma mula ou um jumento suba ao púlpito e pregue a este “corpo” que não suporta as diferenças que é justamente amando e suportando as diferenças que o Evangelho da Paz deita suas raízes no coração dos homens?

Muitas consciências sensatas e belas tem se manifestado no meio evangélico, mas apesar de suas labutas, as manchas perseveram, os vícios continuam e o pathos desta cultura não deixou de existir. Talvez um animal que representa a própria burrice, a exemplo da insensatez de Balaão, venha nos auxiliar com a mesma ironia que sobejou neste espírito profético. Se a consciência de homens sãos e profundos na Palavra não tem sido suficiente, talvez somente a ironia do discurso de um animal faça este povo escutar.

Que o SENHOR nos abençoe e nos perdoe!



Um Anônimo re-apaixonado pelo Evangelho; apenas pelo Evangelho.

O evangelho proclamado também deve ser defendido



Existe uma severa crítica à crítica dentro das igrejas evangélicas. Algumas pessoas argumentam que o tempo que se gasta "criticando" teologias, ministérios e líderes, deveria ser dedicado ao evangelismo. Esse pensamento pseudo-espiritual tropeça na Bíblia e na História da Igreja Cristã.

Os apologistas nos primeiros séculos da Igreja aplicavam-se em defender o evangelho e a Igreja Cristã diante dos ataques sofridos da parte dos pagãos do Império Romano. Várias acusações infundadas contra o cristianismo nos primeiros séculos foram cotra atacadas por homens que gastaram tempo buscando provar que os cristãos não eram merecedores de perseguições como as sofridas naquela época. Os argumentos dos apolistas eram de cunho negativo e positivo, ou seja, por um lado demonstravam que o cristianismo nada tinha em comum com as acusações depreciativas, por outro demonstravam que o evangelho de Jesus era superiormente incomparavel a fé pagã e judaica. Justino Mártir e Tertuliano são nomes que se destacaram nesse propósito.

Por sua vez, os polemistas se aplicavam na luta pela pureza do evangelho dentro da Igreja, indo contra heresias que mesclavam mentiras a verdade, e se apegavam assim às doutrinas cristãs. Falsos ensinos como o Gnosticismo e Montanismo marcaram os primeiros séculos. Irineu escreveu a obra "Contra Heresias" para refutar doutrinhas gnósticas.

Falando mais especificamente dos polemistas, podemos dizer também que não foi só a partir do segundo século da era cristã que eles surgiram. Em certo sentindo, podemos achá-los na própria Bíblia. O apóstolo Paulo foi um vigoroso polemista, lutando contra heresias judaizantes (Gálatas - resistindo o próprio Pedro), como também lutando contra falsos apóstolos (2 Coríntios 11). João foi um forte polemista contra a heresia gnóstica que estava surgindo na Igreja no fim do primeiro século. Pedro combate intensamente alguns falsos mestres na sua segunda epístola, e Judas faz o mesmo emulando algumas das palavras do apóstolo. O próprio Senhor Jesus era forte polemista contra os abusos farisaicos de observação vazia da lei (Mateus 23). No Antigo Testamento, os profetas muitas vezes falavam contra os falsos profetas que profetizavam suas próprias idéias e sonhos.

A Palavra de Deus nos incumbe não só de anunciar as boas novas do evangelho, mas também de militar pela sua integridade para que toda e qualquer torção doutrinária seja tratada com o máximo rigor. É preciso postura como a que Paulo requer daqueles que um dia receberam o evangelho:

Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema. Galátas 1.8

Autor: Adalberto A. R. Taques

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Marcha prá um jésus que Jesus NÃO conhece!

"Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem." Mateus 1:32

Para mim esta "Marcha para um jesus que Jesus não conhece", está resumido no versículo acima.

Não passa de um bando de cegos liderando outros cegos. Sepulcros caiados, brancos por fora e por dentro cheios de restos mortais putrificados.

Estes defendem toda espécie de sem vergonhice em prol ao lucro. Franquearam as instituições religiosas, permitindo toda espécie de pecados dentro destas, para o agrado de muitos crentinos ( amantes da religião que amam as riquezas e os lugares de honra nestes templos pagões).

Por que ao invés de ficar marchando igual um bando de inútil, uma vez por ano, não praticam o que a Bíblia diz todo dia?

A verdade é que ser um crente no meio da multidão é fashion! Ajudar o pobre, a viuvá, o órfão, o preso, o nessecitado, enfim quem precisa, isso não fazem nem a pau! O assunto é sempre só prosperidade e nada, absolutamente nada de Verdade!

Estes templos dedicados a Mamon não passam de agências lotéricas de deus. Façam sua apostas!
No velho Testamento, que estes tosquiadores ADORAM, não vemos marchas para fins de demonstração de poderio eleitoral, financeiro e pessoal. Vemos nações chamadas ao jejum em pó de cinza, para lutar contra os malfeitores, adorar a um Deus vivo, etc.

O nosso consolo é expresso abaixo,

"A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça;" Mateus 1:18

quarta-feira, 9 de junho de 2010

4 Maldições Atuais!



"Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós. Se não ouvirdes, e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o Senhor dos exércitos, enviarei a maldição contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o vosso coração" (Malaquias 2. 1, 2).


Na igreja da atualidade parece existir somente maldição financeira. É como se toda a atenção do inferno fosse canalizada para o nosso bolso. Outras áreas são simplesmente preteridas. Na teologia monetária dos agentes bancários de deus, maldição é sinônimo de pobreza. O livro de Malaquias, por exemplo, só é lembrado em questões de dízimos e ofertas, e sempre para enfatizar o "fato" de que se você doar até o último centavo de sua violentada carteira, deus (é minúsculo mesmo!) vai encher sua casa de grana!


Esses investidores da bolsa de valores da fé esquecem do texto acima! Principalmente da promessa que poucos percebem: "... amaldiçoarei as vossas bênçãos". Pense por um momento: se Deus amaldiçoar as bênçãos, então tudo é maldito! Isso é muito sério! A bênção de um falso profeta é uma maldição completa! Deus não tem compromisso com todo esse charlatanismo religioso dos vendedores de promessas.


Resolvi pensar um pouco mais sobre quatro maldições que assolam a igreja da atualidade, e que Deus nos guarde desse mal (João 17. 15):


A maldição da politicagem: isso é visto como bênção, naquelas frases do tipo: "temos que ter um irmão para nos representar"; "fulano é um grande homem que Deus levantou na política", e por aí vai... Uma pergunta: você comeria uma maçã que estivesse dentro de um saco de lixo, mesmo sabendo que ela é limpa? O cristão, na política, é uma maçã no meio do lixão. É uma pérola no meio dos porcos. Acredito que um ou outro homem ou mulher de Deus possa ser levantado como uma espécie de estadista, gente séria que ame a Deus e trabalhe pelo reino, contudo, são "agulhas no palheiro", e não servem como desculpa para que qualquer um, de quatro em quatro anos, venha encher nossos púlpitos de hipocrisia, mentiras e ilusões.


A maldição do imediatismo: gente que confunde Deus com uma máquina qualquer respondendo a comandos e senhas divinas. Gente que não consegue mais andar no abençoado caminho da paciência, principalmente porque não passa por lutas e tribulações, que segundo a Bíblia, produzem-na (Rm. 5. 3). O imediatismo é o grande vício da igreja de hoje. Essa espiritualidade drogada não suporta um dia normal, um culto sem carnavalizações folclóricas e pirotécnicas, muito menos a bendita espera. São filhos mimados de uma divindade exibicionista. Quando aprendemos a esperar no Senhor, trabalhamos a glória da dependência e abrimos mão de sermos controlados pela sociedade da pressa.


A maldição do analfabetismo bíblico: pastores e pregadores que adulteram textos bíblicos ao sabor de suas neuroses. Gente que faz aplicações levianas dos textos bíblicos. O efeito colateral dessa doença hermenêutica é o surgimento de tanta teologia destruidora: teologia da confissão positiva, da prosperidade, do profetismo visionário das "mães dinás de deus", dos milagreiros da religiosidade de mídia e massa. Essas Meduzas teológicas são heranças malditas do nanismo bíblico. Para curar essa anomalia só há um jeito: dedicação à Palavra, sem reservas! E isso, sim, é possível!


A maldição da hereditariedade obrigatória dos cargos: que existem filhos de pastores com chamado divino não posso negar, contudo o que vejo é um percentual alarmante de aproveitadores e malandros, que usam o ministério como saída para sua falta de talento na vida. Gente que, se não fosse o pai ser alguém, não seria absolutamente nada! Gente que faz do púlpito sua empresa, da igreja seu curral, e da fé sua "galinha dos ovos de ouro". Esse nepotismo eclesiástico atropela a verdade do evangelho. Quantos homens de Deus são deixados de lado porque o "filho do dono" herdou o trono!


Que Deus nos ajude a permanecer igreja, lutando contra essas demonizações travestidas de bênçãos que invadem o arraial dos santos. Deus dará um basta em tudo isso! A Obra é Dele! Ele amaldiçoará as bênçãos dos falsos cristos que se amontoam como praga infestando a "lavoura de Deus" (I Co. 3. 9).

Alan Brizotti

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Quem é apaixonado, marcha... Quem ama, caminha...


Por José Barbosa Júnior
Há tempos pretendia escrever sobre a tal “Marcha Para Jesus”. Na verdade, desde o ano passado, mas acabei perdendo o “tempo”, a marcha se foi... e esse ano voltou, como todo ano volta. E cá estou eu, finalmente escrevendo sobre o “grande evento gospel” do Brasil (sei que a marcha acontece em outros países, mas quero falar de nós, brasileiros).

Fiquei pensando nas grandes mudanças ocorridas nesse intervalo de um ano entre uma marcha e outra. Sim, a “Marcha Para Jesus” é um “ato profético”. Pelo menos foi o que ouvi de um auto-denominado “apóstolo”, marido da “bispa” que é um dos promoters da grande manifestação gospel de nossa igreja genuinamente brasileira. Deve ter mudado alguma coisa, ou então essa profecia é meio estranha. Pelo tempo que a marcha acontece (13 anos) alguma coisa deve ter mudado, e para melhor. Ou não mudou?

O ato profético ao qual a marcha se agarra é o de que “todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado...” (Josué 1.3). Pelo menos isto foi o que ouvi do tal “apóstolo” num debate em uma rádio gospel.

A Marcha Para Jesus é o ponto de encontro dessa geração apaixonada. Vi na Tv a empolgação da grande massa que dançava freneticamente ao som eletrizante dos trios que me fizeram lembrar os trios da Bahia em época de carnaval. Muita dança, muita festa, pouco conteúdo! O grande problema é que gente apaixonada marcha, grita, canta e dança... mas só ENQUANTO está apaixonada. Mas fica a pergunta: e quando a paixão acabar? Sim, paixão é coisa que acaba um dia. Por mais que digam o contrário.

Sinceramente não tenho nada CONTRA a Marcha Para Jesus. Só a considero infantil. Coisa de criança. E em São Paulo toma ares de disputa com a Parada do Orgulho Gay. Quem tem a maior multidão? Quem consegue levar mais gente pra dançar atrás do trio? E aí, segundo a lógica dos organizadores se a MPJ tiver mais gente, é sinal que o nosso exército é maior que o do inimigo. Ô turma pra gostar de números... não é à toa que nossas estatísticas evangélicas costumam ser mentirosas. Mentimos vergonhosamente nos números de membros de nossas igrejas.

Voltando ao “ato profético”. O que a marcha profetizava? O que ela simbolizava? O domínio do território onde os pés “santos” pisaram? Não creio, pois menos de uma semana depois os homossexuais conseguiram colocar mais gente em sua “Parada do Orgulho(?) Gay”. Significava o senhorio de Cristo sobre o Brasil? Sinceramente não creio nesse senhorio “abracadabra”, onde bastam as palavras mágicas (aqui no caso o chavão “O Brasil é do Senhor Jesus”) e num passe de mágica o Brasil inteiro se converteria... bobagem... infantilidade... coisas de gente sem profundidade.

Richard Foster começa seu livro “Celebração da Disciplina” com uma frase que me marca até hoje: “A superficialidade é a maldição do nosso tempo”. Concordo plenamente com ele. E eu iria mais longe. Pior do que a superficialidade é a celebração dessa superficialidade. O povo comemora o fato de não ter profundidade. Essa pra mim é a maior mensagem da Marcha Para Jesus: a celebração da superficialidade evangélica brasileira. É a “rave” dos apaixonados extravagantes, ou como diria Karl Marx, o “ópio do povo”.

Mas em contrapartida ao viver raso dos apaixonados está o amor. Amor é coisa pra gente grande com alma de criança (a pureza que Cristo vê nas crianças, não a superficialidade dos infantis). Paulo parece entender isso quando em sua majestosa poesia sobre o amor, em 1 Coríntios 13: “Quando eu era menino, falava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.” O contexto é o amor. O amor nos torna gente grande, sem perder a doçura de criança.

Quem é apaixonado, marcha, grita, pula, dança... mas quem ama caminha, com vigor e serenidade, com força e sabendo ser fraco, com entusiasmo e ponderação. O amor se constrói no caminho... e não tem fim.

Quem ama não precisa marchar um dia, porque em todos os dias toma a sua cruz e segue aquele que o amou primeiro. Quem ama não precisa gritar que Jesus é Senhor do Brasil porque todos os dias fala do amor de Deus de forma tranqüila, para que, ao converterem-se as pessoas, o Brasil venha realmente a ser uma nação santa. Quem ama não precisa pular tanto porque sabe que pular muito “cansa as pernas” e difere muito de um caminhar sadio, onde as “juntas” são muito melhor aproveitadas.

Enfim, quem ama sabe que não há “ato profético” nenhum se não houverem profetas verdadeiros que estejam dispostos a, em suas atitudes, denunciarem o distanciamento do povo de Deus e anunciarem de verdade as boas-novas. Então serão, não “atos proféticos” sem eficácia alguma, mas “atos dos profetas”, que por sua vida e verdade no que dizem e vivem desafiarão o povo ao maior privilégio que poderiam ter: caminhar com Jesus. E essa “Caminhada COM Jesus” só terminará na glória, quando ele, justo juiz, vier buscar os que com ele caminharam.

Quando eu era menino, marchava como menino, pulava como menino, gritava como menino, fazia coreografias como menino, mas agora que me tornei homem, descobri o quão gostoso é caminhar, em amor, com aquele que me chamou para caminhar com Ele.


José Barbosa Junior

www.crerepensar.com.br

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A Paz de Jesus e a PA$ do mundo.


"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." João 14:27

Hoje em dia este versículo caiu no esquecimento. Na verdade a Bíblia inteira caiu no esquecimento. Somente trechos que mencionam dinheiro, submissão e obras são usados de forma deturpada por líderes religiosos que amam este mundo.

Com isso vemos uma linhagem de cristãos que não tem firmeza na palavra de Cristo e muito menos vivem uma vida de paz que Cristo deixou para nós.

Muitos destes buscam a PA$ que o mundo diz poder dar. Ao se enganarem com este placebo vendido por malandros, ficam como baratas no melado. Dai em diante só ouvem a suposta voz de um deus imaginário os guiando para todo tipo de pilantragem e safadeza para adquirir mais PA$!!!

A Paz que Cristo dá não nos sonegará em nada, nem teremos de ser laranjas que dizem ter mais doque tem. Também não seremos escravos de loucos que dizem que suas riquezas financiadas e seu poder frutificado pelo medo os tornam homens de deus.

A paz de Cristo nos dá alegria, liberdade e vida em abundância!

Não perca tempo buscando a PA$ do mundo. No final esta PA$ será comida pelas traças da insatisfação, enferrujadas pela acção da verdade e roubada pelo justo dono dela, Satanás.

Busque a Paz de Jesus Cristo!

"Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam."
Mateus 6:19-20

terça-feira, 1 de junho de 2010

E-mail para o Apostolo Paulo‏




Amado apóstolo:

Estou escrevendo para colocá-lo a par da situação do Evangelho que um
dia você ajudou a propagar para nós gentios, e que lhe custou a
própria vida. As coisas estão muito difíceis por aqui. Quase tudo o
que você escreveu foi esquecido ou deturpado.

Você foi bastante claro ao despedir-se dos irmãos em Éfeso, alertando
que depois de sua partida lobos vorazes penetrariam em meio à igreja,
e não poupariam o rebanho [1]. Palavras de fato inspiradas, pois isso
se concretiza a cada dia.

Lembra-se que você escreveu ao jovem Timóteo, que o amor ao dinheiro
era a "raiz de todos os males"[2]? Quero que saiba que suas palavras
foram invertidas, e agora se prega que o dinheiro é a "solução" de
todos os males.

Também é com tristeza que lhe digo que em nossa época ninguém mais
quer ser chamado de pastor, missionário ou evangelista, pois isso é
por demais humilde: um bom número almeja levar o título de apóstolo.
Sei que em seu tempo, os apóstolos eram "fracos... desprezíveis...
espetáculo para os homens... loucos... sem morada certa...
injuriados... lixo e escória" [3]. Agora é bem diferente. Trata-se de
uma honraria muito grande: acercam-se de serviçais que lhes admiram,
quando viajam exigem as melhores hospedarias e são recebidos nos
palácios pelos governantes.

Eles não costumam pregar seus textos, pois você fala muito da "Graça"
e da "liberdade que temos em Cristo" [4]. Isso não soa bem hoje, pois
a Igreja voltou à "teologia da retribuição" da Antiga Aliança (só
recebe quem merece), e liberdade é a última coisa que os pastores
querem pregar à suas ovelhas.

Você não é bem visto por aqui, pois sempre foi muito humano, sem
jamais esconder suas fraquezas: chegou até reconhecer contradições
internas, dizendo que não faz o bem que prefere, mas o mal, esse faz
[5]. Eles não gostam disso, pois sempre se apresentam inabaláveis e
sem espinhos na carne como você. A presença deles é forte, a sua fraca
[6], eles são saudáveis, você sofria de alguma coisa nos olhos [7],
eles jamais recomendariam a um irmão tomar remédio, como você fez com
Timóteo [8], mas aqui eles oram e determinam a cura – coisa que você
nunca fez.

Você dizia que por amor de Cristo perdeu "todas as cousas"
considerando-as refugo [9]. As coisas mudaram, irmão. Agora cantamos:
"Restitui, quero de volta o que é meu!".

Vivo em uma cidade que recebeu o seu nome, e aqui há um apóstolo que
após as pregações distribui lencinhos vermelhos encharcados de suor, e
as pessoas levam pra casa, como fizeram em Éfeso, imaginando que
afastarão enfermidades [10]. Sim, eu sei que você nunca ordenou isso,
nem colocou como doutrina para a igreja nas epístolas, mas sabe como é
o povo....

Admiro sua coragem por ter expulsado um "espírito adivinhador" daquela
jovem [11], embora isso tenha lhe custado a prisão e açoites. Você não
se deixou enganar só porque ela acertava o prognóstico. Hoje há uma
profusão de pitonisas e prognosticadores no meio do povo de Deus,
todavia esses espíritos não são mais expulsos, ao contrário, nos
reunimos ansiosos para ouvir o que eles têm a dizer para nós.

Gostaria de ter conhecido os irmãos bereanos que você elogiou.
Infelizmente, quase não existem mais igrejas como as de Beréia, que
recebam a palavra com avidez e examinem as Escrituras "todos os dias
para ver se as coisas são de fato assim"[12].

Tem hora que a gente desanima e se sente fragilizado como Timóteo, o
seu companheiro de lutas. Mas que coisa bonita foi quando você o
reanimou insistindo para que reavivasse "o dom de Deus" que havia nele
[13]. Estou lhe confessando isso, pois atualmente 90% dos pregadores
oferecem uma "nova unção" para quem fraqueja. Amo esta sua exortação,
pois você ensina que dentro de nós já existe o poder do Espírito, dado
de uma vez por todas, e não precisamos buscar nada fora ou nada novo!

Nossos cultos não são mais como em sua época, onde a igreja se reunia
na casa de um irmão, havia comunhão, orações, e a palavra explanada
era o prato principal.... as coisas mudaram: culto agora é como fosse
um show, a fumaça não é mais da nuvem gloriosa da presença de Deus,
mas do gelo seco, e a palavra é só para ensinar como conseguir mais
coisas do céu.

O Espírito lhe revelou que nos últimos tempos alguns apostatariam da
fé "por obedecerem a espíritos enganadores" [14]. Essa profecia já
está se cumprindo cabalmente, e creio que de forma irreversível.

Amado apóstolo, sinto ter lhe incomodado em seu merecido descanso
eternal, mas eu precisava desabafar. Um dia estaremos todos juntos
reunidos com a verdadeira Igreja de Cristo.

Maranata!
Pr. Daniel Rocha - dadaro@uol.com.br

[1] At 20.23
[2] 1Tm 6.10
[3] 1Co 4.-9-13
[4] Gl 2.4
[5] Rm 7.19
[6] 2Co 10.10
[7] Gl 4.13-15
[8] 1Tm 5.23
[9] Fp 3.8
[10] At 19.12
[11] At 17.18
[12] At 17.11
[13] 2Tm 1.6
[14] 1Tm 4.1_,_._,___