A salvação que Jesus Cristo conquistou para nós não pode ser comprada com 10% mensais de seu salário...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010



O evangelho da graça de Jesus
foi escrito com um público leitor específico em mente.

Não é para os superespirituais.
Não é para os cristãos musculosos que têm John Wayne como herói, e não a Jesus.
Não é para acadêmicos que aprisionam Jesus na torre de marfim da exegese.
Não é para gente barulhenta e bonachona que manipula o cristianismo
a ponto de torná-lo um simples apelo ao emocionalismo.
Não é para os místicos de capuz que querem mágica na suareligião.
Não é para os cristãos .aleluia., que vivem apenas no alto da
montanha e nunca visitaram o vale da desolação.
Não é para os destemidos que nunca derramaram lágrimas.
Não é para os zelotes ardentes que se gabam com o jovem rico
dos Evangelhos: .Guardo todos esses mandamentos desde a minha juventude..
Não é para os complacentes, que ostentam sobre os ombros um
sacolão de honras, diplomas e boas obras, crendo que efetivamente chegaram lá.
Não é para os legalistas, que preferem entregar o controle da
alma a regras a viver em união com Jesus.

O evangelho da graça que Jesus ensinou, foi escrito para os dilapidados, os derrotados e os exauridos.
Ele é para os sobrecarregados que vivem ainda mudando o peso
da mala pesada de uma mão para a outra.
É para os vacilantes e de joelhos fracos, que sabem que não se
bastam de forma alguma e são orgulhosos demais para aceitar a
esmola da graça admirável.
É para os discípulos inconsistentes e instáveis cuja azeitona vive
caindo para fora da empada.
É para homens e mulheres pobres, fracos e pecaminosos com
falhas hereditárias e talentos limitados.
É para os vasos de barro que arrastam pés de argila.
É para os recurvados e contundidos que sentem que sua vida é
um grave desapontamento para Deus.
É para gente inteligente que sabe que é estúpida, e para discí-
pulos honestos que admitem que são canalhas.

Você percebe que este evangelho da graça de Jesus Cristo é para VOCÊ?

Brennan Manning

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Os Falsários


Esses dias assisti um filme que me comoveu e também me perturbou bastante.

O filme, uma produção europeia cujo nome original era “The Counterfeiters”, conta a historia de um judeu: Solomon Sorowitsch, conhecido como um dos mais extraordinários falsários de sua época.

Mas ele é capturado e levado a um campo de concentração, junto de outros prisioneiros judeus que também possuíam esta mesma “habilidade”. Ali são obrigados a colaborar com os nazistas em uma organizada operação de falsificação de dinheiro, criada para financiar a máquina de guerra alemã.

Trata-se da “operação bemhard”, a maior falsificação de dinheiro de todos os tempos.

Mas isto os coloca dentro de um grande dilema: cooperar com os inimigos e sobreviver, mesmo sabendo que com sua colaboração muitos do seu próprio povo estavam sendo perseguidos e mortos nos campos de concentração, ou se recusar e ser fuzilado.

Eles aceitaram trabalhar em troca de uma refeição melhor, uma cama

com colchão e banheiro com água. Os que se esforçavam mais ainda eram recompensados com jantares na casa do general que supervisionava a prisão, e ganhavam cigarros e bebidas.

Mesmo sabendo que estes benefícios eram temporários, alguns por medo e outros pela aparente vantagem, continuavam falsificando o dinheiro que financiava a morte de seus amigos e parentes, e a destruição do seu próprio povo.

Os que apresentavam uma certa resistência, ou algum tipo de enfermidade, eram logo executados para não contaminarem os outros.

A reviravolta ocorre quando eles estão bem perto de realizarem sua maior obra de arte, a falsificação do dólar americano, e se isto tivesse ocorrido, os rumos da guerra talvez tivessem sido outros.

O exército russo invade o campo de concentração, e liberta todos os prisioneiros. Enquanto caminham para fora da prisão, eles podem então observar o que ocorria além dos muros que separavam os seus alojamentos dos alojamentos dos outros prisioneiros. E o que eles enxergam, os fazem refletir sobre o que suas colaborações tinham resultado.

Multidões em pele e osso caminhavam com esforço para tentar sair daquele lugar. Muitos de tão fracos morriam pelo caminho. Pilhas e pilhas de cadáveres de homens, mulheres, velhos e crianças apodreciam ao lado de valas comuns. Fornos exalavam cheiro de carne queimada. Mortos eram retirados das câmaras de gás, para onde as vítimas se encaminhavam pensando que iriam tomar um simples banho.

Ao verem tal realidade, alguns destes colaboradores, corroídos pelo remorso, suicidam-se, outros ficam loucos por saberem que a recompensa da sua covardia foram milhões de vidas ceifadas.

Então me pus a imaginar a respeito de tantos falsários do Evangelho

que tenho visto por aí, gente sem escrúpulos, que em troca de uma aparente vantagem, em troca de algum benefício, em busca de lucro, poder e fama não titubeiam em enganar, mentir, defraudar e roubar os outros. Só para usufruir por um breve período de tempo os benefícios de seus próprios sofismas.

Passam a vida só se importando consigo mesmos, não se interessam em saber o que se passa do outro lado dos muros. Se esquecem que somos todos prisioneiros no mesmo campo de concentração chamado pecado.

Não se importam com o sofrimento e a destruição do próximo, desde que haja “vantagens” como alojamentos melhores (mansões), refeições melhores (banquetes), camas melhores (todo tipo de conforto), banheiros limpos (tudo que é supérfluo). Acham que se empenharem mais, poderão jantar na casa do general (adoram estar ao lado do poder) e serem regalados com cigarros e bebidas (tudo que o mundo pode oferecer).

Verdade é que estão se banqueteando na mesa de demônios.

E quando o exército dos céus romperem os muros de separação desta existência, então poderão ver o tamanho do estrago que suas vaidades e ganâncias produziram sobre a terra.

Quanta gente sem vida, morta e mutilada, gente condenada, gente com cicatrizes que jamais se curaram, gente perdida sem rumo, gente que se levantará para ser testemunha contra estes, que usaram de um falso Evangelho para promoverem seus egos e caprichos.

Só digo que aí será tarde, não haverá tempo de se arrepender. Quando todos tiverem que comparecer diante do supremo tribunal e nos corredores deste fórum, terão que olhar nos olhos de todos aqueles que poderiam ter sido salvos se tivessem optado pela verdade, mesmo que isso custasse suas próprias vidas.

Pois só a verdade liberta, nada mais neste mundo tem o poder de quebrar grilhões e derrubar portões.

Moisés preferiu sofrer com seu povo a usufruir dos benefícios do Egito. Quantos estão dispostos a sofrer pelo povo, sem que isto lhes traga algum benefício?

Mesmo o melhor falsário pode enganar muita gente, mas jamais conseguirá enganar a si mesmo.

"Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade" (II Coríntios 4:2).

Alexandre barbado

sábado, 18 de setembro de 2010

Basta o essencial!



Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora.

Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltavam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Inquieto-me diante de invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas que, apesar da idade cronológica, são imaturas.

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral ou semelhante bobagem, seja ela qual for.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, que defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado de Deus.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo. O essencial faz a vida valer a pena.




Basta o essencial!



( Rubem Alves )


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Toque o Berrante, seu Moço...


Por José Barbosa Júnior

"Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino
de longe eu avistava a figura de um menino,
que corria a abrir a porteira e depois vinha me pedindo,
toque o berrante seu moço, que é pra eu ficar ouvindo."

Os versos dessa canção, imortalizada na voz de Sérgio Reis, bem que poderiam servir em muitos de nossos cultos.

Hoje, em muitas de nossas igrejas o momento alto do culto, do louvor, ou seja lá do que chamarem a reunião, é o momento em que alguém toca o berrante, ou shophar, pra usar uma linguagem bíblico-judaica.

O shophar nada mais é que um berrante, feito com chifres de carneiros, instrumento muito utilizado pelos judeus e por isso mesmo (como tinha de acontecer, é claro!), revivido em nossos dias pelos levitas, cantores-líderes-de-louvor-ministradores que grassam em nosso meio, continuando a fazer estragos na simplicidade do evangelho de Cristo.

Qual o problema de se tocar um instrumento judaico em nossos cultos? Nenhum. Desde que seja apenas mais um instrumento, que sirva para harmonizar ou então enriquecer a música que se canta em apresentação ao nosso Grande Deus.

É aqui que surge o problema. O shophar não é apenas um instrumento, ele é O instrumento. Desenvolveu-se em nosso meio uma espécie de "teologia" para o uso do shophar e isso é problemático porque essas "teologias" são feitas por pessoas sem base bíblica alguma e que baseiam suas principais doutrinas naquilo que "sentem", ou que "recebem" através de uma "revelação especial".

O shophar, segundo algumas dessas teologias é um instrumento espiritual, que ao ser tocado invalida os poderes dos demônios nas regiões celestiais. O shophar, para alguns, é a própria voz de Deus na terra. Ora, isso é no mínimo, ridículo!!

Hoje, qualquer grande evento dos levitas re-judaizantes tem que ter o toque do shophar, senão não é abençoado, não está sob "unção" (Ô palavrinha mal usada nos nossos dias). O shophar virou a "galinha dos ovos de ouro" dos levitas. Todos querem toca-lo, todos querem o poder e a unção que vem dele.

"Grandes nomes" da música evangélica estão difundindo a cultura do shophar em nossas igrejas; Sóstenes Mendes já chegou a escrever que o Shophar faz os poderes celestiais tremerem; Mike Shea, o apóstolo do louvor ( no pavoroso ministério quíntuplo apostólico que Deus "enviou" ao Brasil) tem tocado o shophar em vários eventos, inclusive no maior já realizado no país, na gravação do último CD da Igreja Batista da Lagoinha. Em outro CD, o shophar foi tocado por um "espírito" que uns dizem ser de Deus. Isso mesmo!! O som divino do shophar "apareceu" do nada na gravação, o que mereceu, nas notas técnicas do CD a seguinte declaração quanto a quem tocou os instrumentos: Shophar - ? . Não é brincadeira!! Isso está acontecendo em nosso meio.

Creio que há um paralelo entre aqueles que vão pra igreja ouvir o toque do shophar com aqueles católicos que invadem as igrejas em busca de ver imagens chorando, ou sangrando. O princípio é o mesmo: idolatria! O instrumento é que é santo para essas pessoas.

Quanto ao toque do shophar... é um toque bonito. Nada contra. Mas que seja apenas mais um instrumento em meio a tantos outros, como o violão, o teclado, a bateria... pois o que faz realmente a diferença não é o instrumento em si, mas quem o toca. Desde que haja consagração, vida cristã no altar de Deus, coração aquecido, posso até tocar "caixinha de fósforo" e creio que isso chegará ao céu como cheiro suave, oferta viva Àquele que é digno de receber o melhor dos nossos corações.

Toque o berrante, seu moço! Mas toque também a bateria, o violão, o contra-baixo. Louvai ao Senhor com todos os instrumentos! Louvai-o principalmente, com santidade de vida, como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus... nosso culto racional!

Que Deus nos dê graça,

José Barbosa Junior

www.crerepensar.com

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Julgar, criticar ou simplesmente, se calar??!!


.
Sempre que se faz uma crítica ao sistema religioso (por exemplo, e em especial, as igrejas evangélicas), vez por outra, aparece alguém para, aos berros, dizer que não se pode julgar, que somente Deus irá julgar, acusando ao crítico de ser juiz...

Mas, através das Sagradas Escrituras, Jesus proibiu de se fazer algum julgamento??

Não!!

Ensina as sagradas Palavras que devemos aplicar a reta justiça de Deus quanto as atitudes de outrem, ou melhor, dizendo, não “julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” [João 7.24];

Por certo que, quando se aplica a Palavra de Deus quanto as atitudes de outrem, ou, quando se compara os ensinamentos bíblicos com os ensinamentos das instituições religiosas com nome de igreja, jamais isto será para condenação, mas, verdadeiramente, seria este julgamento em comparativo tanto quanto útil para que outrem se torne melhor, portanto, em muito dos casos, de grande valia!!

Jesus não condenou ninguém por julgar, mas, advertiu que se assim o fizer, que julgássemos a nós mesmos antes de questionar aos outros...

... bem certo, quando de um confronto de idéias e práticas bíblicas, o coração humano, sempre declina para a questão moral e sempre adjetiva afrontar com um julgamento imparcial de cunho humano, por isso, Jesus nos instruir a que estes questionamentos se iniciem em primeiro plano a nós mesmos, pois, precisamos estar em conformidade com a Palavra de Deus, com os ensinamentos de Jesus, e tão somente assim, termos a convicção de proferirmos juízo sobre outrem;

Jesus julgou, censurou, criticou severamente os religiosos (escribas e fariseus) em tempo de Seu ministério terreno [Mateus 23];

Um maravilhoso relato bíblico quanto a julgar sem o auto-exame, está inserido na passagem da mulher adúltera [João 8], e como sempre, os religiosos sempre na posição de “acusadores”, e neste caso queriam condenar a mulher (sabemos que suas atitudes não eram corretas), mas, em primeiro, eram eles que precisavam se julgar;

E por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho?” [Lucas 6]

Portanto, é necessário que todos, os que se dizem ser de Deus, tenham uma vida reta, justa diante de Deus, limpando todos os atributos mundanos, por isso, devemo-nos converter a Cristo, e muitos que dizem servir a Deus, aparentemente, são convencidos, pois, permite em suas vidas a permanência de coisas do mundo em seus atos; porque, a conversão irá tirar o pecador do mundo, e, por conseguinte, a santificação tirará o mundo do convertido.


Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo. Nos interesses de Sua Igreja

http://jesusmaioramor.blogspot.com/

John Piper - Faça Guerra

Mãos ao Alto! Isto é um Assalto!


Adoro música! Isso todo mundo sabe. Gosto demais de MPB... Chico, Caetano, Oswaldo Montenegro, Ivan Lins, Djavan... isso quase todos sabem. Gosto demais também da boa música evangélica... João Alexandre, Guilherme Kerr, Sérgio Pimenta (ai, que saudade!), Arlindo Lima, Jorge Camargo... isso muitos sabem. Gosto muito de cânticos espirituais que me enlevam, que têm boa letra (e são muitos... só não são tão cantados)... isso também muitos sabem. Gosto de momentos de louvor carismáticos, envolventes, gosto de levantar as mãos, “dançar”, fechar os olhos, abrir os olhos... isso alguns sabem. Mas ODEIO que me mandem fazer essas coisas nesses momentos de louvor... isso vocês vão saber agora!! hehe

Muitas de nossas igrejas não têm ministros de louvor, têm animadores de auditório. “Levante suas mãos”, “feche seus olhos”, “diga para o irmão que está ao seu lado: Jesus te ama!”, “faça isso”, “faça aquilo”... e lá ficam eles... os levitas... mandando e desmandando no auditório, achando que isso é ministrar o louvor... Muitas de nossas reuniões me lembram um antigo comercial de cerveja, em que o animador falava: “agora, só os homens... agora, só as mulheres... agora, só os baixinhos...”

O louvor, ainda que manifestação do coletivo quando na reunião dos salvos, é algo extremamente pessoal. Cada pessoa tem seu jeito, seu “estilo”, mas nós queremos a uniformidade de gestos, atos e palavras... verdadeiros robôs levíticos, porque na verdade desconhecemos a profundidade do louvor e da sua força naquele que louva, seja de que jeito for. Ora, eu mesmo, que gosto de um louvor mais “carismático”, às vezes quero um momento mais meu, mais tranqüilo...e ainda que o cântico seja agitado, nem sempre quero bater palmas, ou levantar as mãos... isso é de cada pessoa... e não devemos julgar quem levanta ou quem não levanta as mãos, porque isso não foi, não é e nunca será parâmetro para a espiritualidade pessoal.

Falta aos “levitas” uma percepção maior daquilo que realmente estão fazendo. Muitas vezes nos sentimos como num assalto: “Mãos ao alto!!” ... e ai de você se não levantar as mãos... o irmãozinho do lado já olha de cara feia: “ih! Esse cara deve estar em pecado”... o “levita” despeja umas gracinhas: “tem gente que não ta levantando a mão... ta cansado... ta derrotado...” francamente...

Digo que é um assalto, pois nos rouba a individualidade do louvor, nos rouba a comunhão íntima pessoal que se desenvolve nesse momento mágico do culto... o momento em que nos rendemos inteiramente na presença daquele que é transcendente, mas imanente... eterno, mas se faz presente no tempo e no espaço... essencialmente Santo, mas se deixa adorar por indignos pecadores...

Ainda há aqueles “benditos” cânticos que pedem uma “resposta” da “platéia”. O “levita” puxa a música: “Aquele que está feliz diga amém!!” e a platéia ensandecida grita “Améééém!” e o indivíduo que naquele dia saiu de casa triste porque perdeu seu emprego, porque descobriu uma doença, porque viu ruir seu casamento, porque descobriu que seu melhor amigo lhe traiu, enfim por qualquer motivo que nos faça tristes (afinal ainda somos humanos) se vê num dilema terrível: ou ele grita “amééém!” e mente diante daquele a quem se deve adorar não só em espírito, mas em VERDADE, ou não grita nada e sai de lá com dois problemas, o que ele já trazia de casa e agora a terrível sensação de que é o único naquele lugar que não está “ligado” com o Senhor. Como se esquecêssemos que o próprio Mestre chegou a declarar em um momento que sua alma estava “angustiada até a morte”, e garanto que nesse momento ele (Jesus) não responderia “amééém!” aos convites loucos e irresponsáveis dos “levitas” de hoje.

Creio que o louvor deve ser visto com mais cuidado pelos pastores e líderes. Já tenho dito isto em vários textos... nossas igrejas caminham por mares perigosos na área musical... heresias, desvios bíblicos, sutilmente vão se alastrando sem que percebamos, e minha preocupação é que quando venhamos a perceber essas coisas seja tarde demais, pois essa cultura já está enraizada em muita gente... e a cada dia novas aberrações surgem, como hoje podemos perceber em algumas igrejas... em algumas reuniões o momento máximo do louvor é quando se toca o shophar, instrumento feito com um chifre de carneiro, que segundo os seus “usuários” tem poderes nas regiões celestiais... mas isso é assunto para um outro artigo.

Por enquanto, vou ficando por aqui, só querendo ter liberdade para adorar, respeitando e sendo respeitado, certo de que não é pelo gesto, nem pelo jeito que meu louvor será aceito ou não, mas se ele parte de um coração limpo, de lábios que confessam o senhorio de Cristo, de uma vida que nasceu de novo e que adora e vive em novidade de vida, e que não tenha mais que ouvir (em outras palavras, é claro): “Mãos ao alto! Isto é um assalto! Adore ao Senhor!”

Que Deus nos abençoe,

José Barbosa Junior

www.crerepensar.com

O culto que não cultua a Deus.


Por: Pr. José Santana Dória


Por vezes pensamos que não há nenhuma dificuldade ou problema com respeito à liturgia utilizada nos cultos dos nossos dias, pois achamos que tudo aquilo que se está oferecendo a Deus, Ele aceitará, desde que seja feito com sinceridade e zelo. Este falso entendimento mostra que somos uma geração ignorante quanto a forma bíblica de cultuar a Deus.

Não nos ocorre que Deus estabeleceu para o culto coisas que lhe agradam, e explicitou outras que não lhe agradam. Portanto, se quisermos que nosso culto seja aceitável precisamos submetê-lo a revelação divina. Se a Palavra de Deus aprovar, podemos ficar tranqüilos e perseverar em nossa atitude. No entanto, se ela desaprovar, humildemente devemos reconhecer diante de Deus o nosso erro e retornar ao princípio bíblico que Deus estabeleceu. Ele espera isso de todos nós.

Não podemos esquecer, que mesmo quando o verdadeiro Deus é adorado, podem existir problemas que tornam está adoração desagradável e mesmo inaceitável para Ele. Isto é o que podemos chamar de “cultuar de forma errada o Deus verdadeiro ou praticar o culto que não cultua a Deus”. Existem formas de culto que em vez de agradar a Deus o entristece: “as vossas solenidades, a minha alma aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer” (Is.1:14).De acordo com Isaías 1:10-17, a maior queixa contra o povo é que este desobedecia continua e abertamente ao Senhor, mas continuava a lhe oferecer sacrifícios e ofertas, cultuando como se nada tivesse acontecido, como se fosse o povo mais santo da terra. Deus diz que aquilo era abominável (v.13), porque ele não podia “suportar a iniqüidade associada ao ajuntamento solene”.

O povo vinha até a presença de Deus, cultuava mas não mudava de vida. Apresentava-se diante de Deus coberto de pecados e sem arrependimento, pensando, talvez, que bastava cumprir os rituais e tudo estaria resolvido. Esse povo aparentemente participava com animação de todos os trabalhos religiosos, fossem festas, convocações, solenidades etc. E ainda era um povo muito dado à oração. Uma oração altamente emotiva, pois eles “estendiam as mãos” e “multiplicavam as orações” (v.15). Mas Deus disse que em hipótese alguma ouviria, pois eram mãos contaminadas e, certamente, orações vazias. Eram hipócritas.

O culto hipócrita que foi denunciado era causado pelo apego a mera formalidade, aos ritos, sem correspondência interior. Por fora tudo estava correto, mas interiormente essas ações litúrgicas não eram expressões de um coração agradecido. Era por essa razão que aquele culto se tornava uma coisa abominável ao Senhor. Assim o Senhor condenou o povo de Israel pela boca do profeta Isaías, dizendo: “este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu...” (Is.29:13). Ou seja, o que está nos lábios é correto, mas as motivações do coração são erradas. No fundo, todas essas expressões hipócritas não passam de atos mecânicos. São invenções humanas que não se importam com a vontade de Deus. O resultado final, é que o formalismo, associado à corrupção doutrinária, produzira um tremendo desvio do Senhor e um afastamento do verdadeiro culto que devemos a Deus. Infelizmente, esse é o tipo de culto que temos atualmente em grande parte das igrejas cristãs, um culto mecânico que desonra Deus, pois, não demonstra amá-Lo de todo coração, de toda alma, com todas as forças e com todo entendimento (Lc.10:27). Com propriedade, podemos dizer que esse é um culto que não cultua a Deus.

Jamais podemos nos esquecer que qualquer tipo de adoração não serve para Deus. Há maneiras corretas e outras erradas de se adorar a Deus. Convém aprender a maneira correta. Um culto oferecido a Deus de forma hipócrita, sem honrar a palavra, que perverte o uso dos elementos de culto, que é feito de forma mecânica, que não oferece o melhor ou que não vem acompanhado de uma vida santa, não pode agradar a Deus, NEM PODE SER CHAMADO DE UM CULTO QUE CULTUA A DEUS.

Deus não se agrada de tudo o que fazemos supostamente em seu nome, por isso devemos ser obedientes a Ele e descobrir o que realmente lhe agrada. Precisamos evitar procedimentos e costumes que inventamos, por melhores, mais atrativos e práticos que pareçam. Mas a questão final é: onde podemos descobrir a forma de culto que realmente agrada a Deus? A resposta é que esta forma de culto que cultua a Deus, esta na Sua Palavra. A Bíblia é nossa regra de fé e prática, somente nela podemos encontrar o ensino confiável para entendermos o que agrada a Deus. Se a desprezarmos e confiarmos em nossas técnicas modernas, certamente não estaremos honrando aquele que a inspirou e nos entregou para que fosse o meio pelo qual teríamos conhecimento dele.

A Confissão de Fé de Westminster no Capítulo 21, parágrafo 1, diz: “...a maneira aceitável de se cultuar o Deus verdadeiro é aquela instituída por Ele mesmo, e que está bem delimitada por Sua própria vontade revelada, para que Deus não seja adorado de acordo com as imaginações e invenções humanas, nem com as sugestões de Satanás, nem por meio de qualquer representação visível ou qualquer outro modo não prescrito nas Sagradas Escrituras”.

Portanto, podemos concluir afirmando, sem medo de errar, que todas as práticas absurdas encontradas nos cultos dos nossos dias, tais como: palmas para Jesus, apelos, danças, gargalhadas santas, cair no espírito, cuspe santo, cânticos em línguas, urros, amarrar, desamarrar, representações teatrais, curas, libertações, interromper o culto para cumprimentar os irmãos ou visitantes, luzes coloridas etc. se originaram de pessoas que não se deixaram guiar pela Bíblia, mas antes foram atrás de seus próprios raciocínios e de sua própria vontade (praticam o culto da vontade, onde a adoração é uma questão de gosto e conveniência). Se quisermos agradar a Deus nunca podemos negligenciar a Bíblia. A Palavra de Deus é a verdade (Jo.17:17) e obedecê-la é o melhor culto que poderíamos oferecer ao Senhor.

_________________________
Fonte: [
monergismo.com ]
Extraído do site: [
Eleitos de Deus ]

Mania de Perseguição


Os evangélicos convivem com muita paranóia. Aliás, a mentalidade evangélica é belicosa; e uma espécie de síndrome persecutória acompanha o movimento faz tempo. Outrora, acreditava-se que os comunistas haviam se organizado para destruir a fé e que era necessário treinar os pastores para lutar contra os “vermelhos”. O comunismo mirrou e não foram os crentes que acabaram com ele. Depois, os homossexuais foram eleitos como inimigos. Eles, ao lado dos defensores do aborto, provocariam a queda da cristandade e fechariam igrejas.

Agora são os muçulmanos que estão na alça de mira dos evangélicos. Propaga-se que eles representam uma verdadeira ameaça à civilização e aos ensinos de Cristo. Se estes inimigos se tornaram alvos de uma guerra santa global, no Brasil os oponentes da igreja são outros.

Espanto-me com alguns evangelistas que afirmam e bradam de pés juntos que existe uma conspiração da mídia para perseguir as igrejas. E que os pastores são alvos de tramas engendradas no inferno, mas deflagradas pelos grandes jornais e, principalmente, pela Rede Globo.

Alguns gostam de falar das conspirações do Vaticano para bloquear o crescimento evangélico, como se a Igreja Católica fosse uma agência do diabo e que seus cardeais e o Papa varassem noites analisando como semear escândalos que maculem a boa reputação dos protestantes, assim, neutralizando o seu avanço.

Espalham-se teorias conspiratórias estapafúrdias com notícias de que satanistas decretaram jejum com o intuito de “derrubarem” os pastores.

Já participei de cultos em que as janelas foram untadas de óleo para evitar a entrada de demônios; já soube de pastores que, em caravana, arrancaram quadros, decorações e enfeites de alguns lares, sob o pretexto de que aqueles objetos estavam possessos de demônios.

Em um congresso de atletas cristãos tive de aconselhar um jogador de futebol que, em pânico, tinha medo de acabar com sua carreira por ter participado de um jogo com chuteiras que teriam sido amaldiçoadas.

De onde vem tanta mania de perseguição? Por que o culto evangélico precisa de uma enorme dose de medo para ser intenso?

Concordo que os quatro Evangelhos mencionam perigos na trajetória da igreja. Reconheço que os que “desejam viver corretamente, sofrerão perseguição”. Mas espera lá, o que vem acontecendo no Brasil não é bem do jeito que a Bíblia relata.

A perseguição da mídia ocorre devido à repercussão de alguns escândalos promovidos pelos evangélicos. Desde 1989, quando houve uma primeira bancada evangélica com número significativo de deputados federais para desequilibrar as votações do Congresso, começaram as levas de escândalos que parecem não parar mais, chegando às “sanguessugas”, que desviaram verbas do Ministério da Saúde. Se a mídia mostra menos pecados católicos, não isenta os evangélicos da obrigatoriedade de reconhecerem que precisam ser sal da terra e luz do mundo.

Existe muita vaidade em se achar perseguido. Percebo alguns evangelistas tomados de um enorme messianismo, achando-se tão importantes, que acreditam mesmo que o mundo inteiro maquina uma maneira de destruí-los; são tão auto referenciados que projetam sobre si mesmos o ódio que o diabo revelou contra o apóstolo Pedro.

Acontece que a igreja evangélica vem tropeçando em várias questões éticas; repetindo entre o clero os mesmos erros dos líderes políticos; amando o dinheiro, igualzinho ao mundo. A pergunta inconveniente, mas necessária é: para que o mundo precisaria persegui-la? Os evangélicos são inimigos de si mesmos. Réus e vítimas de suas próprias doenças, não provocam a indignação de ninguém, pelo contrário, são, muitas vezes, dignos de pena.

Para que o mundo odiasse a igreja, ela precisaria de uma moral que não só condenasse o vício do cigarro ou da maconha, mas procedimentos íntegros em outras áreas menos abordadas; de uma teologia que não prometesse apenas o céu, e sim engajamento transformador da miséria, dos preconceitos e das injustiças; de uma espiritualidade que não tentasse usar Deus, mas promovesse intimidade com o Pai.

Antes de ter medo do mundo e do diabo, que mais crentes tenham medo de si mesmos.

Soli Deo Gloria
Ricardo Gondim
http://www.ricardogondim.com.br

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Estupefação




"A superstição religiosa é incentivada por meio da instituição de igrejas institucionais, procissões, monumentos, festas ....
O chamado clero estupidifica as massas ....
Elas confundem as pessoas e mantêm-as em uma condição eterna de estupefação"

Leo Tolstoy

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A Ameaça Fantasma


Por José Barbosa Júnior
Os levitas continuam aprontando! Essa turma que anda por aí, “ministrando” o louvor em nossas igrejas (nem sei o que entendem sobre ministrar) representam, em grande parte, uma ameaça àquilo que poderíamos chamar de um “perfeito louvor”, chegando assim a um consenso em cantar com o espírito (em êxtase espiritual) e com a mente (com profundidade e conhecimento bíblico).

Por que a ameaça fantasma ??

O que me faz escrever este texto é algo que tem me preocupado demais em certos cânticos que vejo e ouço por aí: A verdadeira libertação que Cristo traz. Simplesmente porque alguns cânticos trazem uma idéia errônea de que crentes ainda precisam ser libertos,vivendo assim com uma ameaça fantasma, algo que simplesmente não existe! “Livra-me ó Deus, das cadeias que me prendem”... “liberta-me das minhas cadeias interiores”... “livra-me de minha prisão interior” e coisas desse tipo, repetidas como “ladainha” por nossos incautos “levitas” por aí... como a mais absoluta verdade bíblica e espiritual... ledo e perigoso engano...

O verdadeiro cristão, salvo pela GRAÇA (como essa doutrina tem sido tão falada e tão esquecida) jamais poderá estar sob servidão espiritual. Alguns pastores desses movimentos que surgem a cada dia defendem essa idéia, a de que crentes em Jesus, mesmo depois de salvos ainda precisam libertar-se espiritualmente de várias cadeias... misericórdia!!!

Um pouquinho só de conhecimento bíblico bastaria... gente assim valoriza mais a experiência do que a Palavra... e isso sempre será mau!! Baseado nisso é que vemos cultos para a “libertação” de crentes... gente querendo que cristãos manifestem demônios que ainda controlam suas vidas... uma afronta à verdadeira libertação que Cristo traz.

Tenho visto pessoas em nossas igrejas, iludidas por pastores desconhecedores da Palavra sendo obrigadas a “regressões” e tudo mais para se verem livres de demônios alojados ainda em sua alma ou no seu corpo para então (muito depois da conversão) experimentarem a verdadeira liberdade em Cristo. Ora, o que precisa haver é um discernimento entre as obras da carne, que ainda temos, e o que é realmente cadeia espiritual. O crente ainda peca, pois está na carne, e a carne milita com o espírito, mas de forma alguma encontra-se em uma espécie de prisão espiritual. Cristo nos liberta, e “se pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livre...”(João 8.36). Ora quem ainda precisa de libertação, ainda não conheceu o Filho!!

E mais, por mais que pequemos, não estamos sob o domínio do pecado, de jeito algum. “De sorte que já não és escravo, porém filho...” (Gálatas 4.6) e ainda “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.”... e mais... “...uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça...” (Rom 6.14,18). Ora, querer submeter aqueles que já experimentaram a salvação e a verdadeira libertação em Cristo à novas prisões é covardia, é falta de conhecimento da Palavra e da libertação que há em Jesus. É supervalorizar experiências estranhas que andam por aí em detrimento daquilo que a Bíblia declara cabalmente.

Em nenhum lugar,a Bíblia fala de expulsar demônios de crentes ou em libertação pós-conversão legítima. Deus deixa claro em sua Palavra que a chave para a vitória espiritual do cristão não é libertação, mas resistência. “Resisti ao diabo...” ... “Resisti-lhe firmes na fé...”. Não há a mínima possibilidade do crente ser, ao menos, tocado pelo diabo, senão vejamos: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes Aquele(Jesus) que nasceu de Deus o guarda, e o maligno não lhe toca.” (I João 5.18) Ora, se o maligno não pode, sequer, tocar-nos, quanto mais estar nos submetendo à escravidão espiritual, e dentro de nós!!

Portanto... termino deixando um texto clássico... “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora...” “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque MAIOR É O AQUELE QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE AQUELE QUE ESTÁ NO MUNDO” (I João 4.1,4).

Felizes então, e conscientes de que não há cadeia nenhuma que ainda possa prender um verdadeiro salvo por Jesus, prossigamos em nossa caminhada, cantando a liberdade, vivendo a liberdade, e anunciando a todo mundo que em Jesus Cristo houve, há e sempre haverá a mais maravilhosa das dádivas de Deus: Verdadeira libertação!!!

Com carinho,

José Barbosa Junior

www,crerepensar.com.br

Dinheiro não traz alegria!

Jesus continua sendo minha alegria,

o conforto e a seiva do meu coração

Jesus refreia a minha tristeza,

Ele é a força da minha vida

É o deleite e o sol dos meus olhos,

O tesouro e a grande felicidade da minha alma,

Por isso, eu não deixarei ir Jesus

do meu coração e da minha presença.

Bem-aventurado sou, porque tenho Jesus.

Oh, quão firmemente eu o seguro,

Para que traga refrigério ao meu coração,

quando estou triste e abatido.

Eu tenho Jesus, que me amae se confia a mim.

Ah! Por isso não o deixarei,

Mesmo que meu coração se quebre.



Johann Sebastian Bach

Dízimo e o Devorador!!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

10 verdades que pregamos sobre 10 mentiras que praticamos.



Certo pastor estava buscando levar a igreja à prática da comunhão e da devoção experimentadas pela igreja primitiva (conforme descrita em Atos dos Apóstolos). Logo recebeu um comunicado de seus superiores: “Estamos preocupados com a forma como você vem conduzindo seu trabalho ministerial. Você foi designado para tomar conta dessa igreja e a fez retroceder, pelo menos, uns 40 anos! O quê está acontecendo?”. O pastor respondeu: “40 anos? Pois então lamento muitíssimo! Minha intenção era fazê-la retroceder uns 2.000!”.

Atualmente temos acompanhado um retrocesso da vivência e prática cristãs. Mas, infelizmente, não é um retrocesso como o da introdução acima. Algumas das verdades cristãs têm sido negadas na prática. Como diz Caio Fábio, muitos de nós somos “crentes teóricos, entretanto, ateus práticos”. Segue-se uma pequena lista dos top 10 das verdades que pregamos (na teoria) acerca das mentiras que vivemos (na prática):

I - “SÓ JESUS SALVA” é o que dizemos crer. Mas o que ouvimos dizer é que só é salvo, salvo mesmo, quem é freqüente à igreja, quem dá o dízimo direitinho, quem toma a santa ceia, quem ganha almas para Jesus, quem fala língua estranha, quem tem unção, quem tem poder, quem é batizado, quem se livrou de todo vício, quem está com a vida no altar (seja lá o que isso signifique), quem fez o Encontro, etc e etc. Resumindo: em nosso conceito de salvação, só é salvo aquele que não me escandaliza.

II - “DIANTE DE DEUS, TODOS OS PECADOS SÃO IGUAIS” é o que dizemos crer. Mas, diante da igreja, o único pecado é fazer sexo fora do casamento. Quando um irmão é pego em adultério, é comum ouvirmos o comentário: “O irmão fulano caiu...”. Ou seja, adultério é visto como uma “queda”. Mas a fofoca que leva a notícia do adultério de ouvido a ouvido é permitida (embora, na Bíblia haja mais referências ao mexeriqueiro do que ao adúltero). Estar com o nome ‘sujo’ no SPC é permitido, embora a Bíblia condene o endividamento. Ser glutão é permitido, a ‘panelinha’ é permitida, sonegar imposto de renda é permitido (embora seja mentira e roubo), comprar produto pirata é permitido (embora seja crime) construir igreja em terreno público é permitido (embora seja invasão).

III - “AUTOFLAGELAÇÃO É SACRIFÍCIO DE TOLO”, é o que dizemos crer. Condenamos o sujeito que faz procissão de joelhos, que sobe escadarias para pagar promessas. Ainda assim praticamos um masoquismo espiritual que se expõe em frases do tipo: “Chora que Deus responde”; “a hora em que seu estômago está doendo mais é a hora em que Deus está recebendo seu jejum”; “quando for orar de madrugada, tem que sair da cama quentinha e ir para o chão gelado”; “tem que pagar o preço”.

IV - “ESPÍRITO DE ADIVINHAÇÃO É DIABÓLICO” é o que dizemos crer, mas vivemos praticando isso nas igrejas, dentro dos templos e durante os cultos!
- Olha só a cara do pastor. Deve ter brigado com a esposa.
- A irmã Fulana não tomou a ceia. Deve estar em pecado.
- Olha o irmão no boteco. Deve estar bebendo...
- Olha só o jeito que a irmã ora. É só para se amostrar...
- Olha a irmã lá pegando carona no carro do irmão. Hum, aí tem...

V - “DEUS USA QUEM ELE QUER” é o que dizemos. Mas também dizemos: Deus não pode usar quem está em pecado; Deus não usa ‘vaso sujo’; “Como é que Deus vai usar uma pessoa cheia de maquiagem, parecendo uma prostituta?”.

VI - “DEUS ABOMINA A IDOLATRIA” dizemos. Mas esquecemos que idolatria é tudo o que se torna o objeto principal de nossa preocupação, lealdade, serviço ou prazer. Como renda, bens, futebol, sexo ou qualquer outra coisa. A questão é: quem ou o quê regula o meu comportamento? Deus ou um substituto? Há até muitas esposas, por exemplo, que oram pela conversão do marido ao ponto disso tornoar-se numa obsessão idolátrica: “Tenho que servir bem a Deus, para ele converter meu marido”; “Não posso deixar de ir a igreja senão Deus não salva meu marido”; “Preciso orar pelo meu marido, jejuar pelo meu marido, fazer campanhas pelo meu marido, deixar de pecar pelo meu marido”. Ou seja, a conversão do marido tornou-se o objetivo final e Deus apenas o meio para alcançar esse objetivo. E isso também é idolatria.

VII - A BÍBLIA É A ÚNICA REGRA DE FÉ E PRÁTICA CRISTÃS
...Eu sei que a Bíblia diz, mas o Estatuto da Igreja rege...
... Eu sei que a Bíblia diz, mas nossa denominação não entende assim
... Eu sei que a Bíblia diz, mas a profeta revelou que é assim que tem que ser
... Eu sei que a Bíblia diz, mas o homem de Deus teve um sonho...
...Eu sei que a Bíblia diz, mas isso é coisa do passado...

VIII - DEUS ME DEU ESTA BENÇÃO!
...mas eu paguei o preço.
...mas eu fiz por onde merece-la.
...mas não posso dividir com você porque posso estar interferindo na vontade de Deus. Vai que Ele não quer que você tenha... Se você quiser, pague o preço como eu paguei.

IX - NÃO SE DEVE JULGAR PELAS APARENCIAS. AS APARENCIAS ENGANAM – mas frequentemente nos deixamos levar por elas para emitirmos nossos juízos acerca dos outros. Julgamos pela roupa, pelo corte de cabelo, pelo tamanho da saia, pelo tipo de maquiagem (ou a falta dela), pelo jeito de andar, de falar, pelo aperto de mão, pela procedência. Frequentemente, repito: frequentemente falamos ou ouvimos alguém falar: “Nossa! Como você é diferente do que eu imaginava. Minha primeira impressão era de que você era outro tipo de pessoa”.

X - A SANTIFICAÇÃO É UM PROCESSO DE DENTRO PARA FORA (é o que dizemos) – na prática não basta ser santo, tem que parecer santo. Se a tal ‘santificação’ não se manifestar logo em um comportamento pré-estabelecido, num jeito de falar, andar, vestir e de se comportar é porque o sujeito não se ‘converteu de verdade’

FONTE: Gosto de Ler através de Barbara Matias

www.cristaoconfuso.com


Ensinando a viver com os valores atuais





http://www.cristaoconfuso.com

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

CONVERSA FRANCA COM PASTORES.


Frank Viola




PREFÁCIO Igrejas nas casas estão definitivamente na moda hoje em dia. Faça uma busca na Internet com a expressão “house church” e você ficará abismado com o tamanho da lista que aparecerá. Adicione a isto o número de livros sobre o assunto, revistas dedicadas a isto, artigos sobre igrejas nas casas em jornais, reportagens na televisão sobre elas, e você verá que o assunto é quente. O problema é que muitas igrejas nas casas estão fazendo nas casas o que eles costumavam fazer nas suas igrejas com templos. Uma vez eu visitei uma igreja nas casas na qual cada pessoa portava um hinário. Nós todos cantávamos hinos enquanto a esposa do líder tocava órgão. Havia um tempo de testemunho. Nós orávamos por “pedidos de oração” (o líder era o último a orar). E então ouvíamos um sermão do líder. É fácil de ver que um dos problemas dessa igreja nas casas em particular é que ela não entendeu as virtudes de uma reunião aberta. Porém, há um problema mais profundo e mais comum. É que esta igreja nas casas assumiu a essência exata do modelo comum de liderança Cristã. Infelizmente, eles não estão sozinhos nisto. Em algumas igrejas nas casas (e em algumas outras também chamadas de “igrejas neo-testamentárias”) a coisa está tão mal que a liderança se torna espiritualmente abusiva. É mais fácil tirar pessoas de uma igreja basílica do que eliminar o modelo moderno de liderança de muitas igrejas que estão procurando seguir as práticas do Novo Testamento. A palestra de Frank Viola para um grupo de pastores autoritários é um poderoso sumário da defesa do modelo não-hierárquico de liderança Neo-Testamentária. Leia-o. Fique chocado ao ver quão longe nós temos nos distanciado das práticas de Jesus e dos apóstolos do primeiro século. E então, dê uma lida nos outros livros do Frank e, em oração, considere o que Deus quer que você faça.

Frank Valdez, Tampa, Flórida


Link para o Artigo completo:

http://www.ptmin.org/STP_Portuguese.pdf