A salvação que Jesus Cristo conquistou para nós não pode ser comprada com 10% mensais de seu salário...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

É sempre necessário dinheiro para fazer missões, como dizem os evangélicos??!!




"E, indo, pregai, dizendo: É chegado o reino dos céus.

Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.

Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos, nem alforjes para o caminho, nem duas túnicas, nem alparcas, nem bordão; porque digno é o operário do seu alimento
" [Mateus 10].





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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Louvor somente ao nosso Deus!!!! ou VICIADOS EM IGREJA


A suposta necessidade de ir a um templo, é apenas a forma dos pastores exercerem o seu sacerdócio imaginário, pelo qual são bem pagos. Não há nenhuma outra necessidade real de cristãos se encontrarem lá, senão essa... Se você admite que uma pessoa recebendo sustento sem trabalhar é correto diante de Deus, certamente você já está pronto à aceitar em qualquer outra coisa que inventarem, por mais diabólica que seja.

Hoje ouvimos falar em várias igrejas famosas, nomes importantes de "pastores" que dizem ser milagreiros, curam desde um simples resfriado, à um câncer de prostata que você nem sabia que tinha.

Porque "viciados em igreja"?

Pelo simples fato de que a pessoa fica presa a tal local para resolver seus problemas.
Algum viciado pode reclamar: E como é que fica Hb 10:25?? Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.
A questão não é abandonar a congregação, mas sim, ao invés de confiar em Deus, confiar em homens e depender deles, como está Escrito:
Sl 118:8 É melhor confiar no SENHOR do que confiar no homem.
Sl 146:3 Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há salvação.
Hb 3:12 Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.
Como o ponto de encontro daquele cristão, ocorre o “culto” que é presidido por um “sacerdote imaginário” que se auto-imagina ser mais elevado que os demais cristãos, e sempre em um determinado local.
Assim acaba se associando “Deus” com “aquele local”, e “Deus” com aquele determinado “pastor” (sacerdote imaginário), e comessa a se dar confiança para tais pessoas como único representante autorizado de Deus na Terra.
Tal idéia é especialmente reforçado por pagamentos de dízimo, e ajudas, aliados aos discursos do dízímo, na qual o “sacerdote imaginario” se auto-proclama um quase-exclusivo mensageiro de Deus na Terra (ou pelo menos, naquela cidade) e que merece ser bem pago e sustentado por esse grande serviço imaginário que ele hipotéticamente exerce.
Por fim, o fiel acaba criando associação quase-mística que determinado local é sagrado, e que lá haverá solução para os seus problemas grandes e também os mediocres.
Imagine que você está desempregado, sem dinheiro e cheio de dívidas, ou está com uma doença gravíssima, de repente você se depara com um enorme outdoor que diz:
Venha para igreja X, todos os seus problemas serão resolvidos...blá blá blá...

Chamativo para quem está em desespero não?
A pessoa em desepero, funciona como um prospect para o pastor, ou seja, é uma oportunidade dourada de levar a pessoa para lá, por que se algum dia o problema se resolver, ele terá mais um escravo para trabalhar para ele, e sustentá-lo para aumentar a sua renda mensal pastoral.

Esse circulo vicioso de solução dos problemas acaba criando uma espécie de vício, no qual a pessoa faz qualquer coisa para obter uma solução do problema, bem semelhante a qualquer droga, como crack, maconha, cocaina, etc.

Induzidos pela fácil resolução, os "fieis" vão até o local TODA AS VEZES QUE TEM PROBLEMAS!
A demonstração mais notória disso, é que nas reuniões, quando há um espaço para os fieis falarem, o que eles falam? Dos problemas!!!
A questão é, que isso os torna incapazes de agir e de confiar em Deus, os torna inertes e irracionais, a ponto de apelarem para um curandeiro, macumbeiro, vidente, pastor, padre, pagé, ou seja lá qual aberração for.

Tal fato me lembra a passagem de Mateus 8:24.

24 E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo.

Quando o mar se levantou contra os discipulos eles ficaram desesperados achando que iriam morrer, mas se esqueciam que Jesus Cristo estava com eles e nada de mau poderia lhes acontecer.

Tanto que eles acordaram Jesus e o mesmo acalmou a tempestade, mas eles foram chamados de homens de pouca fé, porque temeram mesmo estando com Cristo...

O homem é movido pelo seu medo, medo de morrer, medo de ficar pobre, de passar fome, medo de pecado, medo de diabo... isso é bastante proveitoso para alguns "lobos", porque é facil manipular dessa maneira.

Mas usar isso como jogada de marketing para "chamar fiéis" para a sua igreja é o correto. Certo?

Errado, Deus não é obrigado a resolver problemas de ninguém, não é psicanalista para estar de hora marcada numa igreja X ou Y.
Deus age como Ele quer, da maneira que Ele quer.

Se confiarmos em Deus e vivermos uma vida Cristã digna, seremos ligados a Jesus Cristo, e este Cristo por mais que pareça "dormindo" (para alguns que só acreditam vendo), Ele enfrentará as tempestades, turbulências e dificuldades conosco, para que NUNCA MAIS voltemos a passar pela mesma coisa, e prossigamos nosso caminho de maneira reta.

Se você está lendo este texto e se identifica com um viciado em igreja, acredite:
Apenas Jesus Cristo é capaz de lhe ajudar nas suas dificuldades e tormentos e mais ninguém tem a solução senão Ele.

Deus NUNCA vai te livrar de nenhuma responsabilidade e nenhum aperto, porque Ele é justo!

Mas com Ele você vai devagar, mas vai bem além dos que buscam atalhos.


FONTE:http://verdadesespeciais.blogspot.com/2009/06/o-vicio-de-ir-na-igre...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Uma mão lava outra: Quando Deus vira máquina de refrigerantes


A barganha com Deus nas igrejas neopentecostais e nas oraçoes dos crentes



Por Yago Martins

Quando vi, quase não acreditei. Aliás, eu não teria acreditado se não tivesse visto. Era um envelope para por ofertas. Havia, em letras garrafais, sobre um fundo vermelho: "Grande campanha da prosperidade". Em meio a uma nuvem de versos descontextualizados, estava um espaço para por o valor da oferta. No verso do envelope havia: "Senhor, eu quero:". Como em uma prova de múltipla escolha, tinha várias opções para marcar, como prosperidade na saúde, emprego, aumento de salário, geladeira, fogão, forno microondas, jogo de cozinha, jogo de sofá, calçados, roupas, computador, sítio e outros.

Ah, meu irmão, eu fiquei louco. Sabe quando o zelo pela Palavra se mistura com nossa carnalidade? Foi exatamente isso. Eu queria bater muito no pastor da sinagoga de satã que promoveu essa campanha. Mas que doideira! Como alguém pode viver algo assim e ainda por cima chamar isso de cristianismo? Como alguém pode fazer um “toma lá, da cá” com Deus? Eu dou minha oferta, marco a opção de minha preferência e recebo o que quero, como numa máquina de refrigerantes. É como dizem, sabe... uma mão lava a outra. Nós damos a Deus nossa semente e Ele nos dá os acres de terra. É a barganha santa...

Sabe, diante de tudo isso, existe algo que me incomoda muito. Quando eu olho para dentro de mim e analiso minhas orações, percebo que eu também tento barganhar com Deus. Não que eu dê dinheiro em troca de bens, mas, muitas vezes, eu entrego minha oração a Deus com o único intuito de receber algo em troca. Às vezes eu vou a Deus não para ter comunhão com Ele, mas apenas para pedir por alguém ou por mim, independente do relacionamento paternal que deveríamos ter. Não para adorá-lo incondicionalmente, mas por que eu quero algo e, mesmo di-zendo “que seja feita a sua vontade”, tenho que a oração é o preço para conseguir. É como di-zem, sabe... uma mão lava a outra.

Claro que existem proporções a considerar, mas quando eu olho com cuidado, vez por ou-tra não vejo muita diferença entre minhas orações e a "Grande campanha da prosperidade". Pa-rece que a vontade de pagar por algo já vem na má natureza humana e isso corrompe até nossas orações. Lutar contra o sentimento de orar apenas por um fim tem se tornado minha luta diária. Agora, antes de dobrar meus joelhos já sabendo por quem ou por que orar, tento me relacionar com meu Senhor, sem esperar nada em troca. Espero que Deus continue operando no meu coração e me levando a adorá-lo incondicionalmente. Não apenas pedindo benção para mim ou para outros, mas sendo filho. E como filho, me relacionando com meu Pai. Não quero dar mi-nha oração a Deus e, inconscientemente, marcar quais bênçãos eu quero receber. Que Deus nos dê força para rasgar o nosso envelope para ofertas e substituí-lo por uma comunhão real e vida com aquele que nos ouve e conhece nossas necessidades.


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Yago Martins é um dos editores do site VoltemosAoEvangelho e amigo da galera do Púlpito Cristão.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Congregar não é ajuntamento, mas, é estar em Cristo!

A humanidade, desde os primórdios, sempre, através de homens que se intitulam “líderes”, formou-se como massa de manobra, seguindo ambiciosos, quer políticos, quer religiosos;

E, infelizmente, muitos são os grupos, que independente de causas, e sem fundamento nas motivações, vivem em torno deste ou daquele...

A história bíblica, nos mostra que, houve homens que ambicionavam coisas além daquilo que propriamente seriam merecedores, um destes casos, é Corá [Números 16], que mesmo o Deus de Israel o tenha separado da congregação de Israel, para o fazer chegar a Si, e administrar o ministério do tabernáculo do SENHOR e estar perante a congregação para ministrar-lhe, mesmo assim, ainda procurava o sacerdócio...

... e, não bastando Corá assim pensar, levantou com duzentos e cinquenta homens e congregaram contra Moisés e Arão (mas, o fim destes, é trágico, pois, Deus não se deixa escarnecer).

Esta é a índole da humanidade, seguir este ou aquele homem, por razões muitas das vezes, nada ortodoxas, porém, como seguidores cegos, tendo suas mentes cauterizadas por qualquer tipo de ensinamento, em especial, os religiosos, bastam palavras jogadas ao vento mostrando alguma intelectualidade mesclada com versos bíblicos, pronto, e o orador já se tornou o pregador das multidões...

Alguns têm deturpado a Palavra de Deus, e apoderando-se sobre o rebanho do Senhor, com palavras de ordem, chamando a si e dizendo ter recebido de Deus uma “autoridade eclesiástica”, introduzem no meio do povo, a obrigatoriedade de que a reunião entre os irmãos em comunhão, ou o congregar em comunhão, sempre será feita dentro de uma instituição religiosa com nome de igreja, porém, a Palavra de Deus pelo ensinamento de Cristo, nunca foi neste sentido, portanto, quem assim afirma, não diz a verdade...

Pois que, a verdade acerca da Palavra de Deus, quanto ao “congregar”, está relacionada ao convívio de irmãos em torno do Senhor Jesus;

Estaremos congregando, tão somente se, estivermos reunidos em Cristo, independente de outorga de quem quer que seja, com ou sem um pregador famoso, com ou sem um pastor, em qualquer lugar, na rua, na praça, no templo, no lar;

E, por certo, e em verdade, somente estaremos congregando, estando Jesus Cristo presente, pois, estas são Suas palavras: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” [Mateus 18.20].


Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo. Nos interesses de Sua Igreja.



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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

domingo, 3 de outubro de 2010

Religião é a cocaína do povo.


Ricardo Gondim


Vivi parte de minha adolescência nas décadas de sessenta e setenta. Naqueles anos, os Beatles e os Rolling Stones reinavam na música. Discutia-se o existencialismo de Sartre nos barzinhos de Ipanema. As mulheres se libertavam lendo Simone de Beauvoir. Che Guevara inspirava os ideais revolucionários dos latino-americanos. As drogas se tornaram uma obsessão mundial. Muitos jovens caminhavam pelas trilhas que começavam em Amsterdã, seguiam pelo Afeganistão e chegavam à Índia em busca de haxixe. A maconha deixou de ser consumida no submundo da marginalidade e dominou as universidades das Américas. Tomavam-se doses mínimas de LSD para viajar por horas no mundo alucinógeno. Os picos de heroína nas veias abreviavam a vida de milhares.

Os tempos mudaram. A rebeldia dos jovens aquietou-se, os heróis comunistas ruíram, o consumismo substituiu as antigas aspirações revolucionárias e a “techno music” substituiu o rock. Aquelas drogas que entorpeciam e deixavam seus usuários num estado zen, foram suplantadas por outras que ativam, energizam e potencializam. Substituíram-se os tóxicos que causavam torpor por outros que davam uma sensação de poder e de autonomia. Assim, hoje quase não se fala mais em heroína ou LSD. As drogas da moda são a cocaína e sua versão mais barata, o crack. E cresce a busca pelas sintéticas, como o ecstasy, que prometem um melhor desempenho, inclusive sexual.

A religião também mudou muito. Naqueles anos, predominava entre os jovens o conceito que a religião servia os interesses das elites, pacificando os oprimidos. Os debates reforçavam o pensamento de Karl Marx que em 1844 afirmou: “O sofrimento religioso é, a um único e mesmo tempo, a expressão do sofrimento real e um protesto contra o sofrimento real”. Marx acreditava que “a religião é o único suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de condições desalmadas”. Meus contemporâneos repetiram sua conclusão: “A religião é o ópio do povo”.

Marx não afirmava que a religião é um narcótico qualquer. Ele a identificava com um entorpecente poderosíssimo de seus dias: o ópio. As condições sociais perversas da Europa no século XIX condenavam os trabalhadores a pouco mais que escravos. Marx entendia que as mesmas condições também produziram uma religião que prometia um mundo melhor só para a próxima vida. Assim, tanto ele como seus seguidores difundiram que a religião não é apenas uma ilusão, mas cumpre a função social: de distrair os oprimidos. Por isso, afirmava que a religião é um narcótico que não apenas alivia a dor do trabalhador, como lhe embriaga, roubando o seu poder de transformar sua realidade. Para ele, a esperança religiosa era um ópio que prometia felicidade no porvir, adiando o furor revolucionário. O pior é que ele tinha razão em suas análises. A igreja de seus dias realmente estava decadente e, aliada à aristocracia, desempenhava exatamente esse papel anestesiante.

Porém, com a pós-modernidade, a religião já não cumpre essa tarefa entorpecente. No ocidente, a proposta religiosa vem crescentemente se tornando mais parecida com um outro tóxico: a cocaína. O neo-liberalismo, pai deste materialismo consumista tão bem representado no fascínio pelos shoppings e pelas grifes, já entorpece como o ópio. Por outro lado, a religião de hoje procura excitar e produzir sensações de poder parecidas com a da cocaína.

As igrejas neopentecostais se multiplicam prometendo que as pessoas têm o direito de ser felizes aqui e agora. Repetem exaustivamente que ninguém precisa transferir para a eternidade o que pode ser reivindicado já. Insistem na promessa feita a Israel de que o fiel é “cabeça e não cauda”. E assim o crente que freqüenta os cultos da prosperidade, recebe semanalmente uma injeção de cocaína espiritual no sangue, fazendo que se sinta o dono do mundo. Nem que seja por apenas alguns minutos de culto, sonha com tudo o que os seus olhos gulosos viram as empresas de marketing anunciar na televisão.

As igrejas se transformam em ilhas da fantasia capitalista. Empresários falidos, artistas em fim de carreira, jogadores de futebol mal-sucedidos, empregados sem qualificação, correm para as infindáveis campanhas em busca de reverter a pretensa “maldição” que paira sobre suas vidas. E, depois de espoliados, são devolvidos à dura realidade da vida, obrigados a encarar a rebordosa da segunda-feira. Dependurados nos trens suburbanos ou numa fila burocrática sofrem triste e deprimidos como os foliões do carnaval que voltam para seu destino na madrugada da quarta-feira de cinza. Enfrentam sozinhos a dura realidade de que não são reis ou rainhas, apenas sub-empregados; obrigados a viverem com um salário miserável.

A própria definição do que é fé vem sofrendo enormes mudanças. Antigamente entendia-se fé como uma adesão a um conceito teológico ou mesmo como uma habilidade sensitiva de perceber o mundo espiritual. Pessoas de fé discerniam as ações de Deus e do mundo espiritual com maior acuidade. Eram pessoas que confiavam no caráter de Deus, mesmo sem evidências que comprovassem sua palavra. Hoje se entende fé como uma mera capacidade de instrumentalizar os poderes de Deus egoisticamente. Por isso, fé e cocaína se parecem muito; dão uma falsa sensação de poder e geram pessoas artificialmente soberbas. Mas a ressaca tanto da cocaína como da fé pós-moderna é horrível, pois vem sempre acompanhada de depressão e desengano.

O tóxico religioso de hoje é sempre estimulante. Por isso os novos mercadejadores da fé precisaram redefinir, inclusive, a pessoa de Deus. A divindade pós-moderna só existe para servir os caprichos das pessoas. Os cultos se transformaram em centros de aperfeiçoamento e aprimoramento humano. As igrejas deixaram de ser espaços para se cultuar a divindade, especializaram-se em ensinar como manipular Deus. As liturgias espiritualizam as técnicas mais populares de como “liberar o poder de Deus”, “afastar encostos”, “tomar posse dos direitos”, “conquistar gigantes”. As pessoas se aproximam de Deus cheias de direitos, vontades, acreditando que são o centro do universo e que tudo e todos lhes devem obrigações. Perde-se o estado de “maravilhamento”, reverência e submissão ao Eterno.

Assim o propósito de toda atividade religiosa é homocêntrica, nunca teocêntrica. As igrejas acabam se transformando em balcões de serviços religiosos e a relação do pastor com os fiéis é a mesma do empresário com o cliente. Redobram-se os esforços de oferecer uma maior gama de atividades que agradem os clientes que se tornaram ferozes consumidores religiosos e com um nível de exigência tremenda.

Acredito que a genuína mensagem do evangelho não pode ser comparada ao ópio como fez Marx e nem à cocaína, como fazem os pregadores da religiosidade pós-moderna.

Jesus Cristo não prometeu um celeste porvir que anestesiava. Seus discípulos foram convocados a serem o sal da terra, levedarem a massa, enfrentarem os reis poderosos, transformarem a realidade aqui e agora. Antes que se levante o sol da justiça e que o Senhor volte trazendo salvação sob suas asas, Ele comissionou sua igreja a enfrentar as estruturas humanas que produzem a morte e declarar guerra ao próprio inferno. Tampouco, prometeu que nos tornaríamos os donos do mundo, ricos e prósperos. Fomos chamados para encarnarmos o mesmo sentimento que houve em Cristo, que sendo em forma de Deus não teve por usurpação ser igual a Deus, mas tomou a forma de servo, humilhando-se até a morte e morte de cruz.

O culto não deveria ser diminuído e se transformar em um centro de auto-ajuda. Não precisamos aprender técnicas que nos ajudem a obter o favor de Deus. Precisamos sim aprender celebrar o seu grande amor de Pai que nos quer bem, apesar de nossa própria pequenez.

Acredito que Marx estava certo quando denunciou o que acontecia com a igreja que se colocava a serviço das aristocracias. Aquela religião adoecida e morta realmente merecia a pecha de ópio do povo. Os líderes religiosos que comiam nas mesas dos poderosos e que desdenhavam da sorte dos miseráveis realmente buscavam entorpecer o povo.

O que se oferece de muitos púlpitos pós-modernos não é o Evangelho de Jesus de Nazaré, mas mera cocaína religiosa. Seremos obrigados a concordar com algum outro filósofo ateu afirmar que essa religião pragmática que se espalha no ocidente combina com o narcótico da moda .

Já se ouve o murmúrio das pedras. Urge que os profetas comecem a falar.

Soli Deo Gloria.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

O Que Pode Haver no Homem, Sem Entretanto Estar Salvo



O Senhor Jesus estava ainda na Peréia. Separado da cruz por uns vinte dias. Caminhava sempre. As multidões o seguiam estrada fora. O rosto do Mestre voltava-se para Jerusalém. Talvez, próximo do Jordão, na direção de Jerico, o Mestre atenta para alguns fariseus que se misturavam na grande multidão que o acompanhava; notava-lhes o coração impederni-do; nota-lhes o orgulho e superioridade; nota-lhes a arrogância e falta de amor; via como desprezavam os outros, principalmente os publicanos. O Senhor Jesus, então, ao ensejo dessa atitude desumana dos fariseus, profere a parábola conhecida como "Do Fariseu e do Publicano".

"Fariseu e Publicano" são dois extremos na sociedade judaica: Fariseu, colocado nas alturas da dignidade, do poder, da fidelidade à lei, portanto, do orgulho, da vaidade, da superioridade; O Publicano, pelo contrário, colocado na lama, no pó, no desprezo de todos. O Fariseu era justo aos seus próprios olhos, o Publicano injusto; o Fariseu, bom e o Publicano, mau; o Fariseu fiei e o Publicano infiel.

Jesus descreve o Fariseu e sua atitude. Subiu ao templo com o propósito de orar; e "orou de si para si mesmo", isto é, da vaidade do seu coração; para rebaixar o Publicano; orgulho e nada mais; exaltação do seu ego; demonstração da sua vaidade, da sua prepotência, da sua falta de amor, da sua grandeza, da sua superioridade. E por isso sua oração não foi oração; não foi ouvida por Deus; não passou do teto do templo onde estava; não chegou ao trono da graça, porque era sem misericórdia; não moveu o coração de Deus, porque seu propósito era agradar o homem. O Fariseu não orou, discursou; não se arrependeu diante de Deus, exaltou-se diante dos homens; não se humilhou debaixo da potente mão de Deus. Começou por declarar-se justo, mais que todos os homens; era melhor que todos os mortais, considerados por ele "roubadores, injustos, adúlteros", e como zombou e escarneceu do pobre publicano! Então, na sua pseudo oração, contou, não a Deus, mas aos homens, o que ele fazia: jejuava duas vezes por semana e dava o dizimo de tudo quanto ganhava.

O "FARISEU" tonou-se o símbolo do que "PODE HAVER NO HOMEM' SEM ENTRETANTO ESTAR SALVO. Tinha tudo, fazia tu-do, dava tudo, guardava toda a lei, orava, dava dizimo, jejuava, e entre-tanto, o Senhor Jesus declarou que o Fariseu não foi salvo. E por que não foi salvo? Porque julgou-se superior a todos, julgou-se justo perante Deus e perante os homens, desprezou os demais homens, exaltou-se a si mesmo, com sua atitude, desprezou o próprio Deus e por isso, no pecado estava, no pecado continuou. Tinha tudo e nada tinha, porque não linha Deus no seu coração.

E quantos em nossos dias estão no caminho do Fariseu da parábola do Senhor Jesus? Gritam ao mundo e aos homens que TÊM UMA IGRE-JA. Fazem dela um meio de salvação, e deixam Jesus de lado. Têm igreja, mas não salvação. Outros proclamam como o Fariseu que TÊM RELIGIÃO que veio de seus bisavós, de seus avós, de seus pais, portanto estão firmes nela; por ela brigam, ofendem os outros, chegam mesmo a matar o semelhante; têm uma religião mas não têm Cristo, portanto não estão salvos. Outros proclamam que FAZEM CARIDADE. E dão esmolas, ajudam a este e aquele, socorrem, dão roupa e comida e mil coisas mais. Olham pa-ra caridade e desprezam Deus. Têm caridade, boas obras, mas sem Cristo e sem salvação. Outros alardeiam que não fumam, não bebem, não jo-gam, portanto estão bem. O Fariseu disse também que "não roubava, não era injusto, nem adúltero", mas o Senhor Jesus disse que ele não estava salvo. Outros fazem propaganda de serem bons chefes de família, boas donas de casa, honestos, trabalhadores e uma série imensa de grandes virtu-des; olham para isso, confiam nessas coisas, descansam nelas e perdem o principal - Cristo. Ficam sem salvação, sem vida eterna, perdidos para sempre em tormento e sem luz.

Meu amigo, talvez estejas na condição do Fariseu, olhando para o que és: bom, justo, perfeito e puro - e estás perdendo a Cristo; estás olhando para o que fazes: boas obras, caridade, o bem a este e aquele -mas estás perdendo a Cristo; estás olhando para o que tens: igreja, religião, bons princípios, moralidade, justiça própria - mas estás perdendo a Cristo. Humilha-te diante do Senhor, busca a Deus em verdade, reconheça-te um pecador, clama ao Senhor por misericórdia e ele te salvará. Só Cristo salva e só "o sangue de Jesus o Filho de Deus nos purifica de todo o pecado". Não queres Jesus no teu coração?

Enéas Tognini - Pastor da Igreja Batista do povo

"Impostores, mentirosos, hipócritas, sepulcros caiados..."


O evangelho da graça continua a escandalizar.
Os legalistas,
puritanos,
profetas da destruição
e cruzados morais
estão tendo uma sonora convulsão diante do ensino paulino da justificação pela graça mediante a fé. Eles ressentem-se da liberdade dos filhos de Deus e descartam-na como libertinagem.

Eles não querem que o cristianismo nos ajude a nos
tornarmos pessoas completas; querem que nos sintamosmiseráveis
debaixo do seu fardo.
Eles procuram intimidar-nos, amedrontar-nos, fazer-
nos trilhar em fila sua via exclusiva de retidão, e controlar em vez de
libertar nossa vida.
Seu espírito pervertido de legalismo quer mutilar o espírito humano e deixar-nos arqueados sob o peso de enormes carretéis de regras e regulamentos. A natureza notável da dedicação deles — o fanatismo é sempre impressionante — obscura o fato de que aceitaram o
evangelho na teoria mas negam-no na prática.
Essas criticas podem parecer cáusticas, mas são na verdade brandas se comparadas com as
palavras de Jesus em Mateus 23, onde ele descompõe os legalistas pelo
apego sistêmico a ninharias que obscurecem o rosto de um Deus
compassivo.
"Impostores, mentirosos, hipócritas, sepulcros caiados,
serpentes, ninhada de víboras"
— essa é a indomável fúria de Jesus contra
a prática religiosa corrupta (é claro que sou defendido bem demais por
minhas próprias racionalizações para ser capaz de perceber que posso não
ser tão diferente dos hipócritas quanto gostaria de pensar).
Brennan Manning, " O Evangelho Maltrapilho"