A salvação que Jesus Cristo conquistou para nós não pode ser comprada com 10% mensais de seu salário...

sábado, 24 de abril de 2010

O acaso X Deus.


A grande superstição da vida moderna está focalizada sobre o papel dado ao acaso nos negócios humanos. O acaso é a nova deidade reinante na mente moderna. O acaso habita no castelo dos deuses. Dá-se crédito ao acaso pela criação do universo e pela emergência da raça humana do barro.
O acaso é um código. É uma palavra mágica que usamos para explicar o desconhecido. É o poder de causalidade favorito daqueles que não atribuem poder a nada e a ninguém nem mesmo Deus. Esta atitude supersticiosa em relaqão ao acaso não é nova.
Lemos sobre esta atração logo no início da história bíblica.
Lembramo-nos do incidente, na história judaica, quando a sagrada arca da Aliança foi capturada pelos filisteus. Naquele dia a morte visitou a casa de Eli e a Glória deixou Israel. Os filisteus estavam jubilantes com sua vitória, mas eles logo aprenderam a lamentar aquele dia. Onde quer que levassem a arca, a calamidade caía sobre eles. O templo de Dagom foi humilhado.

O povo estava devastado por tumores. Por sete meses a arca foi transportada entre as grandes cidades filistéias, com o mesmo resultado catastrófico em cada cidade.
Em desespero, os reis dos filisteus reuniram-se em conselho e decidiram enviar a arca de volta aos judeus, com um resgate, para aplacar a ira de Deus. Suas palavras finais de conselho são notáveis: Então, tomai a arca do Senhor, e ponde-a sobre o carro, e metei num cofre, ao seu lado, as figuras de ouro que lhe haveis de entregar como oferta pela culpa; e deixai-a ir.
Já temos notado que o acaso não pode fazer nada porque ele é nada. Deixe-me explicar. Usamos a palavra acaso para descrever possibilidades matemáticas. Por exemplo, quando jogamos uma moeda, dizemos que existe uma chance de 50% de sair cara. Se escolhemos cara e dá coroa, podemos dizer que estamos sem sorte e que perdemos nossa chance.
Quanta influência tem o acaso no lançamento de uma moeda? O que faz com que dê cara ou coroa? Será que a sorte mudaria se soubéssemos de que lado a moeda estava no início, quanta pressão foi exercida pelo polegar, quão densa estava a atmosfera, ou quantas voltas a moeda deu no ar? Com este conhecimento, nossa capacidade de predizer o resultado excederia em muito os 50 % a 50%.
Mas a mão é mais rápida que os olhos. Não podemos medir todos estes fatores no lançamento normal de uma moeda. Como podemos reduzir os resultados possíveis a dois, simplificamos a questão falando sobre o acaso. O caso a ser lembrado, contudo, é que o acaso não exerce absolutamente nenhuma influência no lançamento de moedas. Por que não? Como dizemos, o acaso não pode fazer nada, porque ele é nada. Ele é nada. Antes que alguma coisa possa exercer poder ou influência, precisa primeiro ser alguma coisa. Precisa ser algum tipo de entidade, física ou não física.
O acaso não é nenhum dos dois. É meramente uma construção mental. Não tem poder porque não tem ser. É nada.
Dizer que alguma coisa aconteceu por acaso é dizer que foi uma coincidência. Isto é simplesmente uma confissão de que não podemos perceber todas as forças e poderes causais que estão operando num acontecimento. Assim como não podemos ver o que está acontecendo num lançamento de moeda a olho nu, também os complexos negócios da vida estão além de nossa capacidade exata de penetrar. Então, inventamos o termo acaso para explicá-los. O acaso realmente não explica nada. É meramente uma palavra que usamos como abreviação para nossa ignorância.
Recentemente escrevi sobre o assunto de causa e efeito. Um professor de filosofia queixou-se de meu entendimento ingênuo da lei de causa e efeito. Ele me reprovava por deixar de levar em conta os "acontecimentos não causados". Eu lhe agradeci por sua carta e lhe disse que ficaria feliz em discutir sua objeção se ele me escrevesse de volta fornecendo um só exemplo de acontecimento não causado. Ainda estou esperando. Vou esperar para sempre, porque nem Deus pode ter um acontecimento não causado.
Esperar por um acontecimento não causado é como esperar por um círculo quadrado.
Nossos destinos não são controlados pelo acaso. Digo isso dogmaticamente com toda arrogância que posso conseguir. Sei que meu destino não é controlado pelo acaso porque eu sei que nada pode ser controlado pelo acaso. O acaso não pode controlar nada porque ele é nada. Quais são as chances de que o universo tenha sido criado pelo acaso, ou que nossos destinos sejam controlados pelo acaso? Nenhuma chance.
O fatalismo encontra sua expressão mais popular na astrologia.
Nossos horóscopos diários são compilados com base no movimento das estrelas. As pessoas da nossa sociedade sabem mais sobre os doze signos do zodíaco do que sobre as doze tribos de Israel. Contudo, Rúben tem mais a ver com meu futuro do que Aquário, Judá mais do que Gêmeos.

C.S.Sproul

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