A salvação que Jesus Cristo conquistou para nós não pode ser comprada com 10% mensais de seu salário...

domingo, 20 de dezembro de 2009

Evangelho Mundano




“Deus prefere obediência a sacrifícios”. Essa foi à frase dita por Samuel ao rei Saul, que se encontra em (I Sm 15 v 22). Até a alguns dias atraz não via nesta frase um significado tão gracioso, mas hoje a vejo e a interpreto como uma das frases mais fantasticas e reveladoras do que Deus busca em nós.

No meio evangelico percebe-se, hoje, um pré-condicionamento de estagnação por parte dos fiéis. Muitos crentes enxergam a fé e a espiritualidade como algo do tipo freqüentar cultos; essa não só é a mentalidade de muitos como, tambem, a prática vivida. Todas as igrejas adoram fazerem festas, congressos, shows, encontros, palestras e mais um monte de coisas que so aumentam as agendas das mesmas. Crentes desejosos a realizarem espetáculos enormes com a premissa “é tudo para a glória de Deus, pois para ele tem que ser o melhor”. Esta frase causa bastente efeito e até é comovedora – convenhamos! - mas reveladora: as pessoas estão se enclausurando ainda mais dentro dos templos na busca desse “melhor para Deus”. E se tal evento não for grandioso, concluem: não foi o melhor apresentado a Deus.

Só que, quando me volto para o que a bíblia chama de vida cristã e suas devidas práticas me pergunto: o que muitos crentes achariam de um banquete que, para encher a casa, os empregados pegaram, às pressas, todos os sujos da rua, para a festa não ficar vazia? Acho que muitos não gostariam de ir num evento onde encontrariam mendigos, doentes, fracos, todos estes chamados pelo próprio Deus? (Mt 22). Este foi o que a Bíblia chamou de “A festa das bodas” e por que não falamos que essa festa não foi o melhor para Deus?

Isso nos traz a tona que nossos espetáculos enchem os olhos, mas nao enchem o coração; são realizações que emocionam, mas não transformam a ninguém; eventos que revelam a grandiosidade humana, mas não manifestam e revalam a Deus; produções que comovem a alma, mas não inclinam as pessoas em direção ao próximo; festas que enobrecem o ego, mas não acrescentam nada no caráter. Congressos que só servem para mostrar que ofertamos a Deus a oferta de Caim (veja a mensagem do Rev. Caio Fábio, intitulada “a verdade que liberta do caminho de Caim”, disponível no Youtube). Pois se estivessemos preocupados em ofertar o melhor para Deus, nunca realizariamos congressos, ou gastariamos nossas ofertas com shows, e etc, antes sairiamos ao encontro dos pobres, dos marginalizados, dos doentes, dos fracos; resumindo, iriamos para o campo que se chama mundo; lembremos: Deus prefere obediência a sacrifícios, e é isso que não entendemos.

A igreja se institucionalizou e transformou Jesus num ídolo de templos. Nossos objetivos e valores mudaram: Já não buscamos mais uma comunhão na comunidade e com todos homens; estamos vivendo segundo o espírito mundano do individualismo e da fama. Do individualismo, pois nos fechamos entre as paredes dos templos; e da fama, pois nossos espetáculos são apenas para nos promoverem. Nos encontramos no estado da igreja de Laodicéia: miseráveis, pobres, cegos e nus e o problema é que já nem nos damos conta disso. Apresentar o melhor a Deus hoje se restringe a quatro paredes, o que se torna agravante a situação, e, com isto, nos faz refletir: será que haverá salvação para esta geração de crentes, visto que para Deus a religião pura, verdadeira e imaculada, aquela que AGRADA ao PAI que estas nos céus, é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas e não se corromper com o mundo (Tg 1 v 23)?

Alfred Nobel, Madre Teresa de Calcuta, Oskar Schindler, Charlie Chaplin e tantos outros nunca realizaram congressos, shows, eventos e nunca se restringiram aos templos feitos por maos humanas, mas com certeza horaram a Deus com seus exemplos de dedicação ao próximo. Posso afirmar, segundo nos escreveu Tiago, que estes sim serviram a religião que Deus busca nos homens. Em contra partida a esses exemplos, a igreja de nossos dias vive enclausurada nos templos e se deixou corromper pelo espírito mundano, o individualismo e a fama em detrimento do próximo, e mesmo assim continua arrogantemente dizendo: vou morar no ceu. No entanto, diante do que Deus busca em nós, uma pergunta fica sem resposta: será que de fato subiremos ao céu?

Pois a advertência divina é esta: Deus prefere obediência a sacrifícios [porque] a religião pura, verdadeira e imaculada, aquela que agrada ao Pai que estás nos céus é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas e não se corromper com o mundo.

Deus tenha piedade!

Fonte: Celebrai!


http://thiagomendanha.blogspot.com

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